Estrutura do Universo

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Os gregos acreditavam que a Terra fosse chata e redonda, e que seu país ocupava o centro da Terra, sendo seu ponto central, por sua vez, o Monte Olimpo, residência dos deuses, ou Delfos, tão famoso por seu Oráculo.

O disco circular terrestre era atravessado de leste a oeste e dividido em duas partes iguais pelo Mar, como os gregos chamavam o Mediterrâneo e sua continuação, o Ponto Euxino, os únicos mares que conheciam.

Em torno da Terra corria o rio Oceano, cujo curso era do sul para o norte na parte ocidental da Terra e em direção contrária do lado oriental. Seu curso firme e constante não era perturbado pelas mais violentas tempestades. Era dele que o mar e todos os rios da Terra recebiam suas águas.

A parte setentrional da Terra era supostamente habitada por uma raça feliz, chamada Hiperbóreos, que desfrutava uma primavera eterna e uma felicidade perene, por trás das gigantescas montanhas, cujas cavernas lançavam as cortantes lufadas do vento norte, que faziam tremer de frio os habitantes da Hélade (Grécia). Aquele país era inacessível por terra ou por mar. Sua gente vivia livre da velhice, do trabalho e da guerra.

Na parte meridional da Terra, junto ao curso do Oceano, morava um povo tão feliz e virtuoso como os Hiperbóreos, chamado etíope. Os deuses o favoreciam a tal ponto que se dispunham, às vezes, a deixar os cimos do Olimpo, para compartilhar seus sacríficios e banquetes.

Na parte meridional da Terra, banhada pelo Oceano, segundo Homero, ficava um lugar abençoado, os Campos Elísios, para onde os mortais favorecidos pelos deuses eram levados, sem provar a morte, a fim de gozar a imortalidade da bem-aventurança. Essa região feliz era também conhecida como os Campos Afortunados ou Ilha dos Abençoados. Para Hesíodo, porém, os Campos Elísios ficavam no Mundo Inferior, para além do Pálacio de Hades.

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