Os irmãos Black

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[N.A: Apresento-lhes a primeira one-shot! Espero que gostem!]            

O homem adentrou o bar. Seus olhos foram atacados pelo ambiente de pouca iluminação, e o nariz, invadido pelo odor de óleo velho misturado a álcool. Seus dedos tamborilaram o tampo grudento da mesa. Os lábios provaram a cerveja.

Algum tempo depois, a cadeira à frente rangeu, e o assento foi ocupado.

"Até que enfim", os olhos de Regulus curvaram-se. "Sente-se, peça uma bebida."

"Chega dessa besteira e vamos logo ao assunto", seu irmão resmungou. "Tenho mais o que fazer em casa."

"Eu sei muito bem o que você tem para fazer em casa", ele baixou a voz. "Pettigrew se juntou aos Comensais, como você sabe", Sirius arrancou a caneca de cerveja da mão do irmão e deu três longos goles. "Bom, agora você sabe. Foi escolhido para espionar os Potter. Em hipótese alguma, dê a ele uma informação importante."

"Receio que seja tarde demais para isso. Há uma saída?"

"Talvez sim. Nós podemos..."

Sirius não demorou para chegar para o jantar, mas não entrou. Como era de costume, ele e Remus aguardavam Peter para que ele abaixasse as proteções.

"Estupefaça!"

A janela seguia coberta pela poeira estranha. A família continuava em paz. Um assovio escapou por seus lábios e suas mãos apanharam os antebraços de Peter.

"Esta é a... ideia mais... puf... idiota que já tive", falou, aos bufidos. "Segure os braços bem firme. Pronto? Vamos."

Os irmãos fecharam os olhos. Quando os pés se firmaram no chão novamente, árvores os cercavam. Por pouco, evitaram que Peter caísse.

Regulus guiou Sirius até o porão do chalé. A varinha de Peter estava logo acima de sua marca negra, sob a jaqueta.

"Maldito nojento", Sirius cuspiu no rosto do homem desacordado. "Que foi? Esse covarde finge ser meu amigo e vaza informações para o inimigo. O que isso faz dele, hã?"

"Eu fico com isso", Regulus quebrou a varinha no joelho. "Quer ajuda para Obliviá-lo?"

"Não, posso me virar."

"Ótimo. Não esqueça: não é permanente, é um paliativo."

"Manterei isso em mente. Não desapareça, ok, Reg? Sabe onde me encontrar, caso precise."

Ele pulou nos braços do irmão mais velho, que o segurou, como faziam na infância. O rosto de Regulus afundou no rosto de Sirius. Ele não aguentava mais a luta, mas até que tinha sorte, não estava tão mal quanto Pettigrew.

"E-eu tenho que ir", murmurou, ainda encolhido. "Os outros... começarão a suspeitar."

"Vá logo, então. Tranco tudo quando terminar."

Regulus deu um passo atrás, assentiu e saiu, imaginando se ainda teria uma casa quando Sirius acabasse.

Sirius acordou. Não por causa dos pesadelos que o visitavam desde aquela noite. Remus ainda a sono solto ao seu lado.

Um punho atingiu a porta da frente. Inclinou-se para beijar o rosto do namorado e procurar os chinelos. Arrastando os pés, conseguiu chegar à porta.

"O que faz aqui, Ja... Regulus? Mas o quê..."

"Preciso de ajuda."

Imagine The Marauders 2Onde histórias criam vida. Descubra agora