ENQUANTO SOMOS FLORES | BounPrem |

🥀 Prólogo

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A neve caia sobre toda a grama, os telhados das casas estavam mais brancos que algodões. O clima melancólico era totalmente reforçado junto com a pequena nevasca que caia do céu, as lágrimas que banhavam minhas bochechas exageradamente gordinhas eram mais frias que o vento que entrava pela janela do carro.

A morte dos meus pais foi um choque gigantesco para toda a família, mas parecia que só eu sentia a dor e o vazio de estar sem eles.

Eu tenho apenas quinze anos, não é como se pudesse viver uma vida independente daqui para frente, por isso, com o coração batendo dolorosamente no peito, me mudei para Bangkok, para morar com minha avó.

Os primeiros meses foram muito difíceis, minha vó era a mulher mais forte que eu conhecia, mas a perda da sua única filha fez com que toda essa força sumisse de seu corpo. Enquanto ela sofria totalmente calada, eu não escondia a dor que crescia cada vez mais dentro do meu peito. As minhas noites se tornaram dolorosas, eu não conseguia mais fazer absolutamente nada, e foi assim, que entrei em depressão profunda.

Conhecer Fluke e Samantha foi uma das coisas que mais me deixou para cima quando completei meus dezesseis anos. Eles eram totalmente eufóricos e elétricos. Apesar de Fluke ser um pouco mais quieto e envergonhado, eu amava a companhia dos dois.

Mas isso foi até Ohm aparecer, o maldito Ohm, mas conhecido como namorado do Fluke. Eu estava feliz pelo meu amigo, com toda a certeza do mundo, mas eu estava ficando sozinho de novo. Samantha conheceu o Bosston, e agora também não ficávamos tanto tempos juntos.

Eu continuava aqui, um garoto fracassado no auge dos dezesseis anos que não sabe o que quer da vida.

Quando a primavera chegou, junto com ela veio Boun, um garoto do terceiro ano, um garoto loiro e muito irritante. E mesmo sendo tão intrometido, tinha roubado meu coração para si. E foi assim que descobri que gostava de garotos, e também, que beijei um pela primeira vez.

Quando fiz dezenove anos, ainda não tinha superado a minha depressão, várias coisas aconteceram para que ela apenas voltasse com uma força drástica. Eu amava Boun, amava de verdade, mas eu não podia mais segurar a dor que existia dentro do meu peito.

E foi no meu aniversário de vinte anos, em uma primavera ensolarada, como no dia que conheci o amor da minha vida, que eu finalmente pude partir em paz.

"Enquanto somos flores, iremos florescer um para o outro, não importa o lugar, o ano ou a estação"

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