Capítulo Único

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Então... eu vi os primeiros eps do anime de ToG recentemente e fiquei curiosa, então fui ler o manhwa.

Eu pensei antes de começar "Calma, Tsuki, você não vai se apaixonar por mais um shipp, ficar hypada e escrever fanfic deles dessa vez"

Terminei de ler o manhwa semana passada. Eu me apaixonei por mais um shipp, fiquei hypada e escrevi fanfic deles.

Aqui está o resultado do meu amor eterno por esses dois garotos que merecem o mundo.

ANIME ONLYS, CUIDADO: CONTÉM SPOILERS DO MANHWA!!!

PS.: No manhwa traduzido, o Bam trata todo mundo por Sr., Sra. e Srta., mas eu fui checar a raw em coreano e vi que ele usa o honorífico -ssi, então eu apenas mantive o original. Eu entendo absolutamente nada de honoríficos coreanos, se eu fizer alguma besteira me avisem, pfv.

Khun Aguero Agnis não era uma pessoa supersticiosa.

Crescendo em uma família rica onde tudo o que importava era a sua habilidade em manter os negócios da família enquanto tentava não ser esfaqueado pelas costas, era muito mais conveniente ser cético. Não confie em nada além de si mesmo e da sua própria mente, era o que sua mãe dizia.

Até o dia em que a sua mente decidiu traí-lo.

Os sonhos começaram quando ele entrara no Ensino Médio. A princípio, não era nada demais, apenas o esperado de um sonho; flashes de cenas confusas e pessoas. Elas pareciam estar lutando de um jeito que nunca seria possível na vida real, com movimentos estranhos e coisas brilhantes que pareciam magia. Parecia algo tirado diretamente de um dos animes de fantasia que seu amigo, Shibisu, gostava de arrastá-lo para assistir.

Mas, com o passar do tempo, os sonhos foram tomando forma até se tornarem tão terrivelmente vívidos que Khun não podia mais ignorar. Neles, apareciam vários de seus amigos — Shibisu, Endorsi, Hatz, até Anaak, que estranhamente tinha uma pele esverdeada e uma cauda de lagarto nos sonhos. Mas, também, apareciam pessoas desconhecidas, lutando ao seu lado. E, por algum motivo, sempre que acordava, ele não conseguia lembrar dos seus nomes, apenas seus rostos.

Khun era uma pessoa que funcionava pela racionalidade, mas ele simplesmente não conseguia encontrar uma explicação lógica para seus sonhos. Eles eram realistas demais, e, mesmo fora de ordem, pareciam se conectar uns aos outros por uma mesma linha do tempo — como se fossem uma única história. Khun podia ser um garoto extremamente inteligente para a sua idade, mas não acreditava que tinha uma imaginação fértil o bastante para criar tudo aquilo do zero, todas as noites, por meses.

Porém, de todas as coisas estranhas que via nos sonhos, a mais desconcertante de todas era aquele garoto.

Ele não tinha uma aparência especialmente chamativa: cabelos escuros, olhos redondos e dourados, e um rosto inocente. Assim como todas as outras pessoas que via nos sonhos, Khun não sabia seu nome, mas, por algum motivo, ele estava sempre presente; fosse lutando ao seu lado, fosse conversando sobre alguma leviandade, fosse dando um sorriso gentil e apertando suas mãos quando Khun se preocupava com alguma coisa, fosse dominando seus pensamentos quando ele estava longe.

Cada vez que ele acordava de mais um sonho, a imagem do garoto ficava marcada na sua retina por um bom tempo, como se tivesse olhado diretamente para o sol. Seu coração, apertado no peito, doía com um sentimento que não conseguia nomear, mas que lhe fazia querer estender a mão, alcançar aquele garoto e trazê-lo para o mundo real para que pudesse tê-lo nos braços. Khun nunca o tinha visto na vida, tinha certeza disso. Mas por que ele parecia ser alguém tão importante? E por que se sentia tão confortável e seguro quando os dois estavam juntos nos sonhos? Quando fora a última vez que se sentira verdadeiramente seguro...?

Until we meet againOnde histórias criam vida. Descubra agora