PUNISH. | LARRY STYLINSON |

FUCK ME, SWEETHEART.

- GANHEI! - Harry grita eufórico, batendo as duas mãos na mesa de centro de madeira na sala, direcionando seu olhar vitorioso para Louis.

  - Não ganhou nada. - Louis diz teimoso e emburrado, não admitiria perder uma aposta tão boba assim, e muito menos aguentar Harry se gabando por ter vencido.

  - Claro que ganhei, baixinho teimoso, e a única coisa que você pode fazer é aceitar a humilhante derrota! E se eu não me engano, o ganhador poderia fazer o que quiser com o perdedor, e quem é o ganhador? Exatamente, eu! - Harry riu debochado, claramente tirando sarro de Louis, que bufava, cruzava os braços e franzia as sobrancelhas em descontentamento. Ambos sentados ao redor da mesinha de centro da sala, com alguns shots e um tabuleiro com banco imobiliário em cima da mesma.

  Basicamente, os dois apostaram que um não conseguiria vencer do outro mais de duas vezes seguidas, mas foi o que aconteceu. Pela infelicidade de Louis. Ou felicidade. Mas isso Louis não admitiria.

Harry ainda encarava o garoto, um silêncio quase imperceptível no começo, por só Harry estar prestando atenção nele. Louis nem parecia se importar, só estava birrento demais para perceber o que estava acontecendo ao seu redor. Até que ele notou.
A partir desse momento, se tornou um silêncio constrangedor, com Louis agora tendo suas costas apoiadas no sofá, e Harry sentado com as pernas cruzadas uma na outra.

Louis abaixou o olhar para o chão, perto dos pés descalços de Harry, subindo então, até sua calça skinny preta e demorando um pouco em sua blusa com os três primeiros botões desabotoados, expondo os pelos ralos em seu peitoral e as tatuagens bem desenhadas na pele pálida. Sua blusa cinza, já amarrotada pelo desleixo devido a bebida e suas comemorações anteriores, estava tão largada no torso definido que era possível ver uma barra rendada em seu ombro esquerdo, no qual a blusa mostrava.

Louis olhou para ela por alguns segundos, e Harry percebeu, imediatamente ajeitando a manga de sua camisa para cima, a fim de tampar sua "surpresa". O que Louis iria pensar? Como reagiria? Iria o julgar? O expulsar? Harry balançou a cabeça, querendo apenas espantar esses pensamentos paranoicos, grudando seus olhos no garoto novamente, o olhando de cima a baixo. Pôde capturar com o olhar seus cabelos bagunçados, os olhos azuis até demais e as pupilas dilatadas pela bebida, seus lábios estavam avermelhados demais. Como se ele tivesse passado batom anteriormente, os mesmos com saliva os preenchendo e contornando. Louis notou seu olhar neles, e, com êxito, mordeu o inferior.

Onde Louis estava com a cabeça? Provocando Harry?! Seu melhor amigo e colega de quarto? Talvez o filtro do bom senso e dignidade tenha sido dissolvido na bebida, e com ela, tenha vindo um calor inexplicável de uns minutos para cá, sendo ignorado desde então. Mas, com os olhos verdes fisgando seus lábios rosados, tenha sido desenterrado, talvez com pensamentos impuros.

Harry continuou sua jornada de olhares pelo corpo de Louis, descendo mais um pouco, flagrando sua clavícula marcada e sua pele incrivelmente bronzeada. A regata preta marcava suas curvas perfeitamente, além de transparecer um pouco da barriga, a fazendo brilhar de suor através do tecido quase transparente. Desceu o olhar mais um pouco, fitando sua calça, exatamente como a dele, só que a do garoto apertava e marcava suas coxas fartas e maravilhosamente definidas. Desceu, então, pelos seus pequenos pés, esticados sobre o outro lado da mesa, roçando os dedinhos no carpete cinza. 

O clima de tensão -quase sexual- foi quebrado com um pigarreio de Louis, que endireitou sua postura largada, para uma ereta e falsamente séria, condizendo com a seriedade da tensão ali instalada. E não era qualquer tensão, era aquela que você quer deixar seus instintos e hormônios agirem por impulso, e que depois de feito, te faz se arrepender. Por mais que durante os minutos ou horas tenha sido maravilhoso, a vergonha ou até arrependimento tome conta de você, mas jamais negando as sensações sentidas e o quão bom foi a experiência, por mais que vergonhosa.