Capítulo 1

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    Mais uma semana que vai mal aqui no Devouir

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    Mais uma semana que vai mal aqui no Devouir. O restaurante não vai muito bem depois da denúncia anônima ao sistema sanitário de que havia ratos andando entre as mesas dos clientes — o que é mentira, já que todos os clientes que tive até hoje sempre elogiaram a boa organização e limpeza deste lugar —, e o mais engraçado de tudo é que eles nem deram sequer um aviso e muito menos vieram averiguar. Só foram diretamente aos críticos e contaram o boato que quiseram e como quiseram, sabe-se lá o que aumentaram do que já estava extremamente errado nesse boato ridículo. Desde então o movimento vem caindo constantemente. Só não digo que cai de uma vez pois ainda há gente com senso, que me conhece e conhece o restaurante a tempo mais que suficiente para saber que eu jamais permitiria coisas do tipo no meu estabelecimento, como por exemplo a dona Cecília e a senhorita Dóroti — sua filha da qual se joga pra mim desde o dia em que me conheceu e soube que o restaurante era meu —, meus amigos: Thomas, Tierri e Giovanni, os três são incrivelmente legais comigo mesmo sabendo que eu não sou muito bom em me socializar (embora eu me solte mais quando estou com eles), são uns baita de uns arruaceiros que saem e bebem quase sempre, tentam me arrastar, é claro, mas nem sempre conseguem. Vou na maioria das vezes, porém pouquíssimas vezes eu bebo, lembro-me bem do dia em que dei PT e vomitei em cima de uma garota que era "meu esquema" da noite, como eles preferiram chamar. Desde esse dia tenho sérios traumas — ou não tão sérios assim —, e tem a dama de laço vermelho, ó céus, nunca vi algo tão singelo e tão bem ornamentado como ela e as curvas de seu corpo, seu cheiro de baunilha que me leva as alturas toda vez que ela vem aqui, que não são muitas, para minha infelicidade. Chamo-a assim pois quando ela comparece no restaurante, sempre está com um belíssimo laço vermelho no cabelo preso num rabo de cavalo de tom louro e uma echarpe da mesma cor. Gosto de vê-la. E essas são as únicas pessoas que não pararam de vir além dos meus funcionários que são poucos e que pelo visto se tornarão menos ainda, por quê do jeito que está, minha saída para não ir a falência é mandar dois deles para a rua. Não é uma coisa que eu queria fazer, mas é algo necessário.

    Eu disse que a dama do laço quase nunca vem, mas, até que ela vem com 'mais frequência' do que de costume, acho isso uma maravilha. Se vocês pudessem ver como ela é deslumbrante, com toda certeza do mundo concordariam que não há alguém mais bela do que ela. Podem até existir garotas belas, mas não tanto quanto ela. Como posso descreve-la sem parecer um cachorrinho babão? Hum... Deixe-me pensar. Ela é baixa — talvez um metro e cinquenta e sete, considerando que eu tenho 1,96 e ela é bem mais baixa do que eu —, cabelos louros que parecem muito sedosos, sempre alguma mecha se desprende do rabo de cavalo caindo sobre seu rosto, que aliás é liso e me parece macio assim como sua pele que reluz ao Sol, com belas curvas e cintura fininha na qual queria muito encaixar minhas grandes mãos, enfim, totalmente e precisamente perfeita aos meus olhos.
Além de eu chama-la assim pelo fato dela usar um belíssimo laço vermelho, chamo-a assim por quê não sei seu nome, o que é estranho não é? Como se admira tanto alguém que nem ao menos sabemos o nome? Realmente é, mas tenho vergonha de perguntar. Quero criar coragem para da próxima vez eu finalmente conseguir a resposta.

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⏰ Última atualização: May 31, 2020 ⏰

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A Dama de Laço VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora