Obsessed - Fack

Capítulo 2

– Ok... Acho melhor guardarmos isso novamente. – Jack falou, pegando a máscara da mão de Finn e a colocando de volta na caixa, logo depois a fechando.

– Você está bem? – Finn perguntou, passando a olhar para Jack.

– Só fiquei assustado com a forma que você falou e... com a forma que ficou hipnotizado pela máscara. – Jack falou, com vergonha por ter ficado assustado com isso.

Finn riu do que Jack falou e voltou para cima da cama. Ele achava Jack muito fofo e ele ser tão inocente o deixava mais fofo ainda.

– Pode ficar aqui comigo se estiver com medo. Sabe... quando for dormir. – Finn falou um pouco corado pela proposta que havia feito a Jack.

– Não precisa, já está tudo bem. – Jack sorriu ao terminar de falar.

Ele levantou da cama e, novamente animado, começou a falar para Finn o quão é difícil ajudar o tal Jaeden a estudar. Por dois simples fatores, ele gosta de se distrair e Jack ainda mais. Jack começou a contar do seu dia lá para Finn, assim como perguntou a ele como havia sido o seu. Jack ficava mais animado do que o próprio Finn enquanto ele lhe contava. Isso deixava Finn contente. Ele gostava da animação de seu primo. Ela era tão contagiante que o próprio Finn ficava contente. Se seu pai estivesse vivo e visse isso, com certeza o levaria ao hospital mais próximo, pois Finn só podia estar doente.

Os dois continuaram conversando, passaram minutos lá, até que Angela deu algumas batidas na porta do quarto e entrou. Ela estava lá para chamá-los para jantar. Os dois desceram e, após jantarem e escovarem seus dentes, sempre brincando como duas crianças, voltaram ao quarto. Cada um ficou em uma cama e ficaram conversando, mesmo distantes. Ficaram assim até que Jack adormeceu e Finn passou a apenas olha para o teto. Aquele havia sido o dia mais agitado da sua vida e, sem sombra de dúvidas, o melhor também. Às vezes se sentia mal, pois seu pai acabara de morrer. Como aquele podia ser o melhor dia? Mas não havia o que fazer, não era próximo de seu pai. Quase não sentira a morte dele, mas agora tinha Jack em sua vida, e não tinha como ser melhor. E foi pensando nisso que Finn também adormeceu.

O dia começou como sempre em Derry, sendo diferente apenas para Finn, já que estava em um lugar totalmente diferente. Jack levantou às 07h00 e se arrumou para ir ao seu colégio. Finn acordou um pouco depois, vendo Jack sair do quarto. Jack usava um short curto e uma blusa polo, e Finn achou ele muito bonito daquele jeito. Levantou um tempo depois. Foi ao banheiro, que ficava um pouco antes do quarto do Jack no corredor, para escovar seus dentes. Depois voltou ao quarto e tirou seu pijama, colocando uma roupa qualquer, mas escura como sempre. Voltou a sair do quarto e desceu as escadas, logo se encontrando com Angela e Jack na cozinha.

– Bom dia, Finn! – Angela falou sorridente e Finn respondeu com um "bom dia" fraco. – Pretende ir ao colégio hoje?

– Acho que não, tia. Acho melhor descansar da viagem. – Finn falou, ainda mostrando preguiça com seu rosto.

Jack riu da maneira que Finn agia, o que fez Finn rir um pouco também. Jack terminou seu café enquanto Finn acabava de começar o seu. Assim que o horário chegou a 08h00, Jack saiu de casa para ir ao colégio. Iria de bicicleta, já que não era distante.

– Eu tenho que ir trabalhar, Finn. Você acha que consegue ficar sozinho? – Angela perguntou com uma das mãos no ombro de Finn, que assentiu.

– Como eu disse, meu luto já passou. Eu estou bem, tia. – Finn falou calmo e voltou a tomar seu café da manhã.

Angela em poucos minutos também saía de casa. Ela explicou onde ficavam as coisas para Finn e saiu. Se despediu com um beijo na cabeça do garoto e saiu. Finn já havia terminado seu café da manhã e pretendia voltar ao quarto, mais especificamente para sua cama. Queria ficar assistindo algo em seu celular e talvez dormir novamente, mas, assim que ele chegou na escada, a campainha tocou. Finn pensou em ignorá-la e voltar ao quarto. Iriam pensar que não havia ninguém e iriam embora, não é? Mas e se fosse algo importante? E se fosse Jack? O último pensamento de Finn o fez dar meia volta e andar até a porta de entrada da casa. Quando abriu a porta, lá estava Noah com um grande sorriso.