Aravia

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1 linguagem que não se entende.

Talvez a humanidade precisasse de um meteoro.

Na verdade, precisávamos de um mini meteoro para cada cidadão, caindo diretamente na parte da mole da nossa cabeça e matando um a um de forma individual, sem grandes estragos nos outros seres da terra.

—Jungkook, não entre em órbita. — a voz de Namjoon me puxa para fora do meu devaneio.— Você nem está participando da conversa!— ele ralha e eu desejo que o meu meteoro venha logo. Um apocalipse era mais desejável do que participar de uma conversa envolvendo os sentimentos daqueles seis.

—Não sei como eu seria útil.— ergo meu copo e tomo um longo gole da minha água, meus movimentos sendo observados por 12 olhos.

—Você está se comportando como um idiota ultimamente.— a fala de Tae faz todos balançarem a cabeça concordando.

—Um completo idiota.— Yoongi sente a necessidade de completar.

—Só não finja que não está aqui.— Jimin tenta apaziguar a situação, ganhando um pouco de apoio de Hoseok.

—Se tem algo te chateando, apenas diga, Jungkook.— Jin fala. Ele era o que estava mais perto de mim, então foi fácil virar a cabeça, olhar no fundo de seus olhos e dizer:

Vocês me irritam.

Era a terceira vez em duas semanas que eles me arrastavam para o BarExchange, me colocavam sentado na cadeira da ponta da mesa, pediam cervejas e começavam uma lamúria infinita sobre seus relacionamentos.

—Isso magoou.— Jimin diz antes de tomar um gole de sua cerveja.

—Você não era tão mau.— Namjoon me lança um sorriso, o alargando ainda mais quando vê minha expressão séria.— Hoseok, ele se irritou quando você começou a falar da Yang Mi.— Hoseok olha para mim preocupado, como se precisasse de uma confirmação. Apenas reviro os olhos.

—Não acho que o problema dele seja com a Yang Mi.— Jin começa.— O único problema do Jungkook é com a Sun Hee.— olha para Yoongi, que estava no meio de um gole de cerveja e precisa tossir para não se engasgar.

—A Sun não é assim, Jungkook.— diz quando se recupera.—Ela não tem nada contra você, só prefere se manter longe.— a mesa cai em um minuto de silencio, que é quebrado pela risada escandalosa de Tae. Todos, tirando eu e Yoongi, o acompanham, rindo alto o suficiente para incomodar as mesas mais próximas.— Não entendi a graça.

—Sun Hee deseja a morte do Jungkook, como um andarilho do deserto deseja agua.— Tae cantarola.

Ele não estava exagerando.

Sun Hee era, além de namorada de Yoongi, minha prima. Nos ignorávamos desde sempre e mesmo quando ela se infiltrou no meu grupo de amigos, eu pensei que continuaríamos com essa dinâmica. Infelizmente, minha prima tinha outros planos. Durante o primeiro ano de namoro com Yoongi, ela tentou me transformar em uma espécie de informante, fazendo com que eu atuasse como seus olhos quando ela não pudesse estar, tudo em nome do sangue parental que corria em nossas veias. E hoje, dois anos depois do primeiro ano deles, ela ainda guardava certo rancor por eu não dar voz aos nossos laços sanguíneos e ignorar suas perguntas quando elas envolviam o Yoongi.

Esse rancor se estendeu para as outras namoradas dos meus amigos, da mais antiga até a mais nova, todas me olhavam com desconfiança. Elas realmente achavam que eu era a fruta podre do grupo e que tudo o que seus namorados faziam de errado, as confusões que eles se metiam e os prejuízos que davam, aconteciam por causa da minha má influência. Obviamente, isso era ridículo.

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⏰ Última atualização: Jun 13, 2020 ⏰

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