Primor Of Destiny (Taekook / Vkook) - Concluída

1 - Prólogo

Eu espero que vocês dêem muito amor para está minha nova/antiga história. Estou reescrevendo ela e postando novamente...

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Narrado por Jungkook.

Eu o observo dançando quase todos os dias. Ele chega bem mais cedo do que todos nós, faz sempre as mesmas coisas como se, se fizesse alguma coisa fora do comum fosse drasticamente quebrar sua rotina. Ele coloca os sapatos e logo uma música começa a tocar. Ele flutua. Voa. Desliza. Voa de novo. Parece uma pena, aquilo parece tão simples para ele. A meu ver, é como se Deus estivesse brincando de marionete com ele, e ele faz aquilo muito bem. E por lá ele fica até que alguns alunos começam a chegar à Universidade, eles nunca vão para o lá há àquelas horas, ele sabe que ninguém pode atrapalha-lo então ele continua a flutuar por todo o lugar e eu me encanto com aquilo, acho muito bonito e engraçado. Ele faz umas caretas às vezes quando cai, ele cai muitas vezes e cai feio. "Ele deveria usar um paraquedas também", eu sempre penso isso e dou risada.

Acho que ele nunca me notou e se notou, fingiu que não viu.

Continuo meu trabalho por mais algumas horas e logo depois que termino ouço o som ser desligado. Está na hora dele ir embora, e ele vai do mesmo jeito que chegou, voando como uma borboleta. Posso dizer que observa-lo dançando é como um passatempo para mim é como ver aquele mesmo filme repetido que sempre passa na TV, você não gosta muito, mas já está acostumado então não faz muita questão de mudar. Eu não tenho escolha, acho que nunca tenho. Carrego todos os baldes e esfregões nas mãos e braços e os levo para seus devidos lugares, o salão está todo limpo pronto para ser sujado novamente por vários pés flutuantes.

Tiro o uniforme e assino a lista de presença, me dirijo até o estacionamento e de lá pego minha moto. Vou para casa porque preciso me preparar para a luta desta noite.

Narrado por Taehyung

- Isso está definitivamente passando da categoria "Péssimo" e indo para "Terrível" - Meu colega de quarto me diz, pressionando o gelo contra meu pé esquerdo que está machucado.

- Isto com certeza está me ajudando muito, Jimin. Obrigada.

- Não tem de quê. - Ele sorri, irônico.

Essa semana é o dia em que o conselho da Bolshoi Ballet Academy virá visitar University of Seul para uma seleção de novos Bailarinos. Entrar na Bolshoi é o sonho de qualquer bailarino, é meu sonho, é o porquê de eu vir trabalhando a vida inteira. Trata-se das mais antigas e melhores companhias de Ballet do mundo. Esse é meu lugar, é onde eu preciso estar e é onde eu estou batalhando para chegar. Bolshoi Ballet Academy e eu, separados no nascimento. E então, meus pés resolvem se machucar justo nesta semana, justo na semana que eu preciso estar perfeito, justo na semana em que eu preciso ser perfeito. Passo meus dedos pelo machucado assim que Jimin tira o gelo, ele faz uma careta.

- Está horrível, Taehy. - É o que ele diz.

- Você precisa procurar alguma coisa para arrumar isso nas macumbas da sua mãe ou avó. Eu não posso ficar com isso nos pés, preciso estar intacto.

Jimin se mostra ofendido.

- É a milésima vez que vou te dizer: Ciganos não são macumbeiros.

- Tudo bem, me desculpe. - Na verdade eu não me importo muito.

- Nem com macumba isso ficaria melhor e eu tenho quase certeza que gelo também não vai ajudar. O conselho vem daqui a dois dias, dois dias, Taehy.

- Eu já sei! - Eu digo. - Estou contando os dias desde o mês passado.

Ele põe a mão na cintura, róe a unhas e anda de um lado para o outro. Uma pausa, seu indicador se levanta, mas sua expressão não é contente.

- Vamos chamar a Senhora Hwasa.

- Jimin, não! - Quase grito.

- Ela vai saber o que fazer se isso tiver uma solução. Já volto.

Sei que ele está certo, mas sei também que a Senhora Hwasa pode me trazer noticias que não quero ouvir ou pode me dar uma bronca e talvez uma suspensão por usar o salão principal para meus treinamentos. Ninguém sabe dos meus treinamentos. Acordo mais cedo que todos, ensaio até que os outros cheguem, mas não deixo que eles me vejam.

Passam-se alguns minutos até que a porta do quarto seja aberta, Jimin e a mulher ruiva se aproximam de mim, ela está sorrindo e Jimin está... Bom, ele está sorrindo também. Meu colega aponta para meu pé machucado e a mulher se ajoelha e trás meu pé para perto de si. Eu gemo internamente, na verdade quero gritar de dor quando ela toca. Ela está me olhando.

- Está doendo?

- Não. - Minto, mas ela sabe que não digo a verdade.

Ela toca mais uma vez. Mais um grito interno.

- Isso pode ser uma fratura. - Ela diz.

- Mas eu já disse que não esta doendo.

- Taehy, - Calmamente chama meu nome, me olhando nos olhos. - eu sei que você esta mentindo. Sei também como essa semana é importante para você... - Vejo piedade em seus olhos, vejo uma mulher cansada e olheiras escuras em volta de seus belos olhos azuis. A esperança morreu neles. Ela está séria. - Sinto muito, mas não posso deixar que você participe das audições.

Continua....