Capítulo 4

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Fiz um roteiro do que eu ia dizer, estava confusa e com medo dele não acreditar em mim e achar que eu estava dando um golpe nele.
Criei coragem e liguei, eu tremi quando escutei a sua voz fiquei confusa quando ele atendeu dizendo meu nome, perguntei como ele sabia ele disse que eu era a única Brasileira que ele conhecia, eu disse que precisava conversar com ele e que o assunto era sério, ele pediu que eu ligasse a noite pois estava no intervalo de gravação.
A noite liguei e como disse antes nervosa como estava, falei tudo muito rápido sobre o remédio, o antibiótico, como eu descobri, que tentei por meses falar com ele, que não tinha saído com ninguém depois dele, que garantia que o bebê era dele e que estava disposta a fazer o teste de DNA assim que nascesse, que eu queria que ele tivesse mesmo de longe acompanhado a gestação, que se ele não quisesse ter contato com o bebê eu entenderia e cuidaria dele sozinha.
Quando terminei de falar ele ainda ficou um bom tempo em silêncio só ouvia sua respiração, imagino como estava sendo pra ele aquele monte de informação de uma vez.
Ele disse que acreditava em mim, que sabia que podia confiar no que eu dizia, que faria claro o DNA, perguntou sobre como estava sendo tudo se eu sabia o sexo do bebê e quando iria nascer, contei tudo pra ele, que me pediu uns dias pra digerir tudo aquilo mais que se eu precisasse de algo nesse tempo eu poderia ligar ou mandar mensagem pra ele.
Acabei mandando mensagens, aquelas que me fizeram acreditar que seria mãe, o som do coração do nosso filho, vídeos dos últimos ultra-sons do bebê, mandei uma última dizendo que eu teria uma consulta e que daria pra saber o sexo do bebê e que se ele quisesse ver poderíamos fazer uma chamada de vídeo, ele me respondeu horas antes da consulta que queria ver.
Minha irmã que foi comigo segurou o celular, pedi pra médica dizer em inglês o sexo pra que ele entendesse, claro que pedi sigilo absoluto sobre quem era o pai.
Eu não posso negar que estava nervosa, eu finalmente ia saber e ele ia ver assim como eu imaginei a gravidez inteira, a médica disse que estava tudo bem com o bebê e que dava pra saber o sexo e soltou um "boy", eu comecei a chorar eu ia ter um menininho fiquei numa felicidade que não cabia em mim, mesmo jurando a gravidez toda que seria uma menina.
Escutamos um grito do outro lado da linha seguido de uma gargalhada de felicidade e um "não acredito, é um menino eu sempre quis ter um pra ensinar tudo que meu pai me ensinou", percebi que ele estava chorando e disse que precisava desligar porque seu intervalo havia acabado e que me mandaria mensagens.
Eu fui pra casa pesando uns 100 quilos a menos, e uns 300% mais feliz, no caminho passei no shopping e comprei roupas de menino, um all star lindo pra ele, e fui pra casa já pensando no que eu ia fazer no quarto, qual seria o tema da decoração e tudo mais.
Ele me ligou a noite, disse que ainda estava em choque por saber que teria seu menino logo de primeira, e queria saber se eu poderia ter o filho nos Estados Unidos, eu disse que como já estava em estágio avançado da gravidez não poderia mais viajar de avião e teria de ter o bebê no Brasil mesmo, e que após o bebê nascer teria que esperar 3 meses pra uma viagem daquele porte.
Mandei foto das roupas e do sapato que havia comprado pra ele e disse que precisávamos escolher um nome pro bebê logo, pois já completaria 8 meses e teria que ser um que ficasse bom aqui e lá nos Estados Unidos e Austrália, ele disse que gostava de um nome que era comum no seu país de origem e que deveria ser igual no Brasil, foi quando surgiu "Noah", eu gostei na hora e em menos de 5 minutos escolhemos o nome da criança.
Perguntei se ele contou pra alguém, ele disse que somente pro irmão Chris, que ele ficou feliz, mais na verdade estava com medo de contar pra noiva, mesmo que eles não estivessem juntos na época ia ser um baque pra ela saber que ele teria um filho com outra pessoa.
Disse que entendia, mais nada poderia ser feito sobre isso, ele me disse que iria mandar um advogado perto do parto para que fosse ao consulado e registrasse o bebê em seu nome assim que fizessem o DNA que ele enviaria cabelo e faria no próprio hospital do nascimento o exame, dando positivo ele já daria entrada em tudo pra que ele tivesse dupla cidadania, pois assim não precisaria de visto pra entrar nos Estados Unidos.
Me perguntou se eu precisava de dinheiro pra comprar as coisas do bebê, e eu disse que não aceitaria nada dele até o teste de DNA estar pronto, e que eu estava comprando tudo que era necessário pro pequeno Noah, e que já estava montando seu quarto no tema Safari.
Passamos a conversar seja por mensagem ou ligação todos os dias e pelo menos uma vez na semana via vídeo onde eu o deixava escutar o coração do bebê com o aparelho que eu comprei, eu ainda me emocionava sempre que ouvia.
Fiz o mini clipe mesmo que incompleto pra ele de todos os ultra-sons que ele não havia participado via vídeo, e é claro que ele adorou a ideia e o vídeo.
Nunca chegamos a conversar sobre o porque ele parou de falar comigo, nosso assunto era única e exclusivamente o Noah.

Nunca chegamos a conversar sobre o porque ele parou de falar comigo, nosso assunto era única e exclusivamente o Noah

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