Seja bem-vindo

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O badalar do sino da igreja se escuta de longe
Já deu meia-noite
O vento frio bate nas janelas tal qual um açoite

Olho para um canto vazio e noto que está cheio de almas penadas
Olho para dentro do rio, está vazio de águas passadas

Ruas cheias de garrafas vazias
Cabeças cheias de mentes vazias
Casas cheias de pessoas vazias
Dias cheios de noites vazias

E a indagação que me fazia era
Por que eu não sorria?
E quando não conseguia enfrentar, por que eu só ria?

É triste o motivo que as vezes me faz escrever tão bonito
É triste saber que tu só entende o que for fácil para o seu ouvido
Eu me sentia um tapete
Por mais que meu peito fosse pisado
Sempre dizia: seja bem-vindo

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