História De Horror Brasileira

A Dama De Branco

Halloween de 2019:

Carlos é alto e tem um corpo esbelto, um homem padrão mas ainda sim muito bonito. Ele é um solitário de coração, mas por que quer, prefere viver sua vida tendo uma mulher diferente a cada dia do que ter a mesma todo dia.

Já era muito tarde e ele voltava pra casa dirigindo, colocou uma música animada e um sorriso no rosto durante o trajeto. Carlos sempre via um bar no meio da estrada quando ia ou voltava do trabalho, mas nunca tinha entrado.

O dia havia sido maravilhoso, ele decide parar no bar pra tomar uma cerveja e comemorar sozinho seu sucesso no trabalho. Ele senta no banco do balcão e bebe enquanto confere suas notificações em aplicativos de namoro. A noite seria perfeita pra Carlos se terminasse com uma bela mulher, mas até então nenhuma notificação de "match".

De repente ele vê o atendente parado no balcão com os olhos vidrados em direção à entrada, Carlos então vira a cabeça por curiosidade. Eles não são os únicos, os poucos homens presentes no bar focam seus olhares na moça deslumbrante que ali chegara. Usando um vestido curto de cor branca, a moça se dirige ao balcão com um andar de passarela. Carlos e o atendente ficam focados na mulher vindo em direção a eles e todos os outros olhares a seguem. Ela para ao lado de Carlos e diz pro balconista:

— Uma cerveja, por favor! — Era uma voz tão graciosa.

Carlos não disfarçou sua cobiça e a olhou de baixo pra cima, quando chegou na cabeça ela estava olhando pra ele. Ela sorriu e se virou de volta pra pegar a cerveja. A moça sentou no banco e começou a beber ali mesmo no balcão. Carlos pensava em ir embora, já tinha bebido duas cervejas e não podia mais beber por estar dirigindo. Quando ele vê a linda moça, acha que pode se dar bem na conquista e fechar a noite com chave de ouro.

— Você vem sempre aqui? — Carlos diz com um sorriso no rosto.

— Eu não! É complicado, não curto muito esse lugar... digamos que vim uma vez na vida outra na morte. Hahaha! — A mulher brinca e ambos riem, Carlos continua a paquera:

— E a moça tem nome?

— Teresa, e você?

— Teresa? Nome bonito, assim como esse vestido e a dona dele! Eu sou Carlos. — Ele responde com um flerte, Teresa fica feliz com o que escutou e eles apertam as mãos.

— Obrigada, faz tempo que não conheço um cavalheiro. Você fica lindo com esse terno, embora sua gravata esteja um pouco torta, posso ajeitar pra você? — Ela fala e Carlos diz que sim com a cabeça.

Teresa então se aproxima pra ajeitar e acontece uma troca de olhares onde Carlos pôde reparar nos seus olhos claros. Ela agora não estava mais sentada, estava mais próxima, em pé na frente dele, segurando um copo de cerveja e encostada no balcão.

— Você volta sempre a lugares que não curte? Hahaha! — Ele continua a conversa e brinca mas ela não ri.

— Tô voltando por que hoje é um dia especial... faz um tempo desde que estive aqui. Algo de ruim aconteceu, não me lembro muito bem. Não consegui voltar aqui depois do que houve, só sei que hoje fez um ano... — A moça fala em tom sério e Carlos tenta anima-la:

— Então há um ano atrás você deve ter bebido muito pra não lembrar. Hahaha! Bom... é a minha primeira vez aqui mas se continuar bem frequentado assim não será a última! — Ele diz e faz o sorriso voltar ao rosto dela.

— Há um ano eu realmente bebi muito... não deveria ter feito isso! Mas posso dizer o mesmo, se você continuar vindo aqui vou começar a gostar desse lugar! — Teresa retribue o flerte. Carlos estranha o primeiro comentário mas gosta do seguinte e ambos sorriem.