No início.

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Nos barulhentos corredores daquela escola, vi-te pela primeira vez. E, naquele preciso momento, soube que iríamos viver uma das histórias de amor mais bonitas da humanidade.
Naquele dia estava feliz, apetecia-me ser livre; conhecer novas realidades; aprender com pessoas que me pudessem ensinar o poder da rebeldia.
Até ali, sempre sonhara ser rebelde, mas nunca havia conseguido, por me faltar a companhia ideal que me fizesse sentir certa, mesmo que a cometer o pior de todos os erros.
Mal sabia eu que esse desejo estava prestes a realizar-se; mal sabia eu que era contigo que iria descobrir novos mundos e criar outras realidades paralelas - tão bonitas, ao ponto de invejar até aqueles que diziam gostar de nós.

- Hoje vou à praia!
- QUE SORTE, também quero!
- Então, vem comigo!

Foi assim o nosso primeiro diálogo. E, pela primeira vez na vida, senti-me rebelde; senti-me livre; senti-me leve; senti-me tão bem que só queria voltar a encontrar-te para repetir a sensação.
A tensão existiu e toda a gente à nossa volta reparou. Tu sorriste e eu virei as costas para sorrir de volta. Tu voltaste à realidade numa fração de segundo e logo a seguir, voltei eu.
E de duas realidades tão distintas, nasceram tantas outras - mal sabíamos nós aquilo que estava para vir.

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