O sol começava a se esconder no horizonte quando o rapaz abandonou seu apartamento, agora sem casa e com apenas as roupas do corpo, Park vagueava pelas ruas a procura de um destino, não poderia ao menos ligar a um dos seus amigos visto que não havia mais carga no seu celular, não havia como o dia piorar para si. Andou pelas ruas ate notar que estava perdido, ate pensou na hipótese de pegar um taxi ou alugar um quarto para si, mas a falta de dinheiro não permitia que fosse alem com essa idéia, não podia acreditar que tinha sido expulso de casa sem nenhuma explicação, fora deitado fora como se não passasse de um lixo qualquer, seu coração estava ferido e as lagrimas rapidamente tomaram conta de seu rosto. Continuou a caminhar mesmo sem saber para onde estava indo, as lagrimas não deixavam que visse corretamente o cenário a sua frente, mas ainda podia notar os olhares das pessoas em sua direção, tento visto isso recorreu à única coisa que pensou que seria o correto, abaixou a cabeça e se submeteu a aquela humilhação de não poder sequer olhar outras pessoas com o rosto erguido por conta da vergonha que sentia, caminhou ate se cansar e depois disso. Sentia as pernas doer e, mesmo que as passadas fossem lentas e dolorosas, essas não cessavam, então apenas continuou a caminhar desejando internamente que tudo não passasse de um horrível pesadelo, desejava acordar, desejava abrir os olhos e ver que estava bem e em casa, mas sabia que não estava a sonhar, e a dor nas pernas era um ótimo lembrete desta realidade.
As lagrimas já haviam secado em seu rosto e residiam apenas seus rastros nas bochechas rosadas do rapaz, para sua completa infelicidade uma leve chuva deu-se de inicio.
-Não, por favor, não chova. –Park sussurrou para o vazio, não havia mais ninguém na rua onde ele estava. Talvez por ser uma rua abandonada Park sentisse que finalmente poderia levantar sua cabeça novamente, olhou vagamente para cima deixando as gotículas de chuva molhar seu rosto e então as lagrimas retornaram com ainda mais intensidade, park se permitiu soluçar e caminhou lentamente ate um beco qualquer.
Escorregando pela parede de cimento park deixou que soluços cada vez mais altos escapassem por sua garganta, sem mais vontade de secar as lagrimas ou conter os soluços o rapaz apenas ficou sentado sentindo a chuva cair sobre si, a garganta arder e a cabeça latejar sem sinal de que iria para tão cedo. Apoiou a cabeça contra a cabeça e com os olhos fechados sentia como a cada segundo seu coração parecia doer ainda mais, como se realmente estivesse se partindo em um milhão de pedaços. A cabeça latejando e a garganta dolorida assim como os soluços cessaram e com um baque o rapaz caiu no chão frio desmaiado, talvez fosse porque o tempo estava frio, o rapaz estava cansado e sem comer que desmaiou ou talvez fora apenas por causa da alta pressão emocional que vinha sentindo o dia inteiro.
Quando o rapaz acordou não reconheceu o local onde estava, olhou para baixo e notou que estava com suas roupas trocadas e secas, estava deitado em uma cama estranha em um quarto ainda mais estranho, não viu nenhuma pessoa no quarto, mas isso não foi o suficiente para o acalmar, lentamente se sentou e uma dor em sua cabeça o fez querer deitar de novo, notou que alem da dor em sua cabeça mais nenhuma parte de seu corpo doía, isso fora um alivio para si, mas ainda não se convenceu completamente então examinou seu corpo cuidadosamente para garantir que não fora tocado em nenhuma parte por algum estranho enquanto desacordado. Como não viu nenhuma marca em si decidiu estudar o ambiente a sua volta, não havia nada anormal no quarto, era apenas um quarto de hotel muito luxuoso, luxuoso demais para Jimin, na verdade. O rapaz notou que sobre ao criado mudo havia se celular carregando e uma nota colada sobre ele e ao lado do aparelho havia um envelope. Jimin logo pegou o aparelho e vendo que este já estava totalmente carregado desconectou do carregador e o ligou, enquanto esperava pelo mesmo ligar leu a nota, na mesma dizia apenas para o rapaz ficar tranqüilo e que ele não havia sido tocado por nenhum estranho e que ele estava em um hotel com o quarto reservado para mais quatro dias, então o mesmo poderia descansar por ali o quanto achasse necessário, se decidisse sair antes poderia pegar o dinheiro restante da reserva para si, mas se decidisse ficar por mais tempo apenas precisava falar com o recepcionista e poderia ficar no hotel por mais quanto tempo desejasse sem pagar por nada, na nota também dizia para Jimin não se preocupar afinal os dois eram velhos conhecidos e que havia mais algum dinheiro no envelope para si caso precisasse. Park ficou um pouco chocado e pensou em quem que ele conhecia que poderia fazer algo assim por ele, ninguém o veio na mente, apenas o pensamento de que não deveria incomodar mais aquela pessoa e deveria sair do hotel o mais cedo possível. Quando o celular de Jimin ligou o rapaz notou que dormira por quase um dia inteiro e que haviam algumas chamadas de seus amigos, Park estava muito envergonhado para ligar pedindo ajuda , então apenas esperou ate sua dor de cabeça desaparecer e logo levantou da cama indo ate o banheiro para vomitar, Park temia ter pegado um resfriado e quando notou o nariz entupido e os primeiros espirros vieram juntos da dor de garganta Park notou que era tarde demais para se preocupar em pegar um resfriado, afinal, já o havia pegado. Park caminhou ate a pia para lavar a boca e teve outra surpresa ao ver mais uma nota junto de algumas cartelas de remédio e uma garrafa de água. Desta vez a nota indicava medicamentos para uma possível gripe e dizia que se Park ficasse doente ele deveria tomar aqueles remédios e indicava por quantos dias, de quantas em quantas horas e para que servia cada remédio, estava assinado como sendo de um velho conhecido, assim como a primeira nota. Park virou a nota para conferir se havia algo em seu verso e de fato havia, havia um pequeno “cuide-se” no verso escrito com a mesma caligrafia do bilhete, indicando assim que fora a mesma pessoa que escreveu. Depois de tomar os comprimidos segundo indicação, Park andou de volta para o quarto e notou algo que não havia notado antes, suas antigas roupas, assim como outras novas pecas estavam sobre uma mesa no quarto, Park se aproximou da roupa lentamente, como se a roupa fosse tóxica e espiou sobre as roupas sorrindo ao ver outra nota presa nas roupas novas. Park pegou a nota com um pequeno sorriso ainda em seu rosto e leu cuidadosamente a nota virando-a no final para confirmar se havia algo no verso. A nota dizia para Park que esse velho conhecido havia trocado suas roupas e o dado banho, mas prometia que não o havia tocado de maneira pervertida, apenas queria que o rapaz dormisse limpo e confortável, ate prometera em nome de sua mãe, o que fez park rir. Falava também que o rapaz deveria tomar outro banho mais tarde e que deveria colocar aquelas roupas e ficar quentinho. Park sorriu com o rosto um pouco vermelho pelo tratamento.
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Dance for me - Stay by my side (Jikook)
RomanceAnos mudam coisas, mas eles podem mudar promessas? Sentimentos? Quando tudo o que temos da pessoa que amamos são simples pedaços de papéis com uma caligrafia gasta, isso será o suficiente para manter a chama do amor que arde e aquece o coração feri...