TRETADUE

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Lorenzo

Todos os dias sem Chiara haviam-se tornado a minha maior tortura. Sentia a necessidade de a ter por perto ou de falar com ela a todo o momento, o facto de isso não poder concretizar tornava a minha existência cada vez mais dolorosa.

Questionava-me várias vezes do que havia acontecido comigo. O que era feito do Lorenzo que não queria saber muito do que as gajas pensavam de mim, ou se as iludia ou não, que só queria curtir a vida à sua maneira e que jamais se apegaria a alguém. Era ele que destruia as pessoas, não elas que o destruiam. Queria voltar a ser assim.

Insistia inúmeras vezes para que Chiara respondesse mais do que monossílabos às minhas mensagens, porém a minha missão fracassava a cada tentativa. Por isso, não consegui esconder a minha felicidade ao saber que ela tinha que vir a minha casa devido a uns negócios do seu pai com o meu. Finalmente ela teria que me enfrentar, ia ser obrigada a falar comigo, nem que fosse para manter as aparências diante os nossos progenitores.

Preparei um enorme discurso para iniciar a nossa possível conversa. Pensei e repensei, escrevi e rescrevi, li e reli, porém nada parecia bom o suficiente. Sentia que ela ia fazer com que a nossa conversa terminasse rapidamente. Nem sabia se ela sentia a minha falta, se o sentia, era muito boa a esconder.

Nesse dia, até à hora do tal jantar, a minha cabeça andou à roda umas trinta vezes, devido à quantidade de pensamentos que baralhavam cada vez mais a minha mente. Chiara era o motivo de todos eles, estava a dar comigo em doido.

Quando dei por mim já era hora de ela vir, por isso, decidi parecer o mais normal que me era possível. Fui para a sala, sentei-me na poltrona e fiquei a ver televisão. Sentia as minhas mãos a soarem devido ao quão nervoso estava.

Olá. - ouvi uma voz doce como o mel, Chiara.

Os meus olhos caíram sobre ela. Era como estar a ver um quadro, daqueles tão bonitos ao ponto de serem dignos de estarem expostos num museu. Assim era Chiara.

Tentava analisá-la para saber como iria correr a nossa conversa, mesmo antes desta começar. Queria tentar entender se ela estava disponível a tê-la ou não, porém não consegui obter qualquer resposta. Só o decorrer desta noite mo diria.

Optei por começar de uma forma mais suave, tentando saber como ela estava. Chiara afirmava estar bem, contudo era-me difícil entender como é isso poderia ser verdade se ela estava sem mim.

Lorenzo, seu idiota, por vezes as pessoas estão melhor sem nós. - pensei.

Fui sincero, declarei que o meu estado, no momento, não era o melhor, que as saudades que sentia não me permitiam ser feliz ou estar minimamente bem. Após ter dito isto, apercebi-me como o meu antigo eu jamais iria deixar que a sua felicidade dependesse de alguém, mas eu já era essa pessoa.

O que é que nos aconteceu? - esta e a pergunta que faria de seguida estavam a tirar-me a respiração com a ansiedade que me proposionavam.

Chiara parecia um pouco tensa, assim estava o ambiente entre nós também. Ela disse que não sabia o que tinha acontecido para que tudo mudasse quase da noite para o dia.

Decidi fazer a derradeira pergunta, aquela que eu mais temia saber a resposta. Se ela e Damiano namoravam. Não, disse Chiara. Não posso negar que senti um grande alívio a percorrer o meu corpo, pois queria tentar que as coisas entre nós voltassem ao que eram antes de tudo. Foi então que eu sugeri tentarmos novamente, uma vez que ela estavca disponível.

Ansiava pela sua resposta, porém fomos interrompidos pela minha mãe que nos chamava para ir jantar.

Não podia ter sido noutra altura? - pensei.

Vinte e uma horas

Finalmente todos tinham acabado de comer, o que me deixou contente pois sabia que o meu pai queria exibir o seu novo bar ao seu sócio e à esposa do mesmo, tal acontecimento iria dar-me espaço e tempo para retormar a minha conversa com Chiara.

Como esperado, fomos para o jardim e o meu pai insistiu em mostrar o seu brinquedo novo. Foi nessa altura que senti as palavras a fugirem-me, bem como o ar. Como iria dar continuidade a uma conversa que parecia estar a fluir tão bem anteriormente? O que é que me iria garantir que permaneceria desse modo?

Estás bem? - Chiara questionou com o seu olhar preso ao meu.

Claro Chiara. O que mais estou é bem! - não sei o que se passou comigo nesta altura, apenas senti-me a explodir por momentos.

Chiara arrastou-me até às espreguiçadeiras que tínhamos perto da piscina e sentou-se na que estava ao lado da minha. A rapariga exigia saber o que é que se passava. Não tinha como lhe responder a essa exigência. Já lhe tinha dito tudo o que podia, não sabia mais como me expressar. Tudo em mim doía, era como se a ferida não quisesse sarar.

Quando dei por mim estava a implorar para que tudo voltasse ao normal, ao nosso normal. Como quando a Camila ainda estava em Itália e dava por mim, à noite, no meu quarto, a desejar que ela fosse embora para finalmente ter Chiara em paz nos meus braços. Como eu queria esta miúda. Se ela quisesse, o que teríamos nós a perder?! Nada.

Não temos absolutamente nada no nosso caminho! - exclamei num desesperado.

Chiara parecia ter-se perdido nos seus pensamentos, algo que me estava a deixar inquieto. Precisava de uma resposta. Queria implorar-lhe por tal mas achei que a melhor forma de o fazer era agindo, por isso, colei os meus lábios aos seus. Estes dançaram lentamente, porém com saudade à mistura.

Posei uma das minhas mãos na sua cintura e a outra atrás do seu pescoço, permitindo-me controle sobre o beijo. Chiara não se afastou, o que me fez acreditar que estava aceite a minha proposta.

Posso dizer que nessa noite, após o beijo e depois de Chiara e a sua família terem regressado a casa, eu fui dormir com o maior sorriso estampado na minha cara. Sentia-me vivo novamente, não havia melhor sentimento que este.

(...)
Quero opiniões, quero saber o que estão a achar!
eheheh

𝐕𝐢𝐞𝐭𝐚𝐭𝐨 - 𝐋𝐨𝐫𝐞𝐧𝐳𝐨 𝐙𝐮𝐫𝐳𝐨𝐥𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora