Capítulo 2 NO QUINTAL

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Sua avó já havia sido enterrada fazia cinco dias, agora Janalinda estava no quintal brincando com sua boneca Bianca em sua casinha, ela estava sentada na grama conversando com sua boneca Bianca.

Quando Bianca disse:

― A bruxa Malvina vem aí.

Janalínda levantou com a boneca nos braços e disse:

― Então vamos fugir.

Bianca protestou dizendo:

― Não faça isso se você fugir, ela vai pensar que você tem medo dela, mostra para ela que você não tem medo, enfrentar ela, você já é uma mocinha, e as mocinhas não fogem.

Janalinda voltou a sentar e disse decidida:

― Você tem toda razão, eu vou mostrar que eu não tenho medo daquela bruxa.

Malvina ouviu o que Janalinda disse quando ela chegou perto dela, e Malvina perguntou assim que se aproximou:

― Quem é a bruxa de que você não tem medo?

Janalínda apertou a boneca em seu peito e ficou olhando para o chão, ela estava com medo da Malvina, e já havia se arrependido do que havia falado a pouco para Bianca.

― Fica calma, não demonstra o seu medo a ela, mostra para ela que você já é uma mocinha e que você não tem medo dela. - Disse Bianca.

Malvina olhou brava para ela e perguntou:

― Eu te fiz uma pergunta, e quando eu faço uma pergunta eu também quero uma resposta.

― Coragem Linda... - Disse Bianca.

Então Janalinda olhou para Malvina que perguntou novamente:

― Quem é a bruxa de que você não tem medo?

― De você eu não tenho medo... - Respondeu Janalínda.

Malvina deu uma volta ao redor dela. E Janalinda pensou: " é agora que ela vai me bater por eu ter respondido para ela"

Malvina se abaixou pegando nos cabelos dela e puxou.

― Ai, ai... - Disse Janalinda ao sentir os puxões de cabelo e Malvina continuou segurando nos cabelos dela dizendo em seguida:

― Agora que a sua vovozinha morreu eu vou transformar a tua vida no inferno, porque não vai mais ter a chata intrometida da sua avó para te proteger.

― Algum problema? - Perguntou Bernardo que vinha se aproximando.

― Seu pai deveria ter chegado um pouco antes assim ele teria ouvido o que ela falou. - Disse Bianca.

Ao ouvir que o pai dela estava próximo, Malvina olhou para o marido que havia chegado, então ela disfarçando passou a mão na cabeça de Janalinda, ela levantou dizendo:

― Não tem problema nenhum querido, a gente só estava aqui conversando, por que a Linda estava triste por causa da morte e sua avó, eu estava tentando anima-la um pouco.

― Que cara de pau essa mulher tem, mente descaradamente...- Disse Bianca.

Janalínda apertou a boneca nos braços e abaixou a cabeça, e Bianca a conforto ao dizendo:

― Não fala nada do que ela te fez, finge que é verdade o que ela falou.

Bernardo aproximou-se, olhou para Malvina desconfiado, pois ele já começava a desconfiar que Malvina não queria bem a sua filhinha, e que ela não a suportava, pois sua mãe já havia o alertado diversas vezes sobre isso, mas ele não queria acreditar que Malvina não gostava da filha dele, e com o passar do tempo ele começou a observar para ver se o que a sua mãe dizia era verdade, ou se era implicância dela por que ela havia deixado bem claro que não gostava de Malvina, mas ela a respeitava por ser a sua mulher.

Ao ver que Janalinda estava de cabeça baixa, e com sua boneca Bianca nos braços, ele se ajoelhou na frente dela colocou a mão no queixo dela e levantou o rostinho dela, perguntou olhando para os olhos da filha:

― Está tudo bem mesmo filha?

― Diz que sim. - Disse Bianca.

Janalinda fez que sim com a cabeça e o abraçou, ele também a abraçou e passou a mão no cabelo dela dizendo:

― O papai te ama muito não se esqueça disso nunca.

Ao vê-los abraçados e ouvindo o que Bernardo falou a filha, Malvina ficou séria e o com raiva dos dois, mas não disse nada e assim que ele levantou com a filha nos braços ele olhou para ela, Malvina forçou um sorriso como se fosse está tudo bem. Então Bernardo disse:

― Vamos entrar que o papai te leva.

Janalinda deu um beijo na bochecha do pai, dizendo em seguida:

― Eu queria brincar mais um pouco com a Bianca aqui no quintal. Eu posso?

Ele retribuiu o beijo no rosto da filha e acariciou o nariz dela dizendo em seguida:

― Claro que você pode minha querida... - Ele se abaixou a colocou de pé no chão e acariciou o nariz dela novamente dizendo: ― Então brinca mais um pouco que eu vou pedir para fazer um lanche para nós, logo a Joana vai te chamar. Está bom?

― Sim papai, eu já estou com um pouquinho de fome mesmo.

Bernardo deu mais um beijo na face da filha, em seguida ele levantou e entrou em casa acompanhado pela esposa.

MINHA BONECA BIANCAOnde histórias criam vida. Descubra agora