Clary já estava jantando com sua família. Sentados em uma mesa larga e grande repleta de alimentos saborosos e quentes ao seu paladar.
Ela estava sentada na ponta de frente para seu pai que estava do outro lado da mesa. Ao seu lado estava sua mãe e do outro sua tia, e também compareciam seu tio, seus primos gémeos, seu irmão e também sua cunhada.
Uma família pequena, seu pai não tinha irmãos, e sua mãe tinha apenas uma única irmã que possuia apenas dois filhos. Mas de qualquer forma isso não evitava da casa estar sempre cheia com amigos da família e parentes distantes.
- Como foi a viagem querida? - Seu tio Jimmy perguntou se servindo com a fabulosa salada a grega que a sua mãe fazia.
Um homem bem sucedido que trabalha com Marketing, típico Playboy da adolescência que teve a chance divina de encontrar sua tia Iris, uma mulher simples, moderna e estudiosa, que sempre batalhou pra ter uma vida boa, e uma família verdadeira.
- Ótima tio Jimmy, só tive problemas com os horários dos ônibus. - Clary se serve com um pouco de molho madeira por cima da comida.
Seu preferido.
- Foi por isso que aquele rapaz bonitão te trouxe até aqui? - Sua mãe lhe olha com uma cara maliciosa esticando um sorriso bobo no rosto que de imediato lhe constrange.
- Sim mãe, eu pedi carona para ele. Não podia esperar mais pelo ônibus. - Ela voltou sua atenção a comida não querendo muito tocar nesse assunto.
- Pedir carona a desconhecidos é aceitar um convite para a morte. - Do fundo foi escutado uma voz grave e masculina que levantou sua atenção até ele, assim como todos presentes na mesa que o encararam com um longo silêncio.
Seu pai, continuava comendo normalmente ao dizer aquilo. E era típico dele falar algo do tipo para Clary. Ele sempre foi muito exagerado em questão de segurança aos filhos, nunca gostou que na adolescência saíssem para festas, pousassem na casa de amigas ou se quer fazer uma viagem distante.
Achava que a palavra "Não" era a que mais saia de sua boca, tirando a "comida"
- Papai, por favor. Foi só uma carona tranquila, poderia ter sido pior. - Clary disse a ele. Agora todos olhavam pra ela.
Seu pai olhou seus olhos vagamente e disse sem animo.
- Não importa, nunca se deve pegar carona com ninguém. Aprenda! - Ele voltou sua atenção a comida e todos voltaram a comer.
Clary abriu a boca pra falar mais alguma coisa, mas sua mãe tocou gentilmente seu braço com reprovação.
- Querida, ele tem estado estressado, por favor, não discuta. - Ela sussurrou para Clary que apressadamente colocou um "ok" antes de voltar a comer.
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Após o jantar Clary subiu as escadas para arrumar suas roupas em seu antigo quarto.
A casa era grande e tinha em torno de três quartos de hóspedes que abrigavam por enquanto sua tia e primos.
A mãe de Clary deixou seu quarto reservado estritamente para ela, pois sabia o quão bagunceiros eram seus primos adolescentes. O quarto estava impecável, da mesma forma que antes de Clary sair de casa. Abrigar seus primos era um convite para o caos e desordem.
Ela fechou a porta do quarto e soltou um grande suspiro ao sentir que em fim estava sozinha e no completo silêncio. Bom, nem tanto. A família toda ainda estava no andar de baixo então podia ser ouvido as conversas altas de seus primos, e principalmente a gargalhada exagerada de sua tia.
