Controlar um bruxo de séculos passados para que não extermine todos os cidadãos de Seul não é uma tarefa fácil, Taehyung pode dizer. O jovem universitário não imaginava que aquele livro esquisito traria um bonitão ruivo para sua vida, com o jurament...
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— Então, eu achei ele, Jimin! — Taehyung contava ao amigo sentado à sua frente — Você sabe que eu vivo na biblioteca, procurando por coisas novas e estudando também, mas na sexta, eu encontrei esse livro super esquisito e muito intrigante, não resisti e levei pra casa, você deveria ver?
— Sério, é? — Jimin perguntou, sem ânimo algum, ao contrário do amigo. Seus olhos estavam baixos enquanto beliscava a comida em seu prato com um garfo.
— Sim! — Taehyung quase gritou em pura animação — E eu acho que ele tá escrito em latim, sabe? Eu usei o Google Tradutor pra descobrir e bateu com esse. Tem algumas partes escritas no nosso idioma, mas é uma coisa bem coloquial, é difícil até de falar.
Jimin olhou para o amigo, alternando entre Taehyung e sua comida quase intacta. Respirou fundo, tentando ignorar o barulho do refeitório da faculdade a todo vapor.
— Não tenta decifrar esse livro, nem recitar ele, ok? É melhor você devolver pra biblioteca antes que dê problema.
A convicção que Jimin queria passar ao amigo acabou falhando. Taehyung estava ainda mais animado para chegar em casa e ler aquele livro de cabo a rabo, sem parar. Mas algo preocupava o Kim, e não era seu livro misterioso.
Jimin. Ele estava estranho. O sorriso do Park sequer chegava aos olhos, estava cabisbaixo e mal comia. Taehyung sabia que ele não estava fazendo uma daquelas dietas loucas porque ele havia prometido para si que não iria fazer, mas, até o momento, o loirinho não tinha contado nada do que estava lhe afligindo. Taehyung queria dar um tempo ao amigo para que ele, enfim, falasse para si. Suspirou. Esperava que Jimin comentasse logo algo consigo.
— Preciso ir. — Jimin se levantou de sua cadeira, deixando a bandeja com a comida sobre a mesa — Hoje tem prova de Microbiologia e eu tô sentindo que não vou bem. Pode levar a bandeja pra mim?
— Claro, Jiminnie. — Taehyung sorriu para o amigo.
Jimin circulou a mesa e deu um beijo na testa do amigo.
— Obrigado, sério. Se cuida, tá bom?
Taehyung assentiu, como uma criancinha obediente, observando seu melhor amigo desviar de alguns universitários para ir rumo à sua sala. O moreno suspirou novamente. Precisava desvendar seu livro misterioso e ajudar Jimin com o que quer que fosse. Mas, tinha que ter paciência e fazer uma coisa de cada vez.
[...]
— Enfim, em casa! — Taehyung disse alto, respirando fundo e sentindo o aroma de desinfetante de lavanda. Ele amava aquele cheirinho.
Uma pequena criatura saiu correndo em disparada para o Kim, latindo e pulando em seus pés. Taehyung riu e abaixou-se, pegando Yeontan em seu colo. Deu um beijinho de esquimó no cachorrinho, dando alguns afagos na cabeça do filhote, que, em resposta, o lambeu no queixo.
