Prólogo: Uma menina chamada Hua Hua (WIP)

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A muitos anos atrás, em uma montanha isolada do resto do mundo mortal, existia uma grande e próspera cidade chamada Shanhua¹, popularmente conhecida como Paraíso Florido.

Seus moradores, na sua maioria, eram bestas demoníacas e cultivadoras tão belas quanto jade, ou mortais cheias de vigor da juventude. As mulheres e senhoras tinham aparência de todos os tipos: das belezas tímidas e frágeis até as mais determinadas e fortes.

Algumas das mulheres eram poderosas cultivadoras que fundaram suas próprias seitas, outras conhecidas e honradas estudiosas; havia também respeitadas compositoras de músicas ou amantes das artes, tanto quanto negociadoras e donas de estabelecimentos de sucesso.

A cidade era coberta de inúmeras flores e árvores de beleza inigualável, além de ervas espirituais de todos os tipos. O céu tinha uma leve cor rosada todas os dias de manhã, e se tornava um lilás místico e atraente à noite, efeito causado pelas ervas espirituais que iluminavam as ruas.

Lá, não existiam preconceito ou estranheza entre raças ou gêneros: os moradores se tratavam com igualdade e naturalidade, sem segundas intenções, apenas seguindo o fluxo de suas vidas. As pessoas viviam suas vidas de forma comum, cultivadores protegiam sinceramente os mortais, crimes eram praticamente inexistentes e a desigualdade social não era tão grande; A cidade era pacífica e emanava uma aura de felicidade, pureza e serenidade.

Não era exagero dizer que era o paraíso na terra.

Diz rumores que a cidade foi fundada pela primeira e mais impressionante cultivadora feminina na história do cultivo.

Sendo a primeira mulher a desenvolver raízes espirituais, ela começou a cultivar ao caminho da imortalidade.

Inúmeras pessoas consideraram um absurdo, principalmente os cultivadores da época.

Se os homens tinham grandes dificuldades durante o cultivo, o que uma mulher como ela seria capaz de fazer?

Todos os cultivadores eram homens. Eles acreditavam que, se uma mulher tentasse cultivar, por terem uma natureza frágil, não seriam capazes nem de sair do estágio de Condensação de Qi².

Assim, a existência dela foi rapidamente esquecida.

Unanimemente, todos acharam que, mesmo ela tendo raízes espirituais como qualquer outro cultivador, nunca conseguiria se comparar a um.

Realmente, ela não se comparou a eles: ela os superou.

Depois de algumas décadas de esforço e determinação, ela conseguiu alcançar o último estágio do cultivo: Ascensão Imortal³.

A ascensão significava alcançar a imortalidade e a chance de abandonar o mundo mortal, vivendo nos céus como um deus.

Quando essa notícia foi divulgada, o mundo do cultivo ficou em silêncio. Não havia nada que eles pudessem dizer.

Todos os cultivadores que chegaram a esse estágio podiam ser contados com uma única mão, e nem seriam usados todos os dedos.

Em um mundo no qual era conhecido por pertencer apenas aos homens, ela se destacou entre todos eles.

Sozinha, uma mulher e cultivadora desgarrada⁴, tinha a força e capacidade maior do que de muitos homens cultivadores de seitas poderosas.

Mas, ela negou essa oportunidade que tantos sonhavam ter.

Quando atingiu a ascensão, ela escolheu permanecer no mundo mortal, se tornando um Imortal Caído⁵.

No mesmo dia, declarou ao mundo que, com seu poder, criaria uma cidade onde não existiria escravidão, preconceito ou desigualdade entre as raças e que, mulheres e homens, humanos ou bestas demoníacas, teriam todos os mesmos direitos.

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⏰ Última atualização: Aug 10, 2020 ⏰

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