Gabrielly comandando:
Era seis horas da manhã, acordei com o meu pai entrando no meu quarto e puxando a minha coberta dizendo que era hora de acordar porque não era dia de mordomia.
Saulo - Vamos, Gabrielly! Hoje você tem aula e eu ainda tenho que trabalhar. - Colocou suas mãos na cintura me encarando sério.
- Sério, pai? Nem no meu próprio quarto eu tenho privacidade. Que saco. - Me levanto e começo à arrumar a cama na força do ódio.
Saulo - Enquanto você estiver de baixo do meu teto, realmente, não terá privacidade. Te dou meia hora para está pronta. - Dito isso, saiu batendo a porta e eu fico o imitando.
Meu pai era um saco. Sabe aquele pai mala que é super protetor e que tudo tem que ser do jeito dele? Então, meu pai, Saulo, era assim. Eu era a única "princesinha" dele e ele o rei da casa.
Enquanto eu era proibida de fazer TUDO, o meu irmão podia fazer o que quisesse e quando quisesse. Era muito injusto essa proibição e proteção toda comigo. Era difícil ter um pai delegado cheio de regras exclusivas apenas para mim.
Fui batento o pé para o banheiro e me sentei no vaso fazendo o meu precioso xixi e aproveitei para ir tirando a parte de cima da roupa. Quando me sequei, joguei o meu short em um canto qualquer do banheiro e entrei no box xingando mentalmente. A água estava fria pra cacete. O dia, na verdade, estava frio.
Meu pai mal sabia que, hoje, eu iria matar aula. A demônia da Mirela tinha jurado que iria me buscar e cismado de me arrastar para o morro do Jacaré. Ela morava lá e eu nunca tinha ido na casa dela, por mais que meu pai adorava a Mirela, eu era proibida de colocar meus pés nessa ou em qualquer outra comunidade. Era b.o na certa.
Terminando meu banho, me enrolei na toalha e fui para o meu guarda-roupa pegando o uniforme bosta da escola e a minha calça jeans justa. Me vesti e sequei o meu cabelo o jogando para o lado e deixando ele com os cachos naturais.
-- E nem vem com esse lance de maquiagem. Mona, seis horas da manhã e você já vem querendo que eu reboque a minha cara? Se toca. Vou com a cara amassada mesmo. --
Pego minha mochila e saio fechando a porta do quarto. Vou em direção à sala e meu irmão estava no sofá vendo um filme qualquer.
Itan - Pô, Gabi, chega assim do nada não. Essa tua cara feia me assusta. - Meu irmão coloca o filme no pausa e começa à rir.
- Valeu, Caio Castro. - Ironizo jogando minha mochila nele e vou na cozinha.
Saulo - Dois minutos de atraso. - Meu pai olha o seu relógio de pulso e a minha vontade era de tacar um pão na cara dele.
- Foi mal. - Dou de ombros e me sento à mesa pegando o nescau e o leite.
Saulo - Hoje eu vou chegar mais tarde do serviço mas nem pense que isso é uma brecha para a senhora achar que pode chegar qualquer hora em casa. É da escola pra cá. Seu irmão vai ficar de olho em você e eu vou deixar um dinheiro aí pra vocês comprarem pizza ou qualquer outra coisa até eu chegar. - Teclava algo no seu celular.
- A vovó não vai vim ficar com a gente hoje? - Bebo meu achocolatado fingindo interesse.
Saulo - Não. Ela prometeu ficar com o seu avô hoje. - Suspirou ainda não tirando o olhar da tela do celular.
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Fruto Proibido
Teen Fiction"É errado querer você, mas eu sempre tive uma queda por erros." Plágio é crime.