Capítulo I

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Era mais uma dia normal e cansativo no My Express, cafeteria na qual Patrick trabalha e queria que o expediente já estivesse encerrado. Ele olha em seu relógio de pulso e percebe que está quase na hora de ir pra casa. O jovem vai até o Sr. Walker, seu chefe, um homem por volta de seus trinta anos, cabelos castanhos claros, mais alto que o mais novo, tem olhos castanhos bem escuros e sempre demonstrou gentileza ao falar com todos os funcionários, principalmente Patrick. O mais novo avisa do horário ao outro, que autoria os funcionários a começarem a organizar o estabelecimento. Com isso o jovem se apressa e vai até onde seu melhor amigo Henry, que também trabalha na cafeteria, o amigo tinha sua altura, cabelos loiros e olhos castanhos escuro, se conhecem desde criança e foi Henry que conseguiu o emprego pro amigo há um ano. Os dois terminam seus afazeres, se despedem dos demais e ao saírem são pegos de surpresa pelo chefe deles, perguntando se não queriam uma carona. Eles logo recusaram por ser caminho diferente e preferiam caminhar, não que eles falaram ao mais velho, mas pegar carona com o chefe era muito estranho até pra eles.

Os dois desciam a rua conversando amenidades, nada de importante, só coisas triviais que jovens da idade deles conversam pra passar o tempo e não ficarem o caminho em silencio. Em determinada parte do caminho, se despedem com um toque de mãos típico de jovens e uma abraço, se tem uma coisa que eles não tinham receio era de demostrar afeto em público, sempre foram como irmãos. Henry dobra uma rua a direita enquanto o amigo seguiria ainda mais duas ruas a frente até chegar em sua residência.

Ao chegar em casa, tentou ser o mais silencioso possível pra o caso de os pais já estarem dormindo não incomoda-los, mas nem houve necessidade, os dois ainda estavam na sala vendo algum filme de romance que passava na tv. Deu boa noite pro seus genitores, falou rapidamente do seu dia no trabalho e subiu pro seu quarto, já havia comido algo no trabalho e só queria descansar.

Enfim no quarto, seu habitat, o garoto vai direto para o banheiro, precisava relaxar o corpo naquela água morna, quase milagrosa, que saía do chuveiro. Cerca de vinte minutos depois, quando já sentia seus dedos enrugados, ele desliga o chuveiro, se enrola na toalha e encara o espelho do recinto. Encara seu reflexo, um garoto de dezessete anos, olhos e cabelos pretos, não se achava bonito nem tampouco feio, era comum. Diferente de Henry, que ele considerava muito bonito, não era atoa que ele tinha uma namorada muito linda também, seu nome é Alice, mas todos a chamam de Lise. Por mais que ele fosse melhor amigo de Henry, a garota nunca foi muito receptiva com o moreno, por isso ele não se sentia confortável pra chama-la pelo apelido, como a maioria das pessoas.

Vestiu roupas mais leves pra dormir, checou seu celular pra ver se tinha alguma mensagem, mas nada de importante, apenas um vídeo engraçado que Henry compartilhou com ele, respondeu rapidamente e foi dormir, se preparando pro dia seguinte.

Ao amanhecer, a vontade de jogar o despertador na parede era imensa, mas tinha que levantar pra ir pra escola, então tomou coragem e foi pro banheiro fazer toda a higiene matinal. Quando terminou de se arrumar, mandou mensagem pro amigo perguntando se ele ia passar na casa dele pra irem juntos de carona com o pai do moreno, mas o loiro de olhos escuros logo dispensou falando que já tinha prometido ir com a amada. Patrick disse que tudo bem e que se encontrariam na escola.

Ao descer pra cozinha o pai já estava tomando café com sua companheira.

- Bom dia, família linda. - O jovem desejou.

- Nossa, mãe. O cheiro tá incrível- Ele elogia em seguida.

- Bom dia, filho – os dois mais velhos falam quase juntos.

- Fiz o café normal, igual todo dia, nada de especial – falou a mãe na mesma alegria que o filho.

- Hoje você tá mais feliz que o normal, algo especial? – questionou o pai sorridente.

- Nada, só tô sentindo que algo bom vai acontecer. – responde ele, positivo como sempre.

- Bom, pois vamos logo terminar esse café pra eu te deixar na escola e ir pro trabalho – decretou o patriarca dos Collins.

Conversaram mais algumas trivialidades enquanto comiam a refeição mais importante do dia. Ao terminar, deseja bom dia e bom trabalho para sua mãe, enquanto ia em direção ao carro do pai, para irem ao seus destinos. O pai de Patrick se chama Bruce e é advogado, ele é um pouco mais alto que o filho, tem quarenta e nove anos, alguns fios grisalhos e os olhos negros que forem herdados pelo filho. A mãe, Emma, dois anos mais nova que o marido, esbanja beleza com seus cabelos escuros cortados no ombro com um modelo super moderno, olhos castanhos e a simpatia que sem sobra de dúvidas foi para o filho. A matriarca é uma ótima corretora de imóveis.

Já na escola, o garoto foi direto pra sala esperar seu melhor amigo, que por sorte estudam juntos desde de sempre. Mal o garoto entrou, o professor chegou atrás impedindo os meninos de conversarem. Passado as primeiras aulas, chega o momento do intervalo que eles sempre ficam juntos, mesmo ficando de vela do casal.

Não que Patrick fosse feio, pelo contrário, o garoto é até bem elogiado por sua beleza mas nunca sentiu atração por nenhuma garota da escola pra chegar ao ponto de namorar. Obvio que em uma festa ou outra ele ficava com algumas meninas, mas não por vontade era mais por causa do momento, ele meio que se sentia na obrigação por conta do amigo que sempre estava acompanhado.

Já no final das aulas, na porta da escola, Henry estava se despedindo da namorada enquanto o amigo ficava um pouco mais distante pra dar privacidade pros pombinhos. No caminhos falavam besteiras, como sempre e Patrick perguntou se ele passaria em sua casa pra irem pro trabalho juntos, mas o loiro lembrou o amigo que hoje seria seu dia de folga e que ficaria em casa mesmo aproveitando a namorada. Pra variar, pensou o moreno mas nada disse.

Em casa, Patrick encontra Susan, empregada que trabalha com sua família desde que o menino nasceu. Um amor de pessoa, pouco mais velha e mais baixa que sua mãe, possuía cabelos castanhos bem puxados pro avermelhado e olhos escuros. A mulher lhe cumprimentou e ofereceu o almoço, já que seus pais estavam nos seus respectivos trabalhos e só chegariam por volta das cinco da tarde.

- Vou só tomar um banho rápido e já desço pra comer – o garoto respondeu pra ruiva

- Ta bom, Pat. Vou arrumar a mesa pra gente – disse a mulher já sabendo que Patrick nunca gostava de fazer as refeições sozinho.

Nem era considerada uma empregada e sim parte da família. Todos a adoravam, principalmente o moreno que, além dos pais, só permitia que Susan o chamasse pelo apelido. Com exceção do melhor amigo é claro.

Depois da refeição regada de conversas amenas, o garoto sobe pro quarto como de costume pra descanar um pouco antes de ir pro trabalho. Checa rapidamente o celular e vai relaxar na sua cama. No horário correto ele levanta pra se arrumar e enquanto vai descendo se surpreende ao ouvir uma voz um pouco familiar.

Mas o que será que seu chefe veio fazer na sua casa? Será que fez alguma coisa grave ontem e não se recorda? Será que vai ser demitido? Um milhão de besteiras passavam por sua cabeça durante um centésimo de segundo e nenhuma conclusão. O única jeito era encarar pra saber o que tava acontecendo.

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Bom anjos, espero que tenham gostado desse primeiro capítulo. Comentem se gostaram, o que acham que vai acontecer hehe prometo não demorar a postar o próximo capítulo.

bjx do tio Rick 0:)

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