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Stiles encarava o teto de seu quarto com uma expressão de poucos amigos na face. Ele já não aguentava mais. Se o homem pudesse invocar projéteis de bazuca pelos olhos, ele, com toda a certeza do mundo, os invocaria agora, para explodir o chão do apartamento de cima e finalmente fazer a paz reinar. Ele não aguentava mais a gritaria que ocorria lá em cima. O homem de cabelos castanhos rolou na cama, cobrindo o rosto com o travesseiro, tentando ignorar aquela barulheira novamente.

No entanto, sem sucesso, voltou a posição anterior, suspirando irritado e desapontado. O castanho virou o rosto para o lado, constatando que dormira apenas seis horas. Seis fucking horas. Ele vivia uma vida adolescente, mesmo já sendo um homem formado e que sustentava a si mesmo. Ele ainda estava em sua adolescência prolongada. Era como gostava de chamar o seu estilo de vida E esta, por sua vez, lhe permitia, no mínimo, nove horas de sono. E as outras três horas, Stiles havia perdido tentando ignorar aquela discussão infernal entre os vizinhos do apartamento acima do seu.

- ah, agora, chega. Já deu – falou o homem se levantando.

Stiles marchou por seu apartamento, usando apenas o seu pijama, que consistia em uma calça de moletom, com cogumelos vermelhos e verdes do Mario Bros espalhados por ela. O castanho abriu a porta do apartamento com força, fechando a mesma também com força, antes de seguir a passos pesados para o elevador. O homem de cabelos bagunçados apertou incessantemente o botão do elevador, ao mesmo tempo em que via, pelo visor acima do botão, que o elevador ainda se encontrava no térreo. Mas Stiles morava no décimo terceiro andar. Demoraria um século!

- ah, mas que inferno. Hoje realmente não é o meu dia. Eu simplesmente não deveria existir, hoje – falou caminhando para a porta ao lado do elevador.

O homem, ignorando o fato de estar sem camisa, subiu os degraus das escadas naquela noite fria, com as janelas das escadas abertas, sentindo o vento frio que adentrava as mesmas atingir o seu peito. Mas o seu sangue fervia de raiva, então o frio nem fora sentido. O homem não demorou nem cinco segundos para chegar a porta do quarto andar. Stiles abriu a mesma com tanta força, mas tanta força, que o som da porta sendo aberta ecoou pelo corredor vazio do prédio.

Ele estava puto!

O castanho se virou para a direção do apartamento barulhento e se sentiu um pouco melhor ao ver uma perna vestida com uma calça negra do lado do apartamento. As vozes estavam mais altas. O homem respirou fundo uma vez, tentando se acalmar. Ele não conseguiria a paz que tanto queria se chegasse no local gritando tanto quanto os vizinhos barulhentos que obviamente não poderiam passar mais cinco minutos no mesmo metro quadrado. O castanho parou bem ao lado da porta, esperando ser notado pelo homem de cabelos negros que se encontrava na porta do apartamento.

- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! – a mulher gritava várias vezes a mesma coisa, enquanto o homem de cabelos negros apenas a ignorava, ao mesmo tempo em que tentava puxar alguma coisa do apartamento. Aquela coisa parecia ser bem pesada.

- EU NÃO SÓ POSSO, COMO VOU! – gritou o homem em resposta, antes de puxar seja lá o que fosse com mais força.

- Derek, calma. Você está de cabeça quente, cara – disse uma voz masculina de dentro do apartamento.

- CALA A BOCA, SEU FILHO DA PUTA. EU VOU FAZER E PRONTO – gritou o moreno que se encontrava na porta do apartamento.

- eu adoraria que esse “isso” de que tanto falam fosse silêncio – falou o castanho chamando a atenção do homem ao seu lado, que se surpreendeu e acabou largando aquilo que segurava e logo passos foram ouvidos no apartamento.

- MAS QUE MERDA! – exclamou o moreno de olhos verdes dando alguns passos para trás.

- me desculpe pela intromissão, mas... – o castanho tentou falar, mas fora cortado rapidamente.

Room MateOnde histórias criam vida. Descubra agora