M00:00DY BLUES - (BruAbba - AbbaBru JJBA)

Noites em cetim branco

  Leone desejou que aquela fosse a última noite que seus amargurados sonhos criavam vida em seu consciente ao decair da noite. Os olhos refletiram a aurora, os lábios agora secos se espremeram em um sorriso forçado, e ele inspirou fundo novamente, sentindo o incômodo farto ao peito, e a fumaça de um cigarro barato impregnada à camisa fina que trajava. Deixou que o corpo repousasse ao lençol de cetim branco, os dedos acariciavam gentilmente as mechas escuras soltas ao rosto gélido. E assim que o fez, deixou que um sorriso escapasse dos lábios finos.

_Senti sua falta, Bruno...

--xXx--

_Se algum de vocês estiver disposto à me acompanhar... -Iniciara, a postura impecável que sempre tivera, mantinha-se intacta. E tal honra como um devido traídor, também era notável.- desça estas escadas e entre no barco. Mas não vou ordenar a nenhum de vocês que me siga. Eu fiz o que achei que era certo. Não me arrependo de nada.

_O que você fez foi basicamente suicídio. Pode fugir para onde quiser neste mundo, mas você nunca mais estará seguro... -Varreu os olhos pelo chão imundo por uma sequência de segundos. O coração à mil. Pudera sentir cada pêlo de seu corpo se eriçar pela adrenalina. Os olhos anteriormente fixados ao chão, subiram até o ex-capo, os lábios secos. Abbachio tornara o significado de determinação naquele instante.- E eu jurei lealdade à organização, não jurei lealdade nenhuma à você... -Deixou que o corpo antes repousado à um pilar mais próximo, se levantasse, os passos curtos certamente apressados, ele descia cada degrau com delicadeza e absoluta certeza.- Dito isso... Eu nunca tive um lar, ou um lugar só meu. Eu só me sinto à vontade... quando estou com você, Bucciarati.

--xXx--

Sentira o bambear das pernas assim que tal presença se fez notável. Em todos seus 21 anos, jamais estivera tão íntimo à alguém como estava com o amigo. Os olhos subiram para até onde Leone mantinha os longos fios soltos, onde os mesmos estavam à ser amarrados minimamente pelo homem. O sorriso ladino brotara aos lábios úmidos do moreno, os passos se apressaram o suficiente para encontrarem-se com os do platinado. Seus dedos percorreram os braços nus, os toques eram precisos, delicados, embora famintos.

_Você é lindo, Leone. -Dissera aos sussurros contra à pele pálida do maior. Os lábios se abriram minimamente expondo os dentes perfeitamente alinhados, e o ex-capo deixou ali apenas uma mordida.-

_Não me provoque se não pretende terminar seu trabalho, Bruno... -Fora simples. Os fios longos agora presos facilitavam a visão do rubor rose exposto ao rosto do ex-policial, que minimamente o virou para encarar o jovem amigo.-

_Adoro quando me chama pelo primeiro nome, Leone. Soa extremamente erótico. -Os pés se esforçaram para alcançar o tamanho ideia de Abbachio, para que assim o moreno pudesse sussurrar como desejado, pausadamente. Cada sílaba, o afago de sua respiração causava desconfortáveis cócegas ao platinado, cócegas estas em regiões pouco abaixo. O corpo girou brusco, e as mãos firmes agarraram o rosto pequeno do ex-capo. O fervor era notável, e se pudessem se impregnar com os feromonios alheios, à esta altura com certeza já o fariam.- Me beija, Abbachio.

E assim o fez. Sem hesitar. Sequer pensara duas vezes. Os lábios escorregaram habilmente para perto. Bucciarati deslizou a língua quente contra os lábios manchados pelo batom escuro de Leone, e esperou até que o mesmo desse brecha o suficiente para que o moreno pudesse conhece-lo um pouco mais. Desceu as mãos até o cós da própria calça e desfez em um ato simplório o objeto que a mantinha firme ao corpo.

Eu adoro quando você me chama de senhorita.

Eu queria poder fingir que não precisava de você.

Mas cada toque é tipo oh la la la.

Oh, eu deveria eu deveria estar fugindo,

Oh, mas você me faz ir ao seu encontro.