ENTREVISTAS - C. U.

1 - ALYSSA WRIGHT

×APRESENTAÇÃO×

Com vocês… Allyssa Wright!

Alyssa Wright é uma menina que apesar de já ter ouvido várias gracinhas sobre seu peso associado a dança, nunca se deixou abalar por isso e não leva desaforo para casa. Como ela mesma diz: "Minha mãe me ensinou a perceber a grande gostosa que sou". Seu mais novo hobby é a pintura, atividade que Aly desempenha muito bem.
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E

NTREVISTA

C. U - acima de qualquer coisa, qualquer condição física, do que a sua história fala?
A.W. - Meu livro conta a minha história com o Matthew, como nos conhecemos e tudo o que passamos para ficarmos juntos, inclusive as muitas besteiras que ele fez. Ele era louco por desafios, sabe? Os amigos e ele faziam as coisas mais insanas que você possa imaginar, mas quando foi desafiado a me conquistar para depois, consequentemente, partir o meu coração, ele resolveu pular fora. É basicamente como ele se apaixonou pela minha pessoa maravilhosa rsrsrs.
Matthew interrompe: Ei, ei, ei! Pelo o que me lembro bem, você se apaixonou na mesma época que eu. Eu também sou irresistível rs!

C.U interessante. Seguindo essa lógica, como você se apaixonou pela pessoa dele? Michael, rs, calma que em breve poderá explicar seu ponto de vista.
A.W. - Olha, o Matt sempre foi um cara muito legal comigo, desde o primeiro dia não poupou esforços para me ajudar, acho que pelo fato da mãe dele também ser cadeirante, então ele sabia todos os meus desafios. Essa foi uma das coisas que me cativou bastante, ele não me olhava com outros olhos ou com desdém, ele só enxergava a Alyssa que eu sempre fui. Agora, eu não consigo identificar o momento exato onde me apaixonei por ele, mas devo confessar que quando ele abria aquele sorriso estilo Harry Styles eu ficava para morrer, além dele ser extremamente engraçado e charmoso. Tem noção de que ele encantou os meus pais logo no primeiro dia? Eles também se apaixonaram por Matthew King.

C.U. - Own, que fofos. Aproveitando o gancho, é raro ver protagonistas com os pais vivos. O quão importante eles são pra você e na sua história?
A.W. - Eles são extremamente importantes na minha vida, sempre me apoiaram em todas as minhas decisões e  também não mediram esforços quando precisamos nos mudar de estado por causa de todo o bullying e dos traumas, eles mergulharam de cabeça no mesmo mar que eu. Rachel e Erick Wright são pais que todo mundo quer ter, eu posso apostar com confiança! São meus maiores exemplos como pessoas, além do casamento deles me inspirar e me fazer desejar ter um igual. É nítido o amor dos dois.

C.U. - que bonito. Agora falando sobre a sua experiência de vida, como você a descreve e como isso te afetou como pessoa?
A.W.- Primeiro foi uma coisa extremamente pesada, eu não admitia que não tinha mais como dançar, simplesmente sair correndo ou pular, achei que fosse o fim da minha vida. De alguma forma foi o fim, o fim da minha vida como era antes, mas o início de uma nova jornada. Eu passei alguns meses muito mal, quase entrei em depressão, mas graças a Deus, com a ajuda da minha família e do meu psicólogo, eu passei a enxergar como a vida é bonita, sendo eu caminhando ou andando com a Cora (minha cadeira) de rodas.

C.U. - dito isso, creio que nada te limite, certo?
A.W. - Jamais! Estou pensando em reinventar tudo o que eu amo fazer e a paraplegia me impede de executar em condições normais. É como dizia Lavoisier: "Na natureza nada se cria, tudo se transforma" e eu estou me transformando dia após dia.

C.U. - E como está acontecendo essa transformação?
A.W. - É uma experiência única. Quando você é uma pessoa "normal" aos olhos da sociedade, nunca para pra pensar em como é a vida aos olhos de uma pessoa "diferente" e o acidente me fez enxergar o universo de uma perspectiva única. É como se eu nascesse de novo e descobrisse um outro mundo, ainda muito parecido com o antigo, mas que de alguma forma é novo.

C.U. - você espera que se inspirem em sua trajetória? Digo, qual mensagem quer passar com ela?
A.W. - É claro que espero! Quero mostrar para as pessoas, sejam elas PCD ou não, que, apesar da minha vida ter mudado, eu não me tornei menos eu mesma e que a vida não para por causa disso, continuo sendo a mesma Alyssa de sempre. Muitos acham que só porque a pessoa não pode mais andar, ela se transforma em uma coitadinha. Isso é pura mentira! Continuamos sendo fortes e guerreiros, como qualquer outra pessoa, só que agora as nossas pernas são cadeiras de roda.

C.U - É uma boa sacada, muito forte. Como você se resume agora?
A.W. - Eu sou uma bailarina, gorda, agora pintora também, só que sobre rodas. E me orgulho muito disso!

C.U. - e qual a sua missão daí em diante?
A.W. - Quero aprender a dançar com a cadeira (ainda estou aprendendo, é mais difícil do que eu pensei) e levar isso para outras pessoas que vivem nas mesmas condições que eu. O show não pode parar!

C.U. - pra finalizar: deixe um pequeno discurso sobre você e convide nossos seguidores a lhe conhecer ainda melhor.
Oi, gente! Tudo bem? Meu livro conta a minha história com o Matthew, além de como a minha vida se transformou após o meu acidente. Não sei se é muito fácil encontrar por aí histórias com cadeirantes, mas pode apostar que a minha é demais! Quero mostrar para todos vocês como a minha vida não parou e que continuo sendo uma adolescente normal. Minha autora diz que é um clichê, mas quem não ama clichê, não é?  
Spoiler: Vocês vão se apaixonar pelo Matt logo de cara, assim como aconteceu comigo ;)

×FINALIZAÇÃO×

Isso, por hora, é tudo, pessoal! Espero que tenham conseguido conhecer um pouco mais da Alisha e que tenham tido uma noção do potencial dessa protagonista encantadora e pra lá de fora da curva.

Aqui fica o convite para que mergulhem de vez no universo de Sem Rodinhas e, caso tenham ficado mais curiosos, esse é o espaço para que vocês continuem o bate-papo com a Alisha, fazendo suas próprias perguntas.

O link de Sem Rodinhas estará disponível na nossa lista de leitura "Estrevistados". Até logo com a segunda parte da nossa entrevista.

Fiquem atentos, o próximo selecionado pode ser você!