Capítulo 17 - Estranha reação

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A campainha tocava e eu ainda não conseguia me mexer, meu Deus como Adam mexia comigo, me olhei no espelho e vi que estava vermelha, provavelmente devido aos acontecimentos que vivi instantes antes, não tinha tempo para me recompor até ver quem batia insistentemente para entrar em meu apartamento.

Corri para abrir a porta e Adam estava trancado no quarto de hospedes, provavelmente se recompondo igual eu não consegui. Abri a porta.

- Pensei que estava tomando banho, mais que demora minha filha.

- Ah... Oi pai, o que faz aqui? - Meu Deus o que meu pai estava fazendo aqui? Ele cruzou os braços e me olhou  bravo.

- Isso é jeito de me receber? Vim ver como você está minha filhinha. - Ele me deu um abraço apertado e um beijo na testa, realmente não era um bom momento. - Estava comprando umas plantas novas para o jardim, sua mãe insistiu em mudar novamente a fachada lá de casa e quer colocar novas flores. - Ele suspirou e virou os olhos, sabia que quando minha mãe queria algo era difícil tirar de sua cabeça.

- Eu te entendo pai, e como ela está? – Disse.

- Está bem e com saudades, você é uma filha sumida sabia, nunca aparece lá em casa nem pra um almoço sempre a gente que tem que vim te ver, sua desnaturada. - Ele disse fazendo cara de bravo, me sentia culpada por isso, mais ele estava fazendo drama estávamos juntos a pouco tempo no churrasco.

- Pai você sabe que é difícil pra mim ir, e agora se for escolhida para ir para o exterior ficarei 1 mês fora pela empresa. - Tinha que contar pois provavelmente saberia da resposta logo logo, eles iriam sentir minha falta assim como eu sentiria a deles, posso ficar distantes dos meus pais mais um mês nunca fiquei.

- Poxa minha filha mais um motivo para visitar a gente mais ainda, já que as obras aqui estão paradas podia passar uns dias com a gente. - Ele fez a sua famosa expressão de pidão. - diz que siiiim.

- Infelizmente não consigo pai, amanhã terei consulta com o psicólogo e estou tendo que organizar algumas coisas também. - Sobre organizar algumas coisas menti, mais se bem que precisava sim organizar minha cabeça ele finalmente compreendeu.

Meu pai se aproximou da bancada e viu a garrafa de uísque que tinha comprado para Adam e a pegou.

- Não sabia que estava bebendo algo tão forte assim filha? Quando você...

Ele se virou com a garrafa na mão e  olhou para trás de mim, meu Deus provavelmente Adam estava ali e ele tinha visto ele pois fazia uma cara de poucos amigos.

-Olá meu nome é Adam. - Ele se aproximou do meu pai e estendeu a mão para cumprimenta-lo.

- Prazer, Domingos. Bem... Minha filha não disse que tinha companhia, quando se conheceram e por que nunca falou dele pra mim? - Ai Jesus meu pai estava dando um de superprotetor agora e me fazendo passar vergonha, provavelmente eu estava parecendo um pimentão de tão vermelha.

- Desculpa Sr. Domingos na verdade eu e sua filha nos conhecemos há pouco tempo e hoje até descobrimos por acaso que provavelmente iremos trabalhar juntos na construção de um edifício no exterior. - Ele disse, até por que eu estava travada e não conseguia falar nada. - Sou engenheiro também, acho que Janie não tinha comentado nada ainda devido ter tão pouco tempo, mais teremos mais tempo para nos conhecemos mais. - Adam finalizou com um dos seus sorrisos.

- Bem... pra falar a verdade já gostei de você, sei que minha filha não toma uísque e vejo que tem um ótimo gosto. Dalmore é uma maravilha. - Ele foi abrindo a garrafa.

- Ei você não pode beber está ouvindo? Ainda vai dirigir. - Consegui tomar a garrafa da mão dele e colocar na bancada, como era teimoso e inconsequente.

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