Meu Intrépido Pirata ( Completo Na Amazon)

🏴‍☠️ Prólogo

Escócia, verão de 1877, em algum lugar do mercado.

- Velas ao vento, homens ao remo
Navegando em alto-mar
Muito rum pra nos alegrar...
Ouro e tesouro é o que queremos
Os ingleses afundar
Ouro e tesouro é o que queremos
Os ingleses afundar
Ouro pra nos alegrar...
Em terra dançamos, bebemos olhando
Música pra nos alegrar...
Saquear, roubar, partir,
É o que vai nos divertir!
Saquear, roubar, partir,
É o que vai nos divertir!
Muito rum pra nos alegrar...
Somos piratas, todos contentes
Saqueando navios ingleses
Somos piratas, todos contentes
Saqueando navios ingleses
Brigas pra nos alegrar...
Um marujo jamais nos deixará
Sem antes na prancha caminhar
Um marujo jamais nos deixará
Sem antes na prancha caminhar
E essa noite haverá...
Boa música e rum para nos divertir!
Boa música e rum para nos divertir!

- Que linda canção! Aonde você aprendeu? -Perguntou Ambrose, uma criança de onze anos. Ele aplaudiu a canção cantada pela voz bela e infantil do seu meu melhor amigo Calico.

Ambos estavam em um canto escondido do mercado, enquanto suas mães trabalhavam nas barracas. Os dois amigos aproveitava aquele momentos para conversar. Ambrose morava em algum lugar da floresta, e Calico morava em uma viela, em um lugar que nem mesmo os guardas se atrevia a ir. O lugar era habitado por marginais e prostitutas baratas.

O pobre garoto, apesar do seus onze anos, era acostumado com tudo de pior que a vida podia oferecer. Seus únicos e breves momentos de felicidade era quando estava com Ambrose, ele ficava fascinado com os truques de mágica que seu amigo fazia.

-Eu sonhei com ela, na verdade eu sempre sonho com essa música. -Calico deu de ombros.

Era verdade, Ele sonhou com essa música a primeira vez quando tinha seis anos, ele ainda se lembrava de como foi feliz cantar a música para sua mãe, em sua memória estava viva a recordação da reação de incredulidade da sua mãe, assim como a surra de pedaço de pau que ele levou depois , ficar dias de febre e sem andar, com marcas no corpo que o acompanharia pelo resto da vida, e o olhar de ódio de sua mamãe, O fez ver que ele jamais poderia cantar aquele canção perto dela novamente.

Ross, mãe de Calico, era uma mulher amargurada pela vida, e todo seu desfortúnio era descarregado no único filho, ela trabalhava durante o dia no mercador, e durante a noite em um bordel. Diferente do seu melhor amigo, Ambrose que era amado e bem alimentado pela mãe, Calico andava sujo e com a poucas roupas rasgadas, a barriga estava sempre rocando de fome, ele nem mesmo se lembrava quando fez a última refeição.

-Porque você não cantou ela para mim antes? Somos melhores amigos, entre nós não se deve ter segredos.

Calico sorriu triste, Ambrose era melhor coisa da sua vida, Ambos tinha a mesma idade, e ele não tinha coragem de contar ao amigo os maus tratos que recebia da mãe. Como dizer que nunca cantou antes por medo de leva uma surra novamente. Calico ficou silêncio e Ambrose franziu o cenho em curiosidade com silêncio do melhor amigo.

Calico era contido, por vezes ele carregava um olhar assustado, e tudo que pequena criança queria era que o amigo pudesse sorrir, assim como ele. Foi pensando nisso que ele tirou um pequeno embrulho do bolso o casaco.

- Olhar que minha fez para jantar, torta de maçã ! Trouxe um pedacinho para você.

Calico umedeceu os lábios em expectativa, e sua barriga roncou de maneira violenta quando ele viu o amigo estender o pedaço de torta até ele, o pequeno menino sabia o que era fome, ele sentia a dor dela sempre, Ross não ligava para bem-estar do único filho, ela sempre o culpava por ser mãe solteira e por Calico acabar com vida dela.