É bom demais pra ser verdade

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Fiquei bastante puto quando Gambit e os outros pais mandaram a gente fazer fila pro banheiro e ir todo mundo pra cama. Fiquei bastante apaixonado por assim dizer ao ouvir a garota de cabelos roxos mais linda do universo reclamar

- Só porque temos 16 anos não significa que seja justo toda essa palhaçada, aonde eu vou fumar? - Ela revirou os olhos e antes que seu pai pudesse dizer algo, a menor saiu da sala.

Olhei para meu pai e ele moveu a cabeça como se dissesse "vai antes que eu me arrependa", saí dali rapidamente a seguindo e após alguns segundos a encontrei na varanda, estava sentada no parapeito olhando a noite fria, eu notei as lágrimas em seu rostinho delicado quando me aproximei

- Vai embora daqui Harry, que inferno! - Mal gritou irritada socando meu peito, eu a deixei continuar. Conhecia aquela garota como a palma da minha mão, quando ela finalmente se cansou, me sentei no chão a aninhando gentilmente em meus braços e encostei os lábios nos dela

- Tá tudo bem Mal, eu te conheço. Não precisa fingir nada pra mim - Disse baixinho e pude ouvir sua respiração voltar a um ritmo constante, ter a garota que eu amava desde os oito anos de idade em meus braços era uma sensação tão boa que nem me dei conta quando ela depositou um beijo delicado e carinhoso em meu pescoço, antes de acabar pegando no sono

- Boa noite Harry - Ela bocejou e se encolheu em meus braços, fiquei ali igual a um babaca olhando seu jeitinho; a pele corada pelo frio, os cabelos caindo sobre os seios pequenos, o jeito como ela apertava meus braços ao seu redor como se precisasse
*Quebra de tempo de 1 hora*
Coloquei Mal numa das camas improvisadas que Elektra montou, como aquela era a de melhor aparência eu supus que meu pai tinha jogado seu charme pra conseguir aquilo. Cobri ela com minha jaqueta por não ter nenhum cobertor de fácil acesso e me deitei sem camisa no chão frio, pegando no sono quase que instantaneamente

- Harry, não faz isso... Não Harry! - Mal dizia enquanto dormia, acordei com um sobressalto percebendo que ela estava tendo um pesadelo. Quando encostei nela, sua pele estava suada e ardendo em chamas; puta merda ela tava ardendo em febre
Vesti a primeira blusa que achei em minha mochila e sai feito um furacão em busca de remédio pra ela. Fui a quase 12 farmácias antes de finalmente encontrar o que precisava, passando pelo caixa aproveitei pra comprar uns doces e fazer uma média com minha nova família, principalmente com a minha princesa
Paguei tudo apressadamente, joguei na mochila e voltei correndo pra casa, rezando pra não me encontrar com nenhum policial devido ao excesso de velocidade da moto

- Foi dar um passeio praga? - Quando cheguei na garagem do edifício de Elektra Natchios dei de cara com meu pai

- Fui me prostituir se não percebeu Gambit, agora se me dá licença eu tenho uma donzela em perigo que tá ardendo em febre e eu não tô com paciência pra discutir com o pai mais babaca do universo - Passei por ele com um encontrão, fui até a cozinha pegar água e subi correndo até Mal

- Acorda princesa, seu salvador chegou - Eu disse fazendo ela se sentar e colocando o remédio para baixar a febre em sua boca, com dificuldade fiz ela beber toda a água
*Quebra de tempo de 12 horas*
Acordamos com o sol forte no rosto e nossos pais praguejando, Mal me olhou de um jeito cúmplice enquanto trocava de roupa sem nem se importar com os garotos ali presentes,  olhei meu corpo no espelho e percebi marcas de arranhões. Sorri com aquilo, já que eu realmente havia dormido com uma gatinha bem briguenta, na hora do café não havia o suficiente para todos, então deixei para Mal e os outros e sai. Antes que eu pudesse chegar em minha moto ouvi a voz de minha amada

- Obrigada Harryzinho, eu pensei que fosse morrer - Ela disse e voltou correndo pra dentro do prédio

Past of heroesOnde histórias criam vida. Descubra agora