Moon

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Andando pelas raízes da grande arvore o observo as pessoas felizes, cantarolando e brincando umas com as outras, me pergunto se o problema era eu ser uma “the natural power”, isso afetasse a minha personalidade. Sou uma pessoa ante social de natureza e após o ocorrido dos três anos, me fez ficar ainda mais mal-humorada e achar que essas pessoas chegam a ser idiotas.

Dirijo-me para a grande biblioteca no sexto andar, ao decorrer dos meus passos me pergunto como esta Moon, sozinha na torre. Não que isso seja um problema, afinal ela passou os seus dezesseis anos sozinha.

O sexto andar da grande arvore e como um centro comercial, lojas e mais lojas envolta de uma praça bem iluminada. As lojas eram penduradas pelos galhos enquanto a biblioteca se localizava no meio da praça. Ela era como uma torre, mas com paredes em azul calo, no centro avia uma ampulheta gigantesca com Areia do Tempo, as portas eram gigantescas em vidro espeço, os galhos da arvore envolvia as paredes integrando a grande estrutura a paisagem.

Os pássaros e camundongos serviam como meio de transporte para fadas, a praça ficava lotada de pessoas e animais.

 Odiar multidões só complicava meu humor nestes momentos. Desvencilho-me dos grupos falantes e entro na grande estrutura. Por dentro era vazio e silencioso, as paredes pareciam formadas por estantes abastecidas de livros, avia diversas mesas redondas espalhadas e no chão pilas de livros. Localizada no meio da biblioteca, um  senhora sentada em sua mesa redonda, anotava alguma coisa nos papeis.

Eu passo as mãos pelos cabelos e me aproximo.

“Senhora Lili” sorrio amigavelmente.

“Olá, querida. Posso ajuda-la em alguma coisa.” Lili era uma fada já muito velha com as folhas de sua pele já bastante desbotadas, mas podia ver o laranja vivo que já foram um dia.

Na mesa, ao seu lado, a chave da sessão reservada posicionada delicadamente em um encosto.

“Ahh, sim! Procuro um livro chamado “O Canto dos Rios”. Você poderia pegar para mim, reservei uns dias atrás”.

“Claro, me lembro de sua capa.” Ela se levanta da e começa a andar para o outro lado do balcão, neste momento posiciono minha mão sobre a chave.

“For everything in this life you must make a copy, give me one.” Sussurro (Por tudo nesta vida você deve fazer uma cópia, me dê uma.).Instantaneamente uma copia aparece em mina mão, a coloco no bolso. Vejo a senhora analisando a pilhas de livros a sua frente um pouco confusa, ando ate ela.

“O que você achou de “Lírio Magico”?” a voz doce de Lili.

“E bem interessante ver o que um lírio pode fazer com as poções de cura”

“Não e? eu amo os seus fundamentos” ela para um pouco confusa “não sei se e porque estou com muita coisa em minha cabeça, mas não consigo encontrar o livro”.

“Posso?” ela balança a cabeça. Pego entre a pilha, um livro com capa branca e um desenho a tinta de um rio bem delicado. Balanço ele sorrindo para a senhora “esta aqui, muito obrigada”.

“E sempre um prazer guardar livros para uma menininha tão dedicada a leitura” ela se estica e aperta a minha bochecha. Dói um pouco, mas não posso reclamar, pois acabo de roubar algo importante para ela.

  Ando em direção as grandes estantes em busca de despistar os seus olhares sobre mim, passam alguns minutos ate que decido andar tranquilamente ate a seção reservada.

As portas eram vermes com uma pequena janela em vidros escuros, olhando para trás, Lili esta extremamente concentrada nas folhas que interrompi no outro momento.

Coloco a chave na fechadura e a giro, um sonoro som de destranque ressoou pelo ambiente, meu coração desparra, mas a pobre senhora não parece notar. Giro a maçaneta lentamente e entro no cômodo exclusivo.

Não era a primeira vez que estive ali, quase todas às vezes entrava sem permissão no recinto, já avia lido pelo menos 70% do conteúdo magico do lugar, os livros de magia comuns já não me satisfaziam então lia os mais avançados entre eles, como os proibidos.

Mas hoje buscava por contos.

O lugar era um retângulo com pontas arredondadas, avia fileiras de livros com diferentes conteúdos. Diferente da biblioteca central, que era completamente clara, ali o chão era de um azul celeste e as luzes que deveriam ser purpuras, eram brancas. As estantes de madeira negra.

A primeira vez que avia pisado naquele lugar, ela se arrependeu amargamente. Mas agora, era apenas um ambiente diferenciado.

Entro no corredor das historias, procuro por lendas ou profecias e encontro o livro com o nome “O Deus da Noite”. O livro era antigo e fino. A capa era negra com pontinhos em branco, “estrelas”. O titulo era desenhado. Na capa principal avia nuvens e uma meia lua, um liquido escorria da lua e caia no solo.

Escorrego pela estante ate alcançar o solo, cruzo as pernas.

Abro o livro:

Fantasy MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora