Seven

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Taeyeon Pov's

   - LICENÇA? Eu não vou tirar licença por isso! - Eu disse relutante.

    - Trabalho apenas dois dias por semana. De resto, estude e cuide da moça! - Disse o chefe.

    - Ela não me quer por perto! Eu já disse! - Estava cansada de repetir isso.

     - Isso irá te fazer falta! Traga-a aqui para fazer exames, conhecer seu trabalho!  Se mostre uma pessoa de bem , que propaga o bem. - Ele tinha um pouco de razão, eu admito.

      - Com isso eu realmente me preocupo. Já que não tenho notícias não sei nada do feto , imagina se ele tem alguma síndrome, doença sanguínea ou uma osteogênese imperfeita? Isso gera sofrimento fetal! - Pronto! Me tornei sensível.

       - Essa é a Taeyeon que eu conheço! - Ele sorriu vitorioso - Tire essa licença! De agora em diante você só aparece aqui segunda, terça e quinta. A terça é meio período, segunda plantão e quinta emergência. Eu fiz um levantamento que resultou que nesses dias a obstetrícia tem mais trabalho, por isso te quero aqui nesses dias, pelo menos até o bebê de vocês completar um ano. O que acha ?

     - Bom , eu acho ótimo! Vou continuar recebendo o mesmo?- Ele assente. - Ótimo! Até quinta então! - Saí do hospital Feliz e motivada.

    Tiffany Pov's

  Cheguei exausta da faculdade e fui me deitar, logo tive uma série de náuseas e passava horrivelmente mal. Ainda por cima havia esquecido que meu pai traria uma amiga em casa hoje.

   Eu estava tão empenhada em acabar com tudo o que eu tinha pra botar pra fora que nem ouvi a porta bater , nem os passos dos dois. Sem querer ser nojenta, aquele banheiro estava com um cheiro péssimo!

    Uma mulher alta , de cabelos claros naturais e olhos também claros veio até onde eu estava.

   - Oh , minha querida , o que há? - Ela perguntou e eu a fitei. Ela tinha traços europeus e era simpática. Provavelmente uns 5 ou 6 anos mais nova que meu pai

    - Eu já estou saindo, me desculpe. - Ajeitei tudo , dei a descarga, escovei os dentes. - Não queria ser indelicada, Stephanie, mas prefiro Tiffany.  - Sorri e estendi a mão.

      Ela então me retribui o gesto:

     - Deborah, mas se for melhor pra você,Debbie. - Ela sorriu.

     - É um prazer! - Disse.

     - Você é linda , Tiffany! Quem é o pai ou a mãe do bebê? - Deborah me perguntou curiosa.

      - Ela é médica. Não aceitou bem a gravidez , não nos falamos . - Disse.

       - Mas é tão importante alguém nesse momento. Por que você não quer ? - Ela disse me ajudando a descer as escadas.

       - Eu sei . Talvez eu quisesse mas ela não quer.

       - Entendo. - Debbie se conformou e todos sentamos para jantar.

        Era um lindo jantar para três até a Quarta convidada surpresa chegar.

      Durante o jantar Débora contou que tem uma filha mas que ela vive ocupada com o trabalho, no entanto, está noiva. Perrie. Estava curiosa para conhecer ela.

    - Vou passar seu número para a Pezz, tenho certeza que vão adorar se conhecer. - Disse Debbie 

    - Eu espero que sim. - Eu sorri e a campainha tocou.

      Fiquei feliz, talvez fosse Perrie mas quando meu pai abriu a porta minha esperança se cessou.

      Era Taeyeon. Fiquei pasma, como ela pode chegar assim numa ocasião especial e meu pai , para não fazer vergonha que mandou entrar..

      - O que faz aqui? - Fui ríspido logo de cara- não se chega assim a casa das pessoas.

       - Eu preciso conversar com você sem sair correndo. - Disse Taeyeon se sentando ao meu lado. - Obrigado por me convidar pra entrar, Senhor Hwang , sou muito agradecida . Eu sou a Taeyeon.

       - Eu sei quem você é, já ouvi falar. Prazer. - Meu pai foi seco, sabia que estava do meu lado.

       - Espero que bem. - Ela sorriu.

    Meu pai fez uma cara de "com certeza não" tão engraçada que eu e Debbie nos olhamos e prendemos a risada.

      Taeyeon estava bastante desconfortável, eu estava satisfeita com aquela mini-sessão de tortura a mesa . Mas quando vi seus olhos marejarem perante a todos eu senti muita pena e pensei melhor.

      Eu carrego uma parte dela e se isso agora importa pra ela também, podemos fazer as coisas acontecerem de forma que ambas estejam de acordo. Era injusto todo o julgamento que fizemos. Ela estava em menor número e não tinha como dizer ao contrário.

     - Taeyeon, vem, vamos subir. Concordo que que precisamos conversar.- A peguei pela mão e guiei até meu quarto.

     Taeyeon caiu em prantos e eu nunca imaginei vê-la naquele estado. Me senti mal por toda a cena.

     - Ei! Por que está chorando assim? - Perguntei.

     - Me desculpe mas...- Ela soluçava- Eu merecia aquilo ... Mas não esperava que concordasse... Me desculpe, eu sou uma pessoa horrível - Ela dizia.

     - Ei! Não chore . - A abracei e me senti comovida.

     Nossas emoções se uniram, meus hormônios se agitaram e eu passei a chorar com ela . Eu sentia tudo o que ela sentia e o/a bebê também.

      Depois de uns 20 minutos conseguimos parar e começamos uma conversa civilizada .

      - Quero ser presente na vida do nosso bebê. - Me arrepiava ela falar "nosso" - Te ajudar com ele ou ela , trocar as fraldinhas, comprar roupinhas, planejar o quarto. Vou ficar a sua disposição.

      - Tudo bem. Eu concordo com isso. Mas como vamos fazer isso? - Indaguei.

      - Então. . .

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