Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, criada de fã e para fã, sem comprometer a obra original.
AVISOS: Heterossexualidade, Linguagem Imprópria
Cadê o Quatro-Olhos pra parar as sandices desse povo quando precisa?
Mais uma festinha de confraternização para o qual ele foi arrastado, mais uma ocasião pra Rosinha maldita surgir com uma ideia de jerico.
— Vamos jogar o Pocky Game? — ela berrou no meio da sala, segurando um pacotinho de Pocky. Ah, pronto!
— Não estamos em Novembro ainda, Ashido-san. — a Rabo de Cavalo diz do jeito irritantemente sabe-tudo dela.
— Ah, eu sei, mas... hmmmmm, Yaomomo, como é que você sabe que o Pocky Day é em novembro, hein? — a Rosinha pergunta com malícia.
— E-eu... ora, eu... li... em algum lugar, se me recordo, eu... — ela se enrola toda — Eu vou... deixar vocês jogarem em paz. — e simplesmente desiste, saindo da sala com a cara toda vermelha.
Boa parte dos figurantes se levanta e começa a sair de fininho, ninguém quer participar desse jogo idiota! Katsuki se levanta e ruma à saída também, esbarrando sem querer em alguém baixinho. Baixinho com cabelo cheiroso e voz gentil.
— Ai, desculpa! Não te vi! — Uraraka se apressa em desculpar.
— Olha por onde anda. — ele a segura pelos ombros por um segundo, olhando-a nos olhos. O rosto dela parece um tomate assim, todo vermelho e redondo. O loiro a solta bruscamente, percebendo que a segurou por tempo demais — Foi mal. — ele grunhe, coçando a cabeça em frustração.
— T-tudo bem... — ela desvia o olhar, tocando as bolinhas cor de rosa em seus dedos, um claro sinal de que tá tensa.
Ele quer falar pra ela deixar de besteira e agir normalmente, ninguém sabe que eles tão namorando e não vão descobrir se os vir interagindo por alguns segundos. Mas pra falar algo assim, teria que se aproximar e falar bem baixo — que é algo que ele aprendeu a fazer quando tá com ela — e isso sim seria suspeito pra caralho.
— Ah, Uraraka! Bakugou! Vocês são uma dupla? — a Rosinha pergunta e puxa ambos pelo braço.
— A-ah não, Mina-chan! Eu já tava dando a noite por encerrada, eu... — a voz dela sobe uma oitava enquanto ela despeja desculpas e olha rapidamente pra ele, pedindo reforços.
— Sai fora, Peppa Pig! Não vou jogar essa merda! — ele se desvencilha dela e dá meia volta.
— Ah, a dupla Bakuraka desistiu antes mesmo de começar? Que pena! — o Pikachu, que não tem medo de morrer, diz em tom debochado.
— Kaminari, nem todo mundo quer jogar, e nem todo mundo cede à pressão dos pares tão facilmente... como eu... — o mini Aizawa diz de maneira enfafonha, deve ser a dupla do Pikachu nessa brincadeira idiota — Bakugou, Uraraka, não caiam na dele, ele está...
— Ninguém aqui desistiu de nada! — Uraraka diz, já pegando no braço dele e trazendo-o de volta, mesmo sem olhá-la diretamente, ele sabe que ela tá com sangue nos olhos, a doida não dá pra trás em uma competição por nada, tanto quanto ele.
E Katsuki ama isso.
— Se prepara pra perder, Pikachu do caralho! — ele esbraveja, aceitando o palitinho de Pocky que o Kirishima entrega pra ele com um sorriso animado.
Merda! Eles caíram nos dos idiotas!
Mas se ela não tá nem aí e quer continuar, ele não vê porque não continuaria também.
***
— Todo mundo conhece as regras, né? Um palitinho de Pocky, duas pessoas mordem cada ponta e vão mordendo até chegar no meio, se ele quebrar antes ou se deixar cair, a dupla é eliminada. As duplas são Kaminari e Shinsou, Kiri e Sero, e Ochako e Bakugou, eu vou ficar de olho pra garantir que ninguém esteja trapaceando, hein?
— Não acredito que você vai com outro cara e não vai jogar com sua namorada, cara! — o Kaminari ri.
— Ah, mas o Sero é meu parça, é até mais fácil com ele, a Mina me distrai demais, tá doido! — o Kirishima admite, com um sorriso bobo muito bonitinho.
— Muito bem, então... Pocky na boca. — Ochako coloca o biscoito por entre seus lábios e o encara atentamente, sentindo uma pontada no estômago.
Ela devia ter aceitado que desistiu do jogo antes... isso é muito vergonhoso!
— E valendo!
Ele morde a outra ponta e começa a avançar, Ochako fica meio sem reação a princípio, mas o olhar intenso de seu namorado praticamente berra pra ela tomar prumo e fazer sua parte no jogo, e então ela faz, mordendo o Pocky com dentadas decididas.
E o rosto dele se aproxima mais e mais, deixando-a nervosa e... muito empolgada! Eles sempre sustentam uma distância respeitável um do outro quando estão na frente dos colegas para não darem bandeira e entregarem o namoro que optaram por manter em segredo. Ochako adora seus amigos, mas sabe que eles tendem a ser um pouco... invasivos, principalmente o grupinho dele, então, para fins de evitar conselhos estranhos e provocações engraçadinhas, eles estão guardando o segredo, pelo menos enquanto conseguem.
Os lábios dele são quentes e têm um gosto leve do tofu que eles estavam comendo na festinha antes, mas logo se mistura ao doce levemente azedinho da cobertura de chá verde do Pocky, ela engole sua metade e, apesar de estar surpresa, não se afasta, fecha os olhos quando o Katsuki se inclina mais em sua direção, pressionando os lábios contra os dela com mais força, Ochako até sente a ponta da língua dele e já está abrindo a boca para...
— Ochako? Bakugou? — é a voz da Mina, fazendo-os se soltarem num pulo, as bochechas dele estão mais vermelhas que seus olhos, mas ela não pode falar nada, deve estar ainda pior. A amiga rosada está com as mãos nos quadris, sua postura realmente parece a de uma verdadeira fiscal em uma competição, não fosse pelo enorme sorriso dela. — Cadê o Pocky de vocês?
— A gente... comeu. — ela responde depois de muito ponderar.
— Hum... — ela parece estar analisando — É, então... parabéns, vocês ganharam! A dupla Shinsoukami deixou o deles cair, e a dupla Kirisero perdeu porque o Kiri tomou o Pocky do Sero e comeu tudo.
— Nunca tinha comido o de chá-verde, é mó bom! — ele diz com a boca cheia, mostrando que gostou mesmo do lanchinho — Parabéns aí, galera!
— É... nossos mais sinceros parabéns. — o Sero diz em um tom malicioso, indicando que ele não tá falando da brincadeira do Pocky.
— É, é, parabéns pra gente! Ganhâmo como sempre! — ele se levanta e pega na mão dela — Bora lá, Ochako!
— M-mas, Katsuki, você... agora eles sabem, a gente não vai... não vai falar nada?
— Eu tenho uma caixinha de Pocky de morango no meu quarto. — ele dá um sorriso ardiloso — Nem abri ainda.
— Bora! — Ochako sorri, o que aconteceu aqui é bem auto-explicativo, e Pocky de morango é o favorito dela, afinal.
Os dois ignoram os clamores de seus amigos para explicarem o que acabou de acontecer e correm em direção ao elevador.
Porque era até legal manter tudo em segredo.
Mas falar a verdade e curtir a vitória e o namoro à vontade será muito melhor.
NOTAS DA AUTORA:
E, por fim, esse foi o dia #7 da Semana Kacchako promovida pelo @KacchakoProject, o tema era livre, aí eu aproveitei que tinha ganhado uma capa lindíssima no amigo secreto de fim de ano do projeto, e escrevi sobre o Pocky, não dava pra esperar até novembro pelo Pocky Day hauhsushushs
Obrigada por ler! Espero que tenha gostado!
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Pocky Game
FanfictionO namoro secreto entre Ochako e Katsuki pode estar ameaçado. O motivo: um jogo bobinho de Pocky.