UNIVERSO EM TREVAS: O Desequilíbrio

Capítulo 04- A garota loira

Max

Depois do que escutei tento me distrair, faço minhas inscrições nas aulas e fico vagando, de aula em aula, tudo com meus fones de ouvido, ate a aula de filosofia, o professor ainda não tinha chegado na sala mas já tinha alguns alunos ali, nessa sala é uma das poucas que tem uma aria que fica encima do refeitório, (é horrível estar la antes do almoço), nessa aria tinha três alunos, um mais alto que parecia rir de algo, talves porque ele esta fumando um cigarro de maconha com uma garota que anda com a Tallya, e mais um garoto que é muito isolado no dia a dia, mas com esses garotos ele parece feliz...

_ É, o um dos altores desse livro os fez assim, para fazer referencia a serie que ele gostá.

Uma garota loira, meio magra, de estatura mediana e de rosto fino com olhos azuis, chegou se sentou do meu lado, não entendi o que ela quis dizer com aquilo.

_ Olá, oque você disse?

_ Deixa pra lá, meu nome Ana Clara, e o seu?

_ Max... Max Toff, gosta de filosofia?

_ É bom para refletir e pra...

_ Para o que?

_ As pessoas me acham estranha ou louca, quando eu falo.

_ Pode falar, juro que não vou rir!

_ É bom pra poder silenciar as vozes dos escritores que fica na minha cabeça.

Brru _ Escritores? Tipo deuses?

_ Eu sabia que você ia rir, mas é quase isso... Mudando de assunto, você não é daqui né!?

_ Eu sou da Holanda, vim para fazer as pesquisas sobre a cura do câncer.

_ O que tá achando do meu país?

_ Até agora, to gostando.

O professor chega na sala, os garotos que estão na arinha, apagão os cigarros e entram na sala. Acho que passei a aula toda conversado com a Ana até a aula o fim da aula.

_ Já é hora do almoço. Nos vemos na aula de química.

'A gente tem aula de química juntos?'

Durante o almoço fiquei em cima do terraço, vendo os outros alunos andando e comendo, isso no lado mai claro onde os "perfeitinhos" da universidade, diferente do lado mai escuro, tem os "esquisitos", pelo menos é assim que são taxados. Vejo a Ana ali com algumas amigas e amidos dela, eles parecem bem mais felizes que os "perfeitinhos", eles riem e se divertem ali, vejo ate uma das amigas dela agarrando a bunda dela enquanto esta distraída. Depois do almoço deci para a biblioteca, para dar uma pesquisada sobre lendas de homens que ardem em fogo azul, fui até a seção de mitologia antiga e relatos sobrenaturais. Depois de dar uma boa olhada nas estantes acho um livro chamado "O Bestiário" acho que isso não deveria estar aqui na seção de historia, (É um livro preto acho que de uns 10 por 20 centímetros, com quatro cantoneiras douradas e uma caveira na capa com uma rosa crescendo no canto superior esquerdo e no olho direito uma cobra saia dele, e tem um facão atrás da caveira). Passei pela bibliotecária para anotar que o peguei para estudar.

_Olá senhor ...

Ela é uma senhora até ajeitada, ela parece ser bem mais nova do que realmente é.

_Max, Max Toff

_Então Sr Toff, qual livro vai levar?

_Vou levar esse aqui. - O mostrei a ela, mas ela balança a cabeça e firma a visão, e diz:

_Esse livro não é da biblioteca, mas anotarei aqui, se alguém vier procurar direi para ir até você, então data de devolução é indeterminada. Tudo pronto, aproveite o livro.

_Muito obrigado Sr Maria.

Quando já estou atravessando a porta escuto ela cri tando.

_Pode me chamar de DUDA, garoto!

Ignoro o grito e vou até o terraço da escola, sentado la eu li por muito tempo até que de algum lugar Ana aparece e me assusta, quase caio da caixa de água.

_E ai, lendo o que?

_Um livro de lendas, ele é bem especifico e bem grosso.

Ela sobe até onde estou, senta do meu lado e pega o livro da minha mão.

_O que você está procurando?

_Augo sobre homens com dentes de cachorro e com o corpo coberto por um fogo azul.

_Ah sim.

_Você conhece?

_Claro, é um ser da mitologia grega, são os cães do inferno, são bem famosos entre os "nerds".

Enquanto ela falava e foleava o livro, ela abriu na pagina onde tem as especificações desse ser.

_O que está escrito ai?

_Vou ler tá: (Os cães do inferno, esses seres são aqueles que vão atrás da morte. Em muitos lugares do mundo são retratados como cães selvagens com seu corpo em estado de decomposição com um forte cheiro de enxofre, alguns relatam que esse seres são como os lobisomens, e quando estão caçando sozinhos ou com seus semelhantes eles possuem forma de um homem ou mulher cobertos por chamas azuis e olhos da mesma cor das chamas. Mas já na companhia dos cavaleiros da tempestade, {mais informações pagina 45}, os cães do inferno se transformam nos mais diversos caninos mais mortais que já passaram pela terra. Os cães do inferno até o seculo vinte e um ainda não tem fraqueza conhecida). Bem acho que é isso.

_Uh, obrigado pela leitura... amanha posso me sentar a sua mesa na hora do almoço?

_Claro! ... Se já fui de ajuda vou indo... ah, não vire de forma muito brusca no laboratório mais tarde...

_O que os escritores vão me suar?

_Quase isso.

Depois que ela saiu fiquei ali estudando mais a fundo sobre os cães do inferno e as criaturas incríveis que são descritas nesse livro, fiquei tanto tempo ali que perdi a noção do tempo.

_Caraca, já é tão tarde, tenho que descer para o laboratório.

Saio dali correndo e entro o elevador que estava se fechando que desse para o subsolo onde fica o laboratório de pesquisas. 'Cheguei a tempo', abro a porta e me deparo com a professora de química com uma vela e um incenso acesos e ela parece que meditava, fecho a porta bem devagar para não atrapalhar seja lá o que for que ela esta fazendo, mas antes do trinco tocar no arco da porta, a mesma gemeu como se estivesse sem olho.

_Garoto, só fique quieto.

_Descul...

_Não diga nada... ótimo sua energia esta estragando minha concentração...

Ela estava resmungando alguma coisa sobre eu estragar o que ela estava tentando fazer, isso tudo sem nem ver que era eu.

_...Por Merlim, quem é você garoto?

_Eu sou Max, Max Toff.

_Ah, agora entendo o que Tallya disse sobre você.

_Tallya? O que ela estava falando sobre mim?

_Nada de mais.

Ela da uma desconversada e começa a guardar as coisas dela dentro de uma bolça. Ela chega bem perto de mim e se em clina para me falar alguma coisa, não entendi direito mas acho que foi algo como "maa isanda varjamine" de repente a porta se abre e é o senhor Kenos, que acabou de sair da sala de provas.

- Luan Martins dos Santos -