Eu acordei com o despertador tocando, me levantei e tomei um banho e coloquei minha roupa social, Tomei meu café e tranquei a porta de casa e fui para o trabalho.
Assim que cheguei na empresa, Lillian me dá o mesmo sorriso de bom dia, e eu iria para o elevador.
Cheguei no meu lugar de sempre e vi algumas mensagens no tablet, então eu fiz o favor de pedir pra entrar no escritório.
Assim que entrei, James concordava com algumas coisas.
- você está bem?.- disse James segurando meu braço quando eu estava prestes a sair de perto.
- desde quando se preocupa?.- disse eu me soltando da mão dele e cruzando os braços.
- desde agora, ontem a noite você parecia um zumbi andando.
- hum...
- porque estava assim ontem? Só por curiosidade.- disse ele colocando a mão na cabeça.
- meus avós sofreram um acidente ontem, e minha mãe foi em outra cidade para vê-los.
- hum... Sinto muito.
- mas acho que eles estão bem, eu posso ir agora?
- dormiu bem?
- não, tive um pesadelo.
- com o quê?
- com você é óbvio.
- mentira... Você me acha bonito, pode falar.
- hum... Não, vou indo.
Sai do escritório e sentei na cadeira, não havia nenhuma mensagem, meu celular tocava, assim que atendi, era o Dimmy.Ligação
D: Oie coisa linda.
Porque está me ligando agora?
D: queria saber como o meu menininho está, você está bem?
Sim.
D: tem certeza Peter?
Nunca duvido disso, eu estou bem.
D: ótimo, e como está o seu chefe?
Ele está bem, não é tão irritante do que antes.
D: eu sabia que isso iria melhorar, depois de um tempo você vai ficar com ele.
Cala a boca, eu não sou louco, e vire essa boca pra lá Praga.
D: vai vendo, e não diga que eu não avisei
Eu vou é desligar.
D: hum... Até depois pequeno, e preste atenção quando for andar por aí.
Eu sei.
D: ah... Sua mãe disse que seu pai está vindo do trabalho, ele falou pra você se encontrar com ele no aeroporto amanhã, eu posso te levar se quiser.Pode ser, até depois então.
D: até pequeno.
Desliguei o celular, mas não percebi que James estava a minha frente.
Deu ruim.- pensei.
- o que você quer?.- disse eu olhando para ele.
- só estou... Tentando olhar para sua cara dizer que vai almoçar.
- eu não estou com fome.
- você nunca está né? Vamos logo, tem que conhecer alguém daqui, vai ficar aqui sentado sempre na hora do almoço?
- eu pretendo ficar.
- mas não vai.
Ele pegou pela minha mão e me levou até o elevador.
- você é teimoso, seu chato.
- eu sou mesmo.
- bom que sabe.
- e você é um dos anões da branca de neve, o rabugento não é?
- fica quieto, discutir com você é um erro.
- bom... Tenho uma viagem pra fazer, e você vai ter que vir comigo.
- eu não.
- mas é o seu trabalho, não adianta dizer que não.
- fazer o que né… mas não quero ir de avião.
- vai ter que ser, mas não é tão ruim assim ir de avião.
- pra você né!?
- você pode segurar minha mão se quiser.- disse sorrindo pra mim.
- ridículo.- sai de perto dele e cruzei os braços.
Saímos do elevador, James me levou para um restaurante ali perto, não parece o que fomos ontem a noite, a gente deveria ter vindo aqui então, já que está ao lado da empresa.
- eu tenho uma pergunta.- disse eu olhando para James.
- o que?
- ontem a noite esse restaurante não estava aberto quando você me levou para outro?
- estava... Mas não quis vir aqui porque não tem o que eu queria, então lá é melhor.
- entendi, qual é a sua comida favorita?
- porque está me perguntando isso?
- pra ter um relacionamento bom com o meu chefe, nós discutimos muito desde o primeiro dia de trabalho meu.
- é verdade.
- então... Qual é?
- meu favorito mesmo é torta.
- doce ou salgada?
- Salgado.
- hum... Interessante.
- já acabou?
- já sim.
Nos sentamos no restaurante, fizemos nossos pedidos, o que eu mais gosto é que ele pague para mim, porque foi ele que me arrastou até aqui.
- tô cheio.- disse eu coma mão na barriga.
- se comeu tudo é porque estava com fome.
- tanto faz, já vamos? Não quero ficar aqui.
- calma.
- hum...
- eae cara, você está sumido hein.- disse um homem apertando a mão de James.
- o que você está fazendo aqui?
- eu vim dar uma passada na sua empresa, mas a mocinha disse que você veio almoçar nesse restaurante.
- entendi.
- quem é o garoto?.- disse ele apontando para mim.
- minha mãe sempre diz que apontar para as pessoas é feio.- disse eu com os braços cruzados.
- hum... É seu filho James?
- claro que não, ele é meu sócio seu idiota, como eu teria um filho?
- sei lá, a Carla.
- cala a boca, a Carla eu nem falo mais com ela, aquela menina é um demônio em pessoa.
- eu entendo seu ódio meu amigo.
- hum...
- qual é seu nome?.- disse ele se sentando ao meu lado.
- peter.- falei olhando para o lado.
- hum... Meu nome é Luke, sou o melhor amigo do James, você é o namorado dele?
- me poupe né.
- ele se parece com você James, total de cem por cento de raiva.
- todo mundo diz isso.- disse eu.
- entendi, então... Ele não é seu né James?
- não.
- então eu posso ficar com ele?
- acha que eu sou um brinquedo? Eu não gostei de você, se for pra pegar alguém... Que seja outro, idiota.- empurrei ele do meu lado e sai dali.
Sabia que seria ruim.- pensei.
Voltei para o meu canto, James aparaceu em seguida, ele ficou ao meu lado e olhou pra minha cara.
- o que está olhando?.- disse eu.
- nada, desculpe pelo meu amigo, ele é assim mesmo.
- eu não ligo pra ele, mas se eu ver ele a minha frente eu juro que dou murro nele.
- sem agressividade.
- mas ele merece por ser otário.
- não fale assim dele, aquele seu amigo também é.
- não é não, meu amigo é mais gato do que o seu, e se eu escolhesse apenas um, seria o meu amigo.
- tá bom, vamos parar de discutir.
- eu acho bom.
- hum...
James voltou para o seu escritório, já estava ficando de noite, a minha escolha era ir embora dali, eu avisei que iria embora, sai da empresa e fui andar em direção para casa.
Estava um pouco escuro, e eu tive que passar por ali, como eu sou idiota, no caminho que eu fui andando eu fui assaltado, ele roubou apenas meu relógio e meu dinheiro que eram apenas um dólar, ele queria roubar meu celular também, mas o impedi de pegar, então eu saí correndo.
Acha que eu vou dar o meu celular pra ele? Vai sonhando maníaco.- pensei enquanto corria.
Ele sumiu de vista, então eu ainda corria, mas eu acabei caindo por tropeçar, apenas machuquei o joelho, o cotovelo e meu calcanhar.
Eu fiquei sentado ali no chão caso apareça alguém, eu tentei ligar para o Dimmy, mas ele não atendia, não liguei pra minha mãe porque ela nem está nessa cidade, então não adiantaria nada.
- PETER...- ouvi alguém gritando vindo em minha direção.
- sério? O James.- pensei.
- o que aconteceu?.- disse ele ao meu lado.
- fui roubado.
- o que roubaram?
- roubou meu relógio, e meu dinheiro, só não roubou meu celular porque eu corri.
- venha... Te levarei para casa.- disse ele estendendo a mão.
- eu não disse ainda, eu machuquei meu calcanhar, como andarei seu mané?
- então vou te pegar no colo, vai ter que ser.
- fazer o que né.
Ele me colocou no colo e me levou até o carro.
- como foi parar lá?.- disse James.
- ué... Estava indo pra casa.
- mas sua casa não é por esse lado.
- como sabe? Está me seguindo é?
- eu te levei pra casa ontem.
- então eu estou aonde?
- perto da sua casa que não é.
- pra onde eu vou então?
- hum... Pra minha casa.
- nunca, tenho medo de quê você faça alguma coisa.
- eu não faria nada com você Peter, você quer ir ou não?
- não tenho escolha né.
- bom garoto.
Dessa vez não era o motorista do James, o mesmo que dirigia.
Nós chegamos a casa dele, não era apenas uma casa, era suma mansão pra uma pessoa só.
- porque tem uma mansão se você mora sozinho? Não mora?
- na verdade não, meus primos morando aqui também, mas não estão em casa.
- entendi.
- vamos descer?
- hum...
Ele me pegou no colo novamente, entramos na mansão dele e eu me sentei no sofá, a casa dele é tão grande, havia alguns quadros que tem cara de ser caro, uma mesa grande, isso explica os primos morar com ele.
- está com fome garoto?.- disse James.
- não.
- mas mesmo assim eu vou fazer, você tem que comer alguma coisa sabia? Quando eu pergunto pra você se está com fome, sempre recusa.
- porque eu não gosto de você, isso faz com que eu não aceite nada.
- espera... Ontem a noite você foi ao restaurante comigo, e você aceitou.
- porque você iria pagar.
- hum... Hoje mais cedo você foi comigo almoçar.
- porque eu fui arrastado até lá, e eu nem queria.
- hoje eu te ajudei.
- não foi nada, se viesse antes que não seria roubado e este nesse estado como agora.
- ah tá.
Ele fez o jantar, eu não queria comer, mas fui obrigado com o James colocando na minha boca.
- se você não quer comer, eu faço questão de te obrigar, teimoso.
- você que é teimoso.
- não mais do que você.
- quer discutir ou quer briga? Meu calcanhar pode estar machucado mas eu posso te chutar.
- eu só quero ver.
- ah é? Então vem cá.
- vem você.
Eu fui engatinhando até ele, o mesmo estava dando risada, mas parou por eu ter pulado em cima dele.
- tá bom Peter... Isso dói sabia?
- você mereceu.- disse eu beliscando ele, e alguns murros em seu braço.
- chega... Não dá mais pra brincar com você, tu tem coragem pra fazer tudo.
- isso mostra que eu não sou qualquer tipo de pessoa.
- percebi.
Sai de perto dele e cruzei os braços.
- qual é o problema agora?.- disse James.
- nada, estou apenas pensando, onde eu vou dormir?
- no sofá.
- eu mereço isso?
- o sofá é maior que você, porque reclama?
- não quero.
- durma no chão então.
- ata.
- se quiser pode dormir comigo.- disse ele chegando perto de mim.
- sai fora, seu pervertido e ridículo.
- ok então, vou trazer alguma coisas e durma.
- tanto faz.
James foi buscar as coisas enquanto eu ficava esperando, eu me sentei no chão e fiquei olhando para o nada.
- tem um fantasma ali?
- como você aparece do nada?
- deve ser porque você não ouvi barulho quando está distraído.
- sei.
- aqui está as coisas, durma bem garotinho.
- porque me chama assim?
- acho legal, vou indo.
James foi embora e eu fiquei naquela sala enorme, mas eu pensei em ligar a televisão.
Ele não falou nada de não ligar a televisão.- pensei.
Liguei a televisão e fiquei assistindo série na Netflix na conta dele, mas percebi um barulho vindo da escadas, quando olhei era o James com os braços cruzados me olhando.
- usando a minha conta né espertinho?.- disse ele.
- você não falou nada, então eu liguei a televisão, tem algum problema?
- acho que sim.
- e qual é?
- que eu não te dei permissão para acessá-lo.
- já foi, o que eu comecei eu termino.
- esperto você hein.
- e meu ponto forte, melhor do que você.
- hum... Desligue.
- não, eu estou assistindo.
- não mais, Hannah... Desligue a TV.
- sim senhor.
A televisão desligou sozinha, eu fiquei é surpreso, olhei para James e fiz uma cara feia pra ele.
- cara feia pra mim é fome, vai dormir.
- eu não consigo dormir aqui, é por isso que eu liguei a televisão.
- então vem comigo.
- eu não vou dormir com você, está louco?
- não é nada demais Peter, se quer dormir então venha, amanhã temos que viajar.
- ah... Eu odeio quando está certo.
- obrigado, eu vou te ajudar.
- não quero, eu posso andar sozinho.
- tá bom.
Enquanto subimos as escadas, James ficava me olhando.
- o que está olhando? Porque não tira uma foto e pendura na sua cara?
- eu posso?
- idiota.
Entrei no quarto dele, era grande e uma casa de casal no meio.
Porque tanta coisa grande aqui?.- pensei.
- pois é né, parece que os meus móveis são maiores que você.- disse ele rindo.
- sem graça, eu vou é dormir, e não me toque.
- tá bom.
Eu me deitei e fiquei a noite toda acordado, sei lá, mas não consegui dormir… virei para o lado e vi James dormindo.
- James, você está acordado?.
- hum... O que aconteceu agora?.- disse ele abrindo os olhos.
- mão consigo dormir.
- porque está me chamando pelo seu problema?
- sei lá.
- vem cá.- disse me puxando para perto.
- pra quê isso?
- se não consegue dormir... Eu vou ser confortável o suficiente para que durma.
- entendi.
Eu fechei os olhos, mas James me chamava.
- Peter.
- o que?
- sabe... Não sei que me entende, eu gosto quando você fica bravo comigo as vezes, eu quero ter uma amizade boa com você Peter, não quero ser uma má influência pra você, quero... Melhorar as nossas atitudes.
- tá sonhando James?.- me virei para ele.
James acendeu a luz e olhou no fundo dos meus olhos.
- e-está dizendo a verdade?
- eu estou, posso ter essa amizade com você?
- claro, mas eu estou surpreso com essas suas palavras.
- ok... Então... Somos amigos agora?
- digamos... Parceiros, porque eu ainda não gosto de você.
- sério?
- mais ou menos, se parar de implicar comigo eu agradeço.
- tá bom... Boa noite.
- boa noite, chato.
- e que melhore até amanhã, vamos viajar amanhã a tarde.
- ok.
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meu chefe
RomanceCom o novo trabalho, Peter, o jovem de vinte e três anos trabalha na melhor empresa da cidade com um chefe mais raivoso do que um cachorro bravo. Boa sorte Peter.