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QUATRO MESES DEPOIS
-Mais uma vez cheguei atrasado ao clube essa era a quinta vez só nesse mês que isso acontecia.
Mais em minha defesa estava cuidando do meu irmão mais novo a doença dele está cada vez mais difícil de controlar e dessa vez tivemos que correr pro hospital as presas e por muito pouco ele não veio a óbito.
Depois de horas em uma sala de espera vieram nos avisar que meu irmão foi estabilizado e graças a deus atendido rápido mais nem uma notícia e boa o suficiente tem sempre um maldito mais que acaba com tudo.
Meu irmão teria que ficar internado e como seu tratamento era feito em um hospital particular eu teria que conseguir mais dinheiro para manter ele internado pois a síndrome dele por ser rara o plano não cobre os gastos.
Após realizar o pagamento de, pelo menos, um dia de internação fui em direção ao clube chegando lá conversei com os rapazes meus amigos logo que eu término de contar onde eu estava se oferecem pra ajudar se tivesse outra forma eu nunca aceitaria porque não quero que pensem que sou interesseiro.
Mais se tratando da saúde do meu irmão ou da minha mãe sou capaz de tudo por eles são as únicas pessoas que eu tenho na vida e nunca negaria nada a eles.
Já prontos subimos ao palco para mais uma apresentação quando uma movimentação diferente atrai os meus olhos assim como dos rapazes para a porta de entrada do clube.
Quando todos nos focamos nossos olhos naquela porta prendemos a respiração por alguns segundos para logo soltar ela com força com um pequeno ruido de assombro ao se dar conta do que os nossos olhos encontraram entrando pelas portas do clube.
Um pouco mais recuperados do susto continuamos dançando mais sem desviar nossos olhos um minuto sequer do grupo que acabou de entrar pelas portas do clube seguimos cada movimento por menor que seja com os nossos olhos sem nunca deixar de dançar.
Em determinado momento cada uma prende a respiração ao olhar em nossos olhos e em um passe de mágica estamos sendo devorados por olhos famintos que mal sabem se olham em nossos olhos ou se descem os olhos por nossos corpos cobertos de suor pelo esforço que fazemos ao realizar cada movimentos sincronizados com a música que toca ao longe em nossos subconscientes.
Seguimos essa tortura música após música nas três apresentações que realizamos nessa noite quando a última música termina em vez de fazer como sempre os rapazes assim como eu descem do palco passando pela multidão de corpos e mãos apalpando e se esfregando em nos sem nem um pudor.
Seguimos caminho até onde se encontra o grupo que atraiu nossa atenção e nos tem amarrados em seus olharem sem nem mesmo desviar por um mísero segundo não damos nem bola pras demais mulheres quase esfregando seus peitos quase nas nossas caras.
Temos tão somente um destino que fica depois desse mar de mulheres na parte mais afastada do clube quando estamos cara a cara com nossas presas as luzes do clube cai sobres nos selando assim nossos destinos para essa noite.
