Segunda fic do dia e no universo de Alice no país das maravilhas
E pra ser sincera, essa foi a última fanfic pensada, mas uma fanart (que apesar de não combinar muito com o que eu escrevi) me inspirou pra isso aqui
Eu tô confiando em 3 pessoas que falaram que isso ficou fofo então eu espero que realmente esteja 👉👈
Se você é Dazai hater eu quero que você se exploda 🥰
Ademais? Boa leitura! Fanart do capítulo: @/chocochoco0123
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Aquela parte em específico da floresta era densa e terrivelmente sombria, mas, era incrivelmente exótica, a variedade de plantas, árvores com folhas roxas, azuis e bordôs era notável, no entanto, o que interrompia o local de ser incrivelmente sombrio e silencioso era o assobio da Lebre de Março e os ruídos peculiares dos animais. Quem procurava provavelmente lhe xingaria por vagar sozinho, mas bem, não leve a mal a Lebre, ele amava passar seu tempo com seus parceiros de chás e suas falas completamente doidas e sem sentido, mas esse dia era diferente.
Era seu dia, e queria que fosse diferente dos outros, então a presença de um certo gato arisco e risonho que esquentava seu coração era o que mais desejava.
E por conhecer o caminho como a palma das suas mãos ele se garantia em chegar seguro, ou melhor, ele já estava seguro, porque se sentia vigiado naquele lugar, por isso que parou subtamente, arqueando as orelhas e sorrindo carismático para uma árvore.
Bem, fama de "doido de pedra" a lebre Osamu Dazai já tinha, não haviam motivos para se preocupar em bancar sua fama.
E, por um momento, sentiu um certo peso sobre sua cabeça, fazendo suas lindas orelhas caírem a frente do rosto além de um tecido felpudo roçar em suas bochechas.
— O que devo a honra de ter alguém doido em meus territórios? — Com um brilho vermelho o pequeno garoto ruivo apareceu acima de si, flutuando deitado até a sua frente, com um pirulito nos lábios.
Sua roupa, na opinião de Dazai, era terrivelmente cafona, nada combinava e tudo era estupidamente exagerado, sempre que o via segurava o riso e piadas, sabia que este se irritaria e ficaria magoado, e por mais que amasse irritar Chuuya, ele odiava vê-lo magoado.
— É apenas uma visita rotineira, não é uma grandiosa honra Chuu… — Cantarolou alegre, fazendo um leve bico infantil.
O gato por outro lado se pôs de pé e bufou, desaparecendo no mesmo instante com o som característico que fazia quando ficava invisível.
— Vim fazer suas saudades morrerem, já que você é como um adolescente apaixonado por mim… — Fez uma falsa atuação, colocando uma mão no próprio peito e outra no rosto, era uma encenação tão tosca, e falsa, que fez o gato aparecer apenas para deixar evidente a sua risada.
— Eu sei o porquê você veio aqui sua lebre doida… — Apenas seu rosto estava a vista e ele flutuava a frente do moreno, chegando cada vez mais próximo, até que o ruivo pôde deixar um beijo na ponta do nariz do outro que corou violentamente. — Você é estupidamente previsível quando está carente.
Dazai bufou e cruzou os braços, virando o rosto para o lado com os olhos fechados.
— Eu não estou carente, não tire conclusões precipitadas, Nakahara Chuuya idiota.
As orelhas do gato se contraíram e ele fez uma expressão de birra, deixando claro que detestou ouvir os últimos dizeres da lebre.
Então o ruivo respondeu agir no mesmo tom brincalhão de atuação.
— Eu? — Prolongou o "u" da fala, manhoso. — Sentindo falta de você? Não me faça ter dores na minha barriga de tanto rir… — Seu tom de voz era exageradamente alto e fazia poses bizarras e escrachadas apenas por zombação.
— Uma pena que eu não acredito em você — Dazai respondeu sério, ainda não abrindo os olhos para encarar o gato que flutuava em giros a frente de seu rosto.
E ambos continuaram assim por um breve tempo, até o ruivo se sentir zonzo de tanto girar e decidir ficar de pé outra vez, para recompor seu equilíbrio.
Ele sequer viu o sorriso zombateiro que apareceu nos lábios da Lebre de Março, Lebre essa que aproveitou a chance para retribuir o beijo na ponta do nariz que havia recebido.
Foi a vez de Chuuya ser pego de surpresa e corar violentamente.
Sua boca se abriu em um perfeito "o" e ele sumiu de imediato, dando um fino e adorável grito.
— Ficou sem reação chibbi? — Dazai levou ambas as mãos ao lado do rosto sorrindo adoravelmente, soltando gargalhadas altas em seguida.
E de todas as formas que uma risada poderia ser atrapalhada, a que aconteceu foi de fato a melhor de todas.
Os lábios molhados de Chuuya se chocaram aos seus frios e ressecados e como se tivessem programado, ambos se beijaram apaixonados, ambas as línguas travavam uma disputa infantil como de praxe cada um lutava por um espaço em cada boca, o ruivo flutuava para poder ficar numa altura confortável e segurava firme os cachos chocolates, Dazai por outro lado tinha ambas as mãos nos ombros alheios, como se o impedisse de continuar a flutuar.
Osamu tinha gosto de variados chás e Nakahara adorou cada um, era maravilhoso poder beijar o "doido de pedra" ou melhor dizendo, a Lebre de Março.
— Feliz aniversário, seu maluco — Chuuya disse por fim, flutuando um pouco mais para longe, mas ainda mantendo tendo uma mão firme em um aperto gentil pelo outro.
— Eu nem precisei lembrar meu chibbiko sobre, fico lisonjeado, mas…
Dazai fez um bico do qual torceu para o lado, levando a mão ao queixo como se analisasse a situação, o ruivo lhe mirava confuso e ansioso pelo que viria depois do "mas".
— O certo é desaniversário chibbi! Desaniversário! Como pode esquecer disso? — falou com indignação, dando um giro com a mão que segurava do ruivo e lhe deixando claro mais uma vez. — Repita comigo, desaniversá--
— Não me faça me arrepender do seu presente, idiota — Apesar da revirada que seu olhar deu, apesar do bufo irritado que soltou que fez uma mecha do seu cabelo ruivo voar para frente, Nakahara riu da doidisse da Lebre de Março.
— Hihihihi… — A lebre deu aquele riso característico dela, onde ria fino e tapava os lábios com uma das mãos. — Impossível, afinal de contas, eu sou totalmente irresistível!
Dazai o puxou para um abraço e afagou o rosto na barriga alheia enquanto Chuuya fazia um leve cafuné em seus cabelos.
