Sempre que eu leio isso "plágio é crime", é consigo imaginar essa cena:
Sua fúria era claramente vista enquanto olhava para a tela do computador. Seu corpo estava ali, sentada dura na cadeira com dores na costa graças sua coluna de gente velha, apesar de sua pouca idade.
Todos na cozinha podiam sentir sua áurea sombria crescendo, ao seu lado uma menina um pouco mais nova por alguns meses de diferença, com seu rosto abaixado e chorosa, tendo não transparecer sua magoa, sentia-se traída. A situação continuou por mais uns minutos.
A outra garota irritada cruzou os braços e bufou, olhou para amiga ao seu lado e balançou a cabeça em negação, acreditada. A outra permaneceu com aquele olhar perdido, sem saber de fato como prosseguir, estava com os pensamentos desconexos do que fazer primeiro; iria conversar melhor com a pessoa, iria denunciar sem cerimonias ou deixaria de lado?
A outra levantou-se da cadeira, olhou para a família que continuavam parados sem entender a situação, por mais que parecesse sério, sabiam que não deviam se preocupar, já que as duas costumavam causar uma tempestade em um copo d'agua.
A menina de aproximadamente 10 ou 11 anos, caminhou a passos pesados e pegou o telefone, ligando com pressa para a polícia.
– Olá? – Perguntou a garota mesmo que já soubesse que alguém estava ouvindo na outra linha, logo uma voz feminina respondeu – Quero fazer uma denúncia!
Todos na cozinha, sala e até mesmo os que estavam dentro do quarto saíram para ver a cena, alguns só colocaram a cabeça para fora do quarto, outro só tirou os fones de ouvido e outra garota chorosa levantou a cabeça. A mãe já estava preocupada, e o resto com as sobrancelhas franzidas e outros segurando levemente o riso frouxo.
Mesmo assim, reinava uma tensão enorme dentro de toda a casa.
– Plagiaram minha fanfic! A nerd e o popular!
Toda a tensão caiu, como um plot twist ruim. As pessoas voltaram ao seus quartos, a mãe revirou os olhos pegando o notebook sem que que as duas percebessem, os do riso frouxe soltaram a gargalhada, o menino colocou seu fone de ouvido aumentando o volume e todos voltaram a suas próprias preocupações.
– Não se esqueça da minha! – Gritou a outra garota chorosa que agora estava bebendo um chocolate quente.
– E da minha prima; o dono do morro.
Dessa vez até o cachorro latiu, parecia rir da dona e o gato que antes estava olhando a cena, pulou da janela como se quisesse fugir, até mesmo o peixe escondeu-se na caverna do aquário.
– Porque está rindo?! – Perguntou a menina com incredulidade, estava em caso importante e a pessoa estava zombado de sua cara? – Estou falando sério! Plágio é crime!
Durante algo momento todos estavam revirando os olhos, cansados demais para as crises de clichê, a mãe continuava a mexer no notebook com uma careta.
– Não, eu não ganho nada com a publicação, mas plágio é crime! Está escrito nas sinopses! Estou falando sério, mas o que? ... – Foi interrompida quando alguém pegou o telefone de sua mão.
Um rapaz alto o suficiente para impedir que a menina roubasse o telefone de suas mãos. Ele usava sua braço para afastar a menina e sua mão estava no rosto dela para distancia-la, ela começou a se debater, tentando o máximo pegar o aparelho de volta.
– Desculpe por isso – Falou o rapaz e encerrou a ligação com um "tenha um bom dia".
A menina parou, pronta para denunciar para o site sobre essa absurdo, quando encontrou sua mãe o usando.
– Mas o que é isso?! – Apontou apavorada com o computador, com mistura de fúria e enojamento.
A menina antes chorosa, levantou-se e ficou atrás dela olhando por cima de seu ombro. Engoliu em seco e começou assoviar como uma pessoa culpada tentando fingir inocência, toda sua tristeza acabou crescendo uma vergonha dentro de si que não cabia em seu corpo.
Olhou para sua prima favorita fazendo um "ferrou" com os lábios sem emitir som.
A outra foi de encontro com sua mãe vendo do que se tratava, seu corpo gelou. Ali, duas páginas, uma com sua fanfic e outra de sua prima, mais precisamente, sua mãe lia o capítulo que continha hot.
– O que significa isso?! – Perguntou de novo encarando a filha que se encolhia. – Você só tem 11 anos!
Novamente todos voltaram a presta atenção no momento vergonhoso. O menino retirou o fone confuso.
– Mãe, calma! É só uma fanfic.
– E é ruim pra caramba – Comentou o menino do fone lendo rindo o hot vergonhoso.
Começou uma conversa séria sobre o assunto, onde nem a outra prima ficou de fora de uma longa broca, acrescentando ainda o fato da romantização que fizeram com mutilação, bullying e violência.
Todo piorou quando foram ver a biblioteca das duas.
– E você ainda quer acusar a outra de plagio?!!
O cachorro balançou a cabeça em negação. Todos estavam adorando a cena de vergonha alheia enquanto o rapaz que anteriormente havia roubado o telefone estava lendo o títulos das história e suas sinopses, aproveitava para ler alguns "brilhantes" capítulos.
O menino do fone olhou para suas primas que estavam querendo cavar um buraco e se esconderem para sempre na terra. Sorriu anotando mental de tomar cuidado com sua conta de hoje em diante, pense as piadas que fariam se soubesse que escreve Yaoi.
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Plágio é crime
Hài hướcQuando há aquela famosa frase no fim de sinopse; Plágio é crime.