XXIII

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Traduzido por @valentinefairy

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Stark sentou na cadeira do escritório e girou um copo de uísque na mão esquerda, enquanto olhava para o nada.

Tony odiava estar fora de controle e fez tudo ao seu alcance para evitá-lo, por isso não era uma emoção que ele experimentava frequentemente. No entanto, ele havia se acostumado com isso no mês passado. Desde que Peter tropeçara em sua vida, todo seu planejamento cuidadoso e controle rígido acabara. Agora pertencia a Peter.

May estava errada quando disse que o que ele sentia por Peter não era amor. Ele nunca se sentiu assim antes em sua vida. Seu mundo inteiro estava centrado em torno de uma pessoa, e não era ele mesmo. Tudo era Peter, Peter, Peter. Todos os seus pensamentos, emoções, desejos, ambições e sonhos agora tinham uma resposta e essa era um garoto de dezenove anos de idade.

Soou ridículo quando ele pensou assim, mas não se tornou menos verdade. Ele estava obcecado, mas não era qualquer obsessão que ele já havia experimentado antes. Obsessões significavam possuir irrevogavelmente. Ele não queria possuir Peter... não, isso estava errado, mas apenas se Peter quisesse isso. Quando ele resgatasse Peter e matasse Thanos, se o garoto decidisse ir embora, Tony o deixaria. Ele manteria pessoas vigiando o garoto, assegurando de que ele sempre obtivesse as melhores oportunidades de trabalho, a melhor educação e, mesmo que escolhesse se casar com outra pessoa, embora isso partisse o coração de Tony ao considerar alguém tocando Peter, fazendo qualquer outra coisa, ele deixaria isso acontecer.

Mas Tony nunca o tocaria se Peter não o quisesse. Ele ficaria nas sombras, observando de longe enquanto Peter seguia sua vida sem ele. Isso machucaria, Deus como machucaria... Ele seria destruído, nunca mais seria o mesmo, mas ele faria.

Para Peter, ele faria qualquer coisa.

Isso era amor.

Ele estava apaixonado por Peter Benjamin Parker, seu garoto.

Fazia cinco horas desde a ligação de Thanos. Todo o mundo criminoso de Nova York estava trabalhando junto para rastrear Thanos e encontrar Peter. Todo mundo estava fazendo sua parte. A cooperação foi impressionante. Nunca antes isso tinha acontecido. Tony sabia que não era sobre Peter, ou mesmo sobre ele, era sobre o princípio do fato na maior parte do mundo criminal: Você não leva inocentes. Alguém tinha quebrado esse código, esse alguém precisava ser punido, era um ponto de honra.

Tony tinha feito tudo ao seu alcance para encontrar Peter, agora ele tinha que esperar. Rhodey, Pepper e Happy lidavam com a maioria das corridas do dia a dia da "empresa", Tony era, de muitas maneiras, a figura de representante. Não o entenda mal, Tony era poderoso, ele era o martelo que balançava a doce justiça, mas quando se tratava desse tipo de coisa. A reunião de informações, ele era inútil. Ele não tinha os contatos, não podia. Não se ele estivesse a salvo da atenção da polícia. Ele não sujava as mãos, a menos que fosse muito pessoal, como um interrogatório ou se Rhodey considerasse seguro o suficiente.

Então aqui estava ele, preso, girando os polegares, esperando por uma ligação, enquanto o resto do mundo se mobilizava sem ele. Tony nunca se sentiu tão inútil. Quando a informação chegasse, ele estaria pronto, mas essa espera toda... Daria a ele muito tempo para pensar.

Tony ouviu a campainha da porta da frente tocar e suspirou quando se levantou. Era provável que Fury exigisse uma explicação para o que estava acontecendo. O chefe da máfia tinha certeza de que o homem já sabia sobre a mobilização, se não a causa.

Ele caminhou pelo corredor e abriu a porta lentamente, já preparado para bronca de Fury, mas apenas congelou e olhou para as duas figuras em pé na porta de sua mansão.

Good boy Peter | Starker (em betagem)Onde histórias criam vida. Descubra agora