🥨 𝚟𝚎𝚗𝚍𝚒𝚍𝚊! 🥨

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Boa leitura ✨
𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹𓁹

UM MÊS DEPOIS...

Um mês. Exatamente um mês havia se passado desde aquela noite com Noah.

E ele não havia retornado como prometera.

Depois que ele saiu por aquela porta eu senti algo estranho, um pressentimento ruim, como se eu tivesse acabado de cruzar com quem não deveria. Ele havia mentido para mim e por causa dele eu passei quatro terríveis dias no "quartinho escuro" do imbecil do Erick. Quando eu me lembro daquela noite com Noah sinto raiva, muita raiva. Eu havia sido tão tola de ter acreditado em suas palavras! E para completar, Heyoon, aquela vadia, vive implicando comigo e fazendo meus dias serem ainda piores dentro desse inferno.

Depois do acontecido e de tudo o que eu passei por causa daquele filho da puta, sinto que evoluí em certos aspectos. Além disso, depois dele, fui forçada a me deitar com doze homens nojentos. Cada noite era um pesadelo pra mim, eu ficava louca me perguntando quando despertaria desse sonho ruim, mesmo tendo plena consciência de que aquela era a minha realidade. Minha triste realidade.

Sinceramente, eu não sabia se eu tinha mais raiva dele por ter mentido e me iludido, ou de mim mesma por ter sido burra em acreditar em um cara que frequenta uma boate de stripers.

Apesar de ser uma vadia estupida, Heyoon tinha seu lado legal comigo e uma vez me disse que Noah não era de dormir com qualquer uma. Ele sempre escolhia a dedo a garota que levaria para a cama e era o melhor cliente de Erick. Eu não sabia se ficava feliz com isso ou não. Quer dizer, isso significa que ele viu algo a mais em mim, mas também significa que eu fui só mais uma. Pensando bem, é claro que tinha algo especial em mim. Aquele imbecil só queria tirar a minha virgindade e mais nada.

No tempo em que passei no quartinho escuro por desobedecer Erick, eu me recusava a fazer programas, não queria dormir com ninguém mais além de Noah, eu ficava me perguntadno se ele havia voltado à boate, me iludindo, pensando que ele poderia ter voltado e procurado por mim. A cada porrada que eu levava eu lembrava dele e não sabia se chorava mais pela dor física ou interna. O quartinho era como a solitária de uma prisão: um lugar pequeno, fechado e totalmente escuro. Eu não tinha comida ou água e durante cada um dos quatro dias, vinha alguém para me dar uma surra. Quando saí de lá, estava completamente acabada.

E esperava nunca mais ver Noah.

Em um dia que parecia normal, eu estava no alojamento das garotas, isolada como sempre das piranhas e de suas conversas. Olhava o andar de baixo pela janela e acompanhei com o olhar uma limousine vindo da esquina até parar em frente à boate. De dentro dela saiu um homem moreno, trajando jaqueta de couro preta e usando óculos escuros. Eu não conseguia ver seu rosto, mas ele me lembrava Noah. Suspirei e balancei a cabeça, recusando-me a pensar naquilo.

Decidi me levantar e sair um pouco dali, iria até o andar de baixo, a boate, para ver se as garotas da limpeza precisavam de ajuda. Era muito melhor do que ouvir a conversa daquelas vadias nojentas sobre o tamanho do pênis do último cliente e de quanto tempo ele demorou para atingir o ápice.

Eu ainda estava nas escadas, quase no andar de baixo, quando ouvi uma voz que me soava familiar. Sim, era a voz dele, eu poderia reconhecer mesmo se houvesse se passado um ano. Meu coração saltou dentro do peito, como se ameaçasse sair pela boca. É, aquele idiota realmente mexeu comigo, mas eu não ia deixar barato o que ele fez. Sentindo a raiva fazer meu corpo esquentar, minhas mãos se fecharam em punho e eu entrei na boate, podendo vê-lo de costas. Comecei a andar em direção a ele e a cada passo meu coração acelerava mais. Corri até ele e dei um soco em suas costas com toda a força que pude. Eu tinha raiva no olhar, e quando ele olhou para mim, pude ver que seu olhar tinha ainda mais raiva que o meu.

CRAZY MIND - noart adaptation Where stories live. Discover now