Pinhata

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É como se eu fosse uma bomba relógio às vezes,
Que pode explodir a qualquer momento
Que só consegue segurar o que tem nela
Apenas por um certo período de tempo.
Tento ao máximo aguentar calada,
E mesmo que o timer tenha aumentado
Conforme as vezes que essa bomba é ativada
Ainda não é o suficiente pra me manter quieta.

E quando ela explode, o silêncio se rompe e a dona ansiedade vem com força total.

A ansiedade é como aquela visita chata
Que do nada aparece,
E fica lá.
A minha é desencadeada com palavras
Pensamentos; emoções
Que vem como um turbilhão e tentam me afogar em mim mesma.

Eu tento segurar, como se fosse uma criança agitada
Que insiste em tentar se soltar de meus braços,
E quando a bomba explode, ela se solta
E me ataca como se eu fosse uma pinhata indefesa.

Eu criei uma barreira de força
Mas as pinhatas também aguentam até certo ponto.
A pequena ansiedade usa as suas palavras como um taco
As lembranças são uma tacada, a tristeza vem como outra
Então vem mais outra e outra...
Quando me dou conta a pinhata está rachando
E assim a ansiedade quebra
A minha pinhata que eu tanto demorei pra fazer
E se alimenta do que estava protegido lá dentro.

E assim que come o que quer
Me deixa apenas os doces ruins,
Como o choro e a falta de ar.

A solução é pegar os pedaços e reconstruir a pobre pinhata novamente.

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