Capítulo-1

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Narradora

O que era aquela escuridão?
Não enxergava um palmo a sua frente.
Estava envolvida por trevas.
E a única coisa que ela podia escutar era o silêncio.
Ensurdecedor.
Enlouquecedor.
Amedrontador.
Um zumbido atingiu-lhe os tímpanos.
Com as pequenas mãos tapando os ouvidos, ela se abaixou.
A dor era intensa e aguda. Sentiu algo escorrer entre seus dedos. Uma gota avermelhada caiu na fina camada de água que havia no chão escuro.
Sangue.
Gritou. Mas... Onde? Onde estava sua voz?
Uma pequena ondinha veio em sua direção. Mais uma, e então sessaram.
- Morra.
Olhou para cima.
A mulher que estava diante de si, era... Mais pálida que uma folha de papel. Sua pele, seus cabelos e seu vestido espalhafatoso contrastavam com seus olhos negros. Completamente negros. Era impossível distinguir aonde terminava sua íris. Deles saíram filetes de sangue.
A boca da mulher se abriu. E dela saíram coisas pretas. Não sabia o que eram. Mas aquelas coisas vieram em sua direção.

Acordou num pulo. Tamanho o susto que levara com o pesadelo.
Rapidamente levou as mãos até as orelhas. Não havia sangue.
Aliviou-se.
Procurou pelo abajur que ficava ao lado da cama. Quando a luz se acendeu, ela pegou uma pequena garrafa de água e bebeu do conteúdo. Respirou fundo.
Apagou a luz e pôs-se deitada novamente.

...

- O que foi? - Uma loira fez a pergunta enquanto andavam pelo pátio da escola.
- N-Não é nada. - Forçou um sorriso.
- Tem certeza? - Agora uma garota de olhos verdes perguntou.
- Tenho certeza, Sakura.
- Não senti firmeza nessa resposta. - A loira desconfiou.
- Mas eu tenho certeza, Ino. Não precisam se preocupar.
- Ora, ora. Olha quem temos aqui meninas. - Uma garota com olhos violeta pôs a mão na cintura enquanto falava.
Sakura revirou os olhos. Ino se pôs à frente da outra.
- Quer saber as horas pra quê? - Sakura, que tinha o cabelo em um tom de rosa, arqueou uma das sobrancelhas irônica.
- Saia da minha frente! Minha conversa não é com você!
- E se eu não quiser sair? O que vai fazer? - Afrontou.
- O que vou fazer? Hahaha. Que pergunta mais estúpida! Saia! - Sua voz se alterou.
- Viu? Você não tem coragem de fazer nada comigo. - Colocou uma mecha rosa atrás da orelha. - Se quiser passar por mim, vai ter que me bater. Caso contrário... Já sabe não é?
- Te bater? Seria uma perda de tempo.
- Já chega Shion! Dá o fora daqui, antes que eu te arrebente. - A rosada perdeu a última gota que restava de sua preciosa paciência.
Shion girou os calcanhares e foi para longe dali sendo seguida por outras duas garotas.
- Sakura, você não devia afrontar a Shion desse jeito. Não sabemos o que ela pensa. E se ela resolver fazer algo ruim com você? - Falou assim que Ino saiu de sua frente.
- Hinata, eu não tenho medo daquela lombriga morta.
- E outra Hina, com tantas coisas que você já passou, nós não vamos deixar que ela te encha o saco. - Ino falou enquanto colocava sua mão no ombro da amiga.
O sinal que indicava o fim do recreio ecoou pelo pátio, cada uma delas foi para uma sala diferente.
Hinata estava um pouco assustada. Tivera um pesadelo na noite passada. A imagem da mulher não saía de sua mente, e ela não se concentrou quase nada na aula.
Suas amigas, Ino e Sakura, não sabiam sobre os pesadelos. Sim, pesadelos no plural. Tinha pesadelos quase todas as noites.
E sempre sonhava coisas estranhas, com pessoas dizendo coisas que não faziam sentido. Mas isso era o de menos, o que a assustava mais ainda era quando sonhava com ele.
O sinal que indicava o fim da aula tirou-a de seus devaneios. Juntou seu material na mochila e seguiu para fora da sala. Desceu as escadas e encontrou Sakura e Ino a esperando.
Elas tinham combinado de dormir na casa de Sakura. Os pais da mesma estavam viajando, então ela aproveitou.
Passaram na casa de Ino primeiro, já que era a mais perto da escola, para pegarem as coisas dela. Depois passaram na casa de Hinata.
Para falar a verdade, Hinata tentou negar. Não queria dormir na casa de Sakura. Por mais que já faziam quase dois meses que não tinha pesadelos, achou melhor evitar com medo de eles virem na hora errada. Mas Sakura, juntamente com seu grande poder de persuasão, conseguiu convencê-la.
Como Hinata temia, teve um pesadelo na noite passada, e agora não tinha mais como voltar atrás. Seria o seguinte: Se não tivesse pesadelos aquela noite, tudo bem, mas se tivesse, teria de abrir o jogo e contar tudo.

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Yoo!! Galera, vou explicar como a idéia dessa fanfic surgiu está bem?
Pois bem, lá estava eu, deitada na minha cama, tentando inutilmente dormir. Decidi ouvir música, então peguei meu fone e meu celular. Coloquei em uma playlist que eu gosto de ouvir quando estou tentando dormir, e a primeira música que começou a tocar foi Monsters, de Ruelle.
Curtindo a música, eu lembrei da tradução do refrão dela: "Nós somos monstros na sua cabeça..." E pareceu que aquilo foi um estouro pra mim. Me sentei na cama rapidamente e comecei a escrever nas minhas notas a ideia que me veio a mente.
Depois de escrever tudo, li e reli essa ideia. Depois apresentei-a para uma amiga minha, e ela aprovou que isso se tornasse uma fanfic.
Então gostaria da opinião de vocês. Eu continuo?
Espero vocês nos comentários. Beijão! ^3^

Love Was Born Out Of FearOnde histórias criam vida. Descubra agora