Capitulo II

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NO CAPITULO ANTERIOR...

(Prefeito p.o.v)

ㅡ Aquela velha está omitindo algo, aquela menina deve estar por aqui. ㅡ Entro silenciosamente na casa, o odor de velas queimadas e sangue emanavam do local.

ㅡ Eu estou pirando mesmo. ㅡ Ao sair da casa prendo meu pé em algo parecido com um gancho de ouro, retiro o tapete e me deparo com uma passagem secreta, ao abrir o cheiro de velas e sangue ficara cada vez mais forte.

ㅡ Aquela vadia estava mentindo!

[...]

ㅡ S/n, querida! ...ah Aí está você ㅡ Mamãe me abraça por trás enquanto eu estava a pegar frutas.

ㅡ Olhe mamãe, cerejas, nessa época do ano nunca achei cerejas. ㅡ Me abaixo para pegar o cesto pequeno de frutas cheio de cerejas e pitangas.

ㅡ Isso provavelmente é um presente dos Deuses pela comemoração do seu sétimo ano de vida ㅡ Mamãe beija minha testa. ㅡAgora vamos, seu irmão e seu pai estão nos esperando para o café. ㅡ Mamãe se vira pegando na minha mão esquerda para que não caisse por conta da umidade e o limo das pedras.

...

ㅡ Quem dera estivesse nessa época, onde éramos felizes e ninguém sabia do nosso segredo. ㅡ Me ajoelho e agradeço aos deuses pelo sonho que tive noite passada, o sopro das árvores e o canto dos pássaros me fazem ter alguma esperança de que eu irei conseguir sair ilesa disso, quem dera meus pais também pudessem ter essa sorte.

Me apronto rapidamente para voltar a caminhada seguindo o barulho da água corrente ao leste onde espero recomeçar tudo. No caminho acho uma linda macieira com grandes e vermelhas maçãs, a árvore aparentava ter trezentos anos, seus frutos e folhas eram de uma beleza amedrontadora.

" Pegue exatamente 8 maçãs " ㅡ Disse uma voz feminina e macia que ecoou pelas árvores.

Meu corpo foi recebido por uma alegria e paixão avassaladora, fiquei receosa de obedecer a voz da floresta porém mamãe sempre me disse para nunca negar o meu destino, e assim, obedeci.
Já estava tarde e meus pés cansados do caminho longo que percorri, olhava para trás e já não via mais sinais da fazenda onde morava, mas continuei a caminhar cuidando os galhos que caira das árvores pois precisava ser invisível onde passasse e qualquer pista eu estava morta.

(PREFEITO P.O.V) 

ㅡ Nunca vi essa menina, pelo o que o vilarejo sabe essa menina morreu no mesmo dia que veio ao mundo, dizem que ela foi morta pela própria mãe para um ritual de riquezas. ㅡ O fazendeiro vizinho da família Conrad cochicha com a porta entre aberta.

ㅡ Você tem certeza de que nunca viu aquela garota? ㅡ Pergunto novamente na esperança de que ele fale algo.

ㅡ Olha seu prefeito, eu não sei de nada, nunca vi aquela garota...Mas, o que isso te interessa? ㅡ o fazendeiro pergunta rudemenre. ㅡ Já É tarde da noite, já fazem dias que os Conrad foram mortos, não vi ninguém na fazenda, agora boa noite. ㅡ Ele fecha a porta abruptamente fazendo um barulho alto.

ㅡ Eu sei que não estou louco ㅡ Cochicho enquanto monto em meu cavalo de cor caramelada, sentia que ele estava assustado só de estar perto da fazenda vizinha, o que eles escondem.

...

(S/N P.O.V)

A noite nunca me amedrontou, a escuridão me acompanha desde que sai do ventre de minha mãe, e sei que pela escuridão ela está me guiando. Ao caminhar ao leste encontro a tão esperada correnteza, o barulho da água caindo sob as pedras e o vento gélido ao meu redor me faziam lembrar que ainda estou viva. Com as mãos gélidas trago água da correnteza aos meus lábios, me satisfaço como nunca antes, ao me levantar logo ao fundo vejo uma casa enorme, nunca tinha visto uma casa sem ser de madeira, a arquitetura parecia ser de anos a frente, era branca meio acinzentada, algumas árvores ao redor e pedaços de Folhagens pelas paredes, as janelas eram enormes e continham várias, ao lado da casa existia um celeiro, mas muito pequeno e de madeira, o que pode ser perfeito para os rituais.

" Siga em frente " ㅡ Novamente aquela voz, sob o topo das árvores pude ver a luz da lua que iluminava toda a casa, ao olhar para trás vejo uma figura negra que ao se aproximar aparentava ser uma bela mulher, sei vestido era preto e cabelos loiros quase tocando o chão, lábios e bochechas rosadas. A mesma pega em minha mão e diz ㅡ Vá minha querida, mas tome cuidado. ㅡ Ela pega em minha mão, era gélida e macia, ela me guia até a porta da casa, era uma porta de madeira branca mas meio arruinada pelo tempo. Tentei abrir mas a porta estava trancada, a mulher me olha e pede para que eu tente novamente abri-la.

ㅡ Eu não consigo. ㅡ Olho para a mesma que pega em minha mão e pede para que eu tente, mas dessa vez, tente mesmo. ㅡ Lucifer que aqui habita, convoco-te com fervor e amor incondicional, faça com que seu poder me dê poder.  ㅡ Ao repetir pela terceira vez a moça ao meu lado desaparece, e assim a porta se abre, ao olhar para minhas mãos vejo que estava a queimar a maçaneta, ela cai e a porta se abre.

ㅡ Olá.

Caminho pelo corredor escuro, ao meu lado esquerdo uma porta que dava para uma sala com um lindo piano branco, ao lado direito uma sala de jantar, um lustre enorme e uma mesa que continham 8 lugares. Vou até a sala de jantar e coloco meu cesto sob a mesa, retiro as maçãs do cesto e coloco sob os oito lugares. Volto para o corredor onde a minha frente havia uma enorme escada, ao chegar no topo existiam quatro portas dos dois lados, ao fundo uma enorme janela com cortinas brancas. Sigo em direção a janela e ali fico alguns minutos observando o balançar das árvores na floresta, ao olhar para o quintal da casa vejo aquela mesma mulher, ela sorri gentilmente e se vira de costas, num piscar de olhos ela some com o vento.

ㅡ Que diabos é você e o que está fazendo dentro da minha propriedade. ㅡ  Ouço uma voz roupa poucos metros atrás de mim.


CONTINUA

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