A lanchonete esta um inferno hoje, o movimento está forte e e eu estou ficando maluca e nesse exato momento só quero minha casa.
—Lívia, vai atender a mesa doze, por favor.— A menina que trabalha comigo me pede.
Pego o lanche e vou em direção a mesa doze correndo.
—Bom dia! Aqui está o lanche da senhora.— Dou o melhor sorriso que posso.
—Esse hambúrguer está com o alface murcho.— A senhora que está na mesa reclama.
—Vai pra puta que pariu.— Digo baixo.
—O que a senhorita disse?—
—Eu disse que o rapaz que faz os hambúrgueres não viu, vou levar de volta.— Dou um sorriso fraco e a senhora agradece.
E lá vamos nós, levar o hambúrguer novamente para trocar o alface. Essa é a minha vida, eu trabalho pra poder pagar minha faculdade pois desde nova gostava da idéia de ser independente e estou seguindo isso, meus pais são ricos mas não gosto de depender deles pra tudo então descarto a possibilidade de pedir dinheiro pra eles. Meu irmão, o Lorenzo, trabalha em uma delegacia aonde o mesmo é delegado. Sou tirada dos meus pensamentos por um rapaz extremamente bonito.
—Tá surda?— Ele fala num tom ignorante.
—Desculpe, bom dia. O que deseja?—
O rapaz me fitava de uma forma muito sexy, ele era muito bonito, tinha os cabelos enrolados, tinha sua barba por fazer e tinha também algumas tatuagens no pescoço.
—Quero um salgado.—
—Qual senhor?—
—Uma coxinha.—
Dou um sorriso pra ele e abro a vidraça para pegar a coxinha que ele pediu, enrolo num papel e entrego pra ele.
—Vai querer algo para beber?— Pergunto gentilmente.
—Um refrigerante em lata por favor.—
Pego seu refrigerante e dou para o mesmo, ele se senta no balcão e começa a comer seu lanche. Quando estou prestes a me virar o rapaz novamente me chama.
—Essa coxinha está péssima e você é uma péssima garçonete.— Ele reclama.
Sinceramente? Meu dia está péssimo e tenho certeza que o dele também está, mas não sou obrigada a tomar culpa pelo dia ruim dele.
—Quer saber? enfia essa merda no cu.— Falo baixo pra ele.
—Uma garçonete está tratando um cliente assim?— Ele diz num tom irônico—Você sabe ao menos com quem está falando?—
—Não, não sei e nem quero saber, se está péssima dá pra uma criança de rua comer, te garanto que elas vão gostar. Não me culpe pelo dia ruim que você está tendo.— Cuspo as palavras.
—Estou tendo um dia ruim sabe por que? Estou com problemas no morro aonde sou dono.— Ele diz na intenção de me deixar com medo mas falhou.
—Se você está com problemas no morro aonde você é dono, não é aqui no meu trabalho que você vai achar a solução, então por favor, vai cuidar do seu morro e não enche o meu saco.— Após dizer isso eu saio e deixo o rapaz sozinho.
Sinto o olhar do rapaz sobre as minhas costas mas não viro pra ter certeza se ele realmente estava olhando. Hoje eu não tive amor a minha própria vida mas agora já foi, se ele achou que podia descontar os problemas dele em cima de mim ele se enganou. Uns quinze minutos depois o rapaz foi embora e o meu dia seguiu mais agitado do que o normal.
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A Infiltrada
RomanceLívia Trindade levava uma vida normal; trabalhava meio período para pagar sua faculdade e acreditava que sua vida seria assim para sempre mas oque ela não sabia era que seu irmão a chamaria para uma missão muito arriscada: se infiltrar no morro do V...