Capítulo 1 - Bem Vinda, Jovem Midoriya

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    Sentir um lado do colchão durante a noite era algo que ele ainda não conseguia se acostumar, não quando sabia que ela estaria vomitando segundos depois. Ele costumava sair da cama para ajudá-la, em algum momento deixara um balde ao lado por precaução. Ainda estava escuro e todos no prédio ainda estavam dormindo; exceto por aqueles que ocupam este andar.

-Você está bem?- ele sussurrou, passando as mãos no rosto para acordar e ouvindo resmungos caninos logo no canto do quarto.

    Ela não saiu da cama, mas apenas ficou sentada. Murmurou algo e fez um gesto com as mãos, esquecendo que ele não podia vê-la bem.

-Sim, eu estou bem. Desculpe por ter acordado você.

    Ele se virou, pegou a lâmpada e acendeu antes de voltar para ela.

-Você tem certeza? Você precisa de alguma coisa?

-Izuku, eu estou bem.- Ochaco assegurou. Ele tendia a se preocupar com ela assim. -Só não consigo dormir.

-Você precisa de outro travesseiro ou...?

-Não, eu estou bem. Realmente, não é nada. Eu não quis te acordar.

~Huuuunnf- foi o som ouvido pela canina deitada no canto do quarto deles. Um resmungo para Izuku.

-Desculpe por acordar você também, Ammy.

    Ele realmente se sentiu mal por ela. Foi uma coisa boa que eles decidiram que ela deveria não fazer nenhum trabalho de herói por um tempo. Ela precisava de um tempo, e ele havia feito um monte de pesquisas para garantir que estavam fazendo tudo certo. Ele marcava o calendário, certificando-se que a geladeira estava empilhada e lia as informações nutricionais fornecidas nos rótulos.

    Ele até comprou para ela um travesseiro ridiculamente grande em forma de "U" para que ela pudesse dormir com ele entre as pernas e a cabeça, endireitando a coluna. Sua barriga agora aumentada era levemente irritante quando ela precisava dormir - isso quando o seus hormônios não estavam à flor da pele.

    Ela achou adorável como ele se preocupava com ela. Ele se comportou como ela fosse cinquenta vezes mais frágil agora que seu corpo abrigava outro ser humano, ela não se importava com a atenção extra, especialmente nos dias em que sentia que seu corpo simplesmente não queria cooperar. Ela não estava feliz por não poder desempenhar deveres heroicos por um tempo, mas todos concordaram que era melhor.

    Izuku sentou-se e apoiou alguns travesseiros e descansou as costas contra eles.

-Você pode...?- ele fez um gesto para ela se aproximar. Ele conseguiu ajudá-la a descansar contra o peito, as pernas abertas para dar espaço para ela. -É melhor assim?

    Ela suspirou um "obrigado" e se aproximou do moreno.

    Mesmo com seu trabalho em um campo de trabalho tão estressante, ele fez questão de apoiá-la. Lembrou-se de ele havia realizado o "Grito da Fonte Deku" depois de surpreendê-lo com a notícia entregue por Amaterasu, enrolado em sua coleira um mediano ovo de Páscoa em que se escondia um pequeno cartão. O olhar em seu rosto era impagável, olhos arregalados e lacrimantes, costantimente lendo e relendo as palavras, depois olhando para ela para a confirmação, depois lendo novamente, apenas para garantir que seus olhos não estivessem mentindo para ele. Inicialmente, ele confundira sua doença regular com o uso excessivo de sua Quirk; mas observando o comportamento mudado de Amaterasu, rodando a, parecendo que queria proteger algo a mais. Os dois acabaram se abraçando no chão, chorando e sorrindo e com a mente enlouquecendo.

    Quanto maior ela ficava, mais apegado ele ficava. Ele a esfregava nas costas e segurava seus cabelos quando ela precisava vomitar. Ele gentilmente e tão cuidadosamente massageia a sua pele esticada com óleos recomendados. Ele mantinha um controle costante do progresso dela e estudava tudo sobre o bebê. Alguns podem ver o hábito de se preocupar por constantemente com ela um pouco do lado opressivo, mas ela o conhecia muito bem. Ele era o único a proteger, cuidar e amar.

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