A história se passa em 2100, após um grande desastre epidemiológico alguns países sucumbiram e a nova potência mundial era o principado de Monaco, algumas crianças começaram a nascer com anomalias gerando pânico sobre a sociedade, as mesmas ganharam...
"E se a sua vida inteira fosse decidida por outras pessoas? Isso seria viver?"
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Era a hora de acordar para mais um dia, alguns compromissos, uma fala, alguns acenos, alguns falsos sorrisos um pouco mais do mesmo, me aprontei rapidamente uma roupa formal obviamente, assim que deveria ser, nada que destoe o ambiente não queria deixar a minha mãe esperando então só cobri as manchas verdes pelo meu corpo tomei dois comprimidos de calmante e desci as escadas de mármore branco daquilo que era o centro geopolítico do mundo.
- Está muito linda princesa - Dizia o meu primo Alfredo em tom de deboche.
Alfredo não nasceu em meio ao caos de 2085 então não tinha nem o risco de possuir anomalia, era apenas um jovem adulto comum, para a minha infelicidade já que ele era um dos poucos que sabia da minha imperfeição, sim imperfeição era assim que todos julgavam os anômalis, Quando minha mãe descobriu a minha anomalia ficou tentada a me matar mas assim estaria entregando o principado nas mãos de Alfredo e por falar nela, lá estava a princesa Sally ST. Laurent, sentada na ponta da mesa com seus belos cabelos brancos e rugas expressivas do cansaço de manter a ordem em um dos poucos que sobreviveu a doença de rite, uma doença que gerou a maior epidemia do mundo.
-Bom dia Alfredo - dizia caminhando em direção ao primeiro acento lateral da direita ao lado dela - Bom dia mãe
-Me trate do jeito certo e receberá uma resposta decente
-Bom dia Vossa majestade
-Bom dia princesa
Uma sensação de calafrio subiu por meu corpo, era estranha toda aquela situação, para o mundo eramos uma família adorável e amorosa mas no Palácio éramos somente estranhos frios e vazios que interpretavam relações humanas diariamente.
-Se não se importarem tenho que ir até a cidade, tenho uma entrevista para o canal de televisão de algum país, não me lembro bem - Dizia me levantando e indo em direção a porta
Eu sempre optei por andar pela cidade a andar de carro, os carros geraram a pandemia com suas toxinas então tinha medo de entrar em um, no geral tinha medo de muitas coisas mas com toda a certeza tinha medo de ser quem sou de verdade, a minha anomalia está ligada a manipulação da flora, anômalis com a mesma anomalia que eu são escravizados em grandes indústrias farmacêuticas, inclusive na empresa da minha família.
Havia chegado no set de filmagem da entrevista, a rede CDTV era um dos principais canais da televisão alemã, a Alemanha por sinal era um dos poucos países que tinham uma política de inclusão de anômalis, a entrevista corria bem até que o entrevistador fez a seguinte pergunta "Qual a sua postura perante aos anômalis em seu país", ninguém havia me feito essa pergunta, era algo que não era visto com bons olhos em meu país, meu subconsciente havia ficado em branco, a única coisa que martelava minha mente era que eu devia fazer algo para mudar tanto a minha vida quanto a de outros ao meu redor.
-Eu gostaria que todos tivessem acesso aos direitos básicos assim como eu, eu sou uma deles e estou aqui, sou quem sou mesmo com a minha anomalia, todos deviam poder sem que são, estamos em 2100, não nos cabe mais o papel de discriminar alguém.
Todos no estúdio estavam perplexos, talvez até eu estivesse mas estava relaxada, havia me livrado de um peso e agora talvez conseguisse desamarrar o nó do meu destino traçado.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
