Avisos: JIKOOK, CIGARROS, POEMAS, ASTRONOMIA.
votem, comentem e compartilhem♡
boa leitura!
🌙☀️🌑
Jungkook estava ansioso, e o motivo de sua ansiedade tinha sobrenome e nome. Park Jimin, um fumante que estranhamente não tinha cheiro de tabaco, e sim, morango. Era um garoto loiro, aspirante à poeta e que tinha um brilho nos olhos azul turquesa.
Tudo nele chamava a atenção, desde os poemas autorais até a forma brilhante de ver a vida. Embora fosse um dos garotos perdidos – este sendo um grupo de garotos que vivia nas ruas –, Jimin era alguém iluminado e muito bom com palavras, sempre com um sorriso no rosto e um cigarro entre os dedos delicados.
Depois que Jungkook conheceu Jimin perto de um viaduto, muita coisa mudou. Havia virado rotina Jungkook fugir de seu pai hostil e estressado, sua mãe cansada e rude, para pular a cerca da casa e ir de encontro ao menino fumante que sempre o esperava no prédio abandonado onde o loiro morava.
Jimin não combinava com aquele lugar sujo, não combinava com as ruas da vasta metrópole, ele não combinava com o vício do cigarro. Mas, mesmo que não combinasse, aquilo fazia parte de Jimin. Cada coisa que sofrera estava marcado em cicatrizes em seus pulsos e, mesmo que tentasse, nenhuma cicatriz simplesmente desapareceria junto de seu passado marcado.
Por isso Jungkook o olhava com os olhos curiosos e brilhantes, sempre esperando que o loiro lhe contasse uma nova história e um novo poema inventado de última hora. Ele gostava de ver as estrelas junto com Jimin, enquanto o misterioso e incrível cheiro de morango os rodeava. Era bom conversar com alguém como Jimin, que não tinha papas na língua e falava o que bem entendia.
Jungkook queria vê-lo; ansiava por aquilo, desejava, precisava. Queria sair daquele quarto onde ficava trancado para evitar contato com o mundo à fora, queria conversar com Jimin, escutá-lo falar com aquela voz doce e levemente rouca. Queria poder ver as estrelas junto com a mais brilhante delas, queria sentir o bendito cheiro de morango.
Por conta disso, Jungkook trocou o pijama por uma roupa mais apresentável – nada muito exagerado –, calçou os All Star amarelos e saiu do quarto. Uma e vinte da manhã. Jungkook certamente não conseguiria dormir sem antes ver e falar com Jimin.
Os passos eram calculados e silenciosos ao que descia a escada, Jungkook fazia caretas quando a madeira rangia, não queria acordar os pais como da última vez e ter que lidar com eles numa conversa desagradável. Era tudo o que menos queria e precisava.
Jungkook suspirou baixinho quando terminou de descer os vinte e três degraus barulhentos, logo seguindo até a porta e a abrindo com cuidado. Foi agraciado pela leve brisa gelada da noite assim que saiu daquela casa abafada e silenciosa.
Faltava pouco, dez metros e meio até a cerca, possivelmente um quilômetro até o prédio abandonado, e alguns metros até encontrar Jimin com um cigarro sendo segurado pelos belos e carnudos lábios.
A cerca era um pouco alta, o que dificultou a fuga do Jeon. Mas ele fazia de tudo para ver as estrelas junto com o garoto perdido.
Tudo acabou por dar certo, resultando em uma adolescente todo sorridente que andava na direção do lugar que o deixava leve, da pessoa que o deixava em êxtase apenas com um olhar e todo bobo apenas com poucas palavras.
Ali estava, o prédio onde antigamente funcionava um cinema que fôra abandonado com o passar do tempo. Afinal, tudo era esquecido em determinado momento. Em algum momento você esqueceria que ontem uma moça sentou ao seu lado no ônibus, que há três dias choveu ou que hoje você acordou às dez da manhã. Temos medo de esquecer aquilo que vivemos e perdemos com o passar do tempo, aquilo que existiu, mas era inevitável, tudo acabava virando passado. Tudo era esquecido, até mesmo quantas vezes você errou em algo. Você pode esquecer o que está lendo agora, por exemplo. Porém, você tem a oportunidade de reler e lembrar, outras coisas não se tem a oportunidade de reviver, rever.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑃𝑜𝑒𝑚𝑎𝑠 𝑒 𝑃𝑙𝑎𝑛𝑒𝑡𝑎𝑠 ✶ 𝐽𝑖𝑘𝑜𝑜𝑘.
FanfictionToda madrugada Jeon Jungkook foge de seus pais estressados e pula a cerca de casa para ir ao encontro de Park Jimin, um mero poeta que sempre tem um cigarro entre os dedos delicados, e que vive livremente como uma estrela cadente. ✫ᴘʟᴀ́ɢɪᴏ ᴇ́ ᴄʀɪᴍᴇ...