Mitologia Grega

Deuses Maiores

A morada dos deuses era o cume do Monte Olimpo, a montanha mais alta de toda a Grécia, na Tessália. Uma porta de nuvem, da qual tomavam conta as deusas chamadas Estações, abria-se a fim de permitir a passagem dos imortais para a Terra e para dar-lhes entrada, em seu regresso. Os deuses tinham moradas distintas; todos, porém, quando convocados, compareciam ao palácio de Zeus, do mesmo modo que faziam as divindades cuja morada habitual ficava na Terra, como Deméter, nas águas, como Poseidon ou no Mundo Inferior, como Hades. Era também no palácio do Rei do Olimpo que os deuses se regalavam, todos os dias, com ambrosia e néctar, seu alimento e bebida, sendo o néctar servido pela linda deusa Hebe. Ali discutiam os assuntos relativos ao céu e à terra. Enquanto saboreavam o néctar, Apolo, deus da música, deliciava-os com os sons de sua lira e as Musas cantavam. Quando o sol se punha, os deuses retiravam-se para suas respectivas moradas, a fim de dormir.

As túnicas e outras peças dos vestuários das deusas eram tecidas por Atena e pelas Graças, e todas as demais peças de natureza mais sólida eram formadas por diversos metais. Hefesto era o arquiteto, o ferreiro, o armeiro, o construtor de carros e o artista de todas as obras do Olimpo. Construía com Bronze Celestial as moradas dos deuses; fazia os sapatos de ouro com que os imortais caminhavam sobre o ar ou sobre a água, ou se moviam de um lugar para o outro, com a velocidade do vento, ou mesmo do pensamento. Também fazia com Bronze os cavalos celestiais, que arrastavam os carros dos deuses pelo ar, ou ao longo da superfície do mar. Tinha o poder de dar movimento próprio às suas obras, de sorte que os trípodes (carros e mesas) podiam mover-se sozinhos para entrar ou sair do palácio celestial. Chegava a dotar de inteligência as servas de ouro que fazia para cuidar dele próprio.

Os Doze Deuses do Olimpo

Zeus: Deus dos raios e dos trovões, Senhor dos deuses e Rei do Olimpo. Filho mais novo dos Titãs Cronos e Réia, era casado com Hera, a deusa do casamento, que também era sua irmã e com quem teve os deuses Ares,Hefesto, Ilitia, Hebe e Éris. Teve, porém muitos casos amorosos com mortais. Seus filhos mais famosos foram Hércules e Perseu. Cronos seu pai, após destronar Urano recebeu uma profecia deste que assim como ele, Cronos também seria destronado por um de seus filhos. O Rei dos Titãs temia essa profecia e cada vez que seus filhos nasciam ele pedia que Reia os trouxesse para que ele os devorasse. Reia entregou todos (Poseidon, Hades, Deméter, Hera e Héstia) menos o último, Zeus. A mãe do menino deu a Cronos uma pedra enrolada em panos e o rei Titã a engoliu pensando ser seu filho. Zeus foi criado secretamente em Creta e quando cresceu partiu busca do pai, disfarçado de viajante e deu-lhe uma poção que recebera de sua primeira esposa, Métis. A poção fez Cronos vomitar todos seus irmãos. Zeus porém, não conseguiria vencer Cronos apenas com a ajuda de seus irmãos. Desceu então, nas profundezas do Tártaro e libertou os Ciclopes e Hecatônquiros, que o ajudaram a vencer a Guerra dos Titãs. Zeus tornou-se rei do Universo e dividiu os domínios com seus irmãos. Seu nome romano era Júpiter. O símbolo do seu poder era a balança e o Raio e seu animal sagrado, a águia.

Poseidon: Deus dos mares e dos terremotos, Portador das Tempestades e Criador dos Cavalos. Filho dos Titãs Cronos e Réia, Poseidon era casado com Anfitrite, com quem teve um filho, Tritão. Era o pai de Pégasus com Medusa. Apoiou os gregos na Guerra de Tróia. O símbolo do seu poder era o Tridente, forjado pelos ciclopes na Guerra dos Titãs e seus animais sagrados eram o cavalo e o golfinho. Poseidon para os romanos era Netuno.

Hades: Hades ou Plutão, como era chamado pelos romanos era o deus do mundo dos mortos, Senhor do Tártaro e Soberano de Érebo. Era filho dos Titãs Cronos e Réia. Tinha uma esposa, chamada Perséfone, filha de Deméter, a quem raptou. Vivia em seu palácio no Mundo Inferior que era guardado por Cérbero, o cão de três cabeças. O símbolo do seu poder era o Elmo das Trevas, que o tornava invisivel e seu carro celestial era puxado por cavalos esqueléticos.