Gods and Monsters

Parte um

 I

No início só havia o caos... Não existia nenhum tipo de vida ou magia. Permaneceu dessa forma durante incontáveis milênios. Entretanto no momento da expansão de seu poder ocorreu a criação dos primeiros seres. Eram extraordinários, os primogênitos, conhecidos como primordiais. Foram os responsáveis por gerar os titãs e gigantes de gelo.

Gaia a mãe terra criou o planeta com a ajuda de Ymir, o mais poderoso dos gigantes. Não haviam deuses, muito menos a yggdrasil(a árvore da vida.) sem suas intervenções. O mundo foi dividido em distintos reinos: A Grécia, Midgard, Asgard, Helheim eram apenas alguns dos muitos.

Próximo a estrada que levava a majestosa cidade de Atenas...

A mulher estava correndo desesperadamente, olhou para trás a criatura ainda a perseguia. Tinha aspecto de homem, seu corpo era peludo em sua cabeça havia dois chifres. Olhos vermelhos, não tinha mais que 1,90 de altura.

Portava uma espada e velha enferrujada. A mulher acabou por tropeçar em uma pedra, a queda foi forte por conta da velocidade. O horrendo ser parou diante dela, bufou ferozmente, preparou-se para golpeá-la.

Crendo ser seu fim a mesma fechou os olhos, apenas escutando o barulho de algo sendo cortado de forma rápida. Sentiu sangue cair em seu rosto, continha um forte odor claramente não era humano. Quando finalmente tomou coragem para abri-los avistou o corpo da criatura atirado ao chão. A cabeça da besta fora decepada, olhou ao seu redor. Um homem de armadura negra aproximou-se, estendeu a mão. Tinha uma feição serena que transmitia calma.

— Quem é você?— Indagou a jovem levemente assustada.— Tire essa coisa de perto de mim!— Esbravejou.

— Acalme-se, está derrotado...— Proferiu calmamente o homem.— Em seu mundo tenho muitos nomes: Senhor do submundo, lorde dos mortos entre outros. Mas isso não importa agora, preciso lhe tirar daqui. A estrada pode ser muito perigosa...— Fazendo uma sequência de sinais com a mão direita. O sujeito foi capaz de invocar um cavalo.— Venha!— Estendeu a mão em cima montaria.

A jovem não sabia como agir. Mesmo estando apavorada com tudo o que houve algo a fazia confiar no sombrio cavaleiro. Aceitou a carona, ele a levou em segurança para Atenas. Despediu-se com um pequeno sorriso, e uma frase que a deixou deveras pensativa.

— Nos veremos em breve, Cibele...— Foi embora em seu cavalo.

De onde ele veio? Por que a ajudou sem pedir nada em troca? Como sabia seu nome? Essas perguntas martelaram a mente de Cibele. Tais questionamentos teriam respostas?

II

Muitos anos depois na cidade de Atenas...

A praça estava deveras movimentada. Comerciantes de todos os variados tipos, um homem estava negociando uma galinha com um mercador. Estava acompanhado de seu casal de filhos, eram crianças. Não tinham mais de 12 anos, a garota viu um pequeno lagarto sair das caixas do vendedor. Rapidamente fora atrás do bicho.

— Ei! Volte, papai vai brigar!— Proferiu o garoto.

Cerca de dois minutos depois, o menino escutou um agudo grito, era a voz de sua irmã. Ela não retornou, o menino correu até seu pai. Foi aí que deu início ao pandemônio e correria.

Os soldados eram diferentes dos demais que viu durante sua vida. Usavam armadura negra e um capuz macabro, espadas curvas e lâmina serrilhada no gume traseiro. Adentraram abruptamente a cidade, desferindo golpes e estocadas a qualquer civil no alcance. Mulheres, crianças, velhos não havia discriminação em toda aquela violência, todos eram abatidos.

Três guardas atenienses tentaram deter os agressores, no entanto, foram rapidamente executados. Os assassinos eram formidáveis em combate.

O mercenário tinha o cabelo curto, quase raspado, num preto suave beirando o castanho. Usava uma armadura leve de couro com tiras vermelhas. Sacou sua espada, segurou com as duas mãos. Encarou os sombrios homens, observou todo o local da batalha. A rua era espaçosa, havia 4 deles. Posicionou-se, um dos bandidos avançou contra ele.