nota de liberdade;

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eu invejo as folhas das árvores
que rodopiam com o vento
encontrando a superfície de um lago espelhado.
invejo os raios que aquecem o topo das montanhas,
descongelando seus mais densos segredos
e queimando a pele em um momento de puro deleite.
invejo essa liberdade de ir e vir
de não precisar e nem conseguir ser uma coisa só,
que é delimitada a traçar um só caminho durante toda existencia,
que só tem uma origem e um fim.
algo muito bem organizado em pastas preto e branco.
tudo que eu mais desejo é ser várias coisas.
é ser inconstante,
adaptável,
mutável,
é percorrer caminhos inexplorados sem a menor preocupação de ter ou não um mapa
ou um manual de instruções.

Fragmento da meia-noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora