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Matheus

A Ayla ficou meio brava e entrou pra dentro da barraca e eu continuei comendo lá fora, tudo bem que ela estava se preocupando comigo, mais eu tava morrendo de fome e comi que nem um louco.

Depois que eu terminei de comer eu fui guardar as coisas e achar uma lugar pra lavar as panelas. Peguei as panelas e fui andando em volta do lago e achei meio que uma poça e fui lavar as panelas ali mesmo. Escutei um barulho estranho vindo de perto da barraca e sai correndo pra ver o que era.

Cheguei lá e a Ayla tinha caído no chão cheio de galhos que acabaram machucando toda perna dela. Ajudei ela a levantar e coloquei ela sentada na almofada.

Eu: Nossa Ayla olha sua perna meu- falei indo pegar a caixa de pronto socorro- Sua sorte que não foi profundo

Ayla: Nss tá ardendo Matheus- ela reclamou quando eu comecei a passar o algodão com álcool

Eu: Fica calma, segura em mim pq acho que vai arde um pouco- ela agarrou as mãos em meus ombros e aperto- Pronta?

Ayla: Sim- apliquei o remédio e ela gritou de dor- Aaai Matheus tá ardendo- ela apertou mais meus ombros que tava doendo até

Eu: Já vai passar calma, respira vai- ela respirou fundo e eu apliquei mais um pouco do remédio e coloquei o curativo- Pronto, agora vem- peguei ela no colo

Ayla: Oq vc tá fazendo?- coloquei ela dentro da barraca e a deitei

Eu: Fica deitada e não sai daí viu- apontei pra ela

Ayla: Onde vc vai?- falou se ajeitando

Eu: Buscar as coisas que eu fui lavar-falei saindo mais voltei quando ela me chamou

Ayla: Matheus, obrigada- ela sorriu e eu devolvi

Eu: Não foi nada- disse e sai

Voltei a onde eu estava lavando as panelas pra terminar de lavar. Voltei e vi que a Ayla tinha trocado de roupa e posto uma calça de pijama e uma regata. Peguei uma roupa e sai pra trocar fora da barraca.

Eu: Vou ali trocar de roupa tá- eu disse e ela concordou.

Fui atrás da barraca e troquei a roupa, deixando a outra que eu estava pendurada em uma árvore. Voltei pra barraca e a Ayla estava olhando pra cima pensativa.

Eu: Já está melhor?- me sentei perto dela

Ayla: Estou sim, obrigada- ela olhou pra mim sorriu e depois voltou a olhar pro mesmo lugar

Eu: Tá pensativa? O que foi?- a olhei

Ayla: Não é nada demais, é que eu não entendi muito bem pq nossos pais mandaram a gente pra esse lugar, sendo que eles poderia ter saido de casa os dois e deixado a gente lá sozinhos- ela deu uma pausa e eu só escutava- Não faz sentido a gente ter vindo pra cá.

Eu: Pois é nem eu entendi muito bem, mais fazer oq né? O bom é que a gente se conhece melhor- sorri pra ela

Ayla: Não tem nada pra conhecer Matheus, nós já percebemos que não gostamos de nenhum dos dois- ela se virou de costas pra mim

Eu: Como vc é chata em Ayla, eu tô tentando ser legal com vc pra gente se dar bem e vc me trata assim- fiquei um pouco bolado

Ayla: Não tem outro jeito de tratar e sabe pq? Pq vc é um completo idiota, tenho certeza que só me ajudou pra ganhar algo em troca- agora ela foi longe demais

Eu: Então é isso que vc pensa de mim?- ela não respondeu- Blz então- me virei pro outro lado e dormi

Ayla

Acho que peguei um pouco pesado com o Matheus, mais ele que começou falando que nós temos que nos conhecer, conhecer o caramba pra depois ele se aproveita de mim,quero não.

Não consegui dormi, então peguei uma blusa de frio e sai da barraca sem acorda o Matheus. Peguei a almofada que tava perto da mesinha e fui sentar perto do lago. Olhei a horas no relógio que eu trouxe e vi que eram 02h da madrugada já.

Fiquei um tempinho sentada ali e me levantei, estava voltando pra barraca quando eu ouvi um barulho estranho fora da pedra que entramos na cachoeira, como eu sou curiosa eu fui ver o que era.

Tava escuro então peguei uma lanterna e fui ver o que era, sai da pedra da cachoeira indo em direção a floresta. Continuei ouvindo o barulho e ele estava ficando mais alto, era tipo barulho de folhagem. Fui chegando perto e então levei um susto com um cachorrinho. Ele era muito bonitinho e muito fofo e tão pequeno acho que era filhote ainda e pelo que eu reparei ele é da raça golden.

Eu: Oi amiguinho, vc tá sozinho aqui?- ele ficou me olhando e veio pra perto de mim- Pq vc ta sozinho aqui em? Será que vc tem dono?- olhei no pescoço dele e vi que não tinha nenhuma coleira- Bom acho que vc não é de ninguém né, então vou levar vc comigo, vc deve estar com fome né?- ele começou a lamber minha cara e eu ri.

Voltei pra cachoeira e coloquei o doguinho no chão, e fui pegar alguma coisa pra ele comer. Peguei uma bolacha água e sal e dei pra ele.

Eu: Olha não tenho comida de cachorro então vc vai comer isso aqui tá- dei pra ele a bolacha e ele comeu em 1 segundo- Nossa vc tá com fome em kkk- passei a mão nele

Matheus: Ayla?- ele saiu da barraca coçando os olhos- Ué de quem é esse cachorro?

Eu: Eu encontrei ele fora da cachoeira, todo sujo e com fome, aí eu trouxe ele- fiquei brincando com o cachorro

Matheus: Mais ele não tem dono?- ele se abaixou e começou a brincar com o dog

Eu: Acho que não, ele tá sem coleira.- disse olhando o cachorro- Podemos ficar com ele né, pra ele não ficar sozinho?

Matheus: Mais não temos comida pra cachorro, e se ele tiver dono e o dono aparecer?

Eu: Quando amanhecer a gente sai a procura do dono então- olhei pra ele

Matheus: Ok então, que horas são?- ele pegou o cachorro no colo

Eu: São 4:30- falei olhando o relógio

Matheus: Nossa, perdi até o sono kkk- ele riu

Eu: Pois é kkk- ri junto com ele- Me desculpa por ter falado de vc daquele jeito, eu estava meio assim com tudo isso.

Matheus: Tudo bem, eu tbm não devia ter falado aquilo pra vc- ele olhou pra mim e eu sorri- Que tal darmos um nome pra ele assim se ele ficar com a gente ele já tem nome.

Eu: Boa ideia, que tal Max ou Maike?

Matheus: Maike é melhor- ele pegou uma bolacha e deu pro Maike

Eu: Então vai ser Maike, né Maike, vc gostou do seu nome? -ele balançou o rabo e subiu em cima de mim- Acho que sim né kkk

Ficamos brincando ali com o Maike, até ele se cansa e acabar dormindo, eu e o Matheus tbm acabamos dormindo ali na grama mesmo com o Maike em cima do Matheus.

O Acampamento (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora