no commitments

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Meus olhos prestavam atenção completa na televisão. O desenho ficando um pouco mais interessante. O meu corpo estava encolhido no sofá, minhas roupas cobrindo cada centímetro por causa do frio. Meus lábios se partiram levemente quando levei minha xícara de chocolate quente à minha boca. Um gole pequeno engolido e a xícara foi colocada novamente na mesinha de centro. Meus ouvidos, porém, logo escutaram a campainha. Um sorriso se sobrepôs pelos meus lábios, minha comida havia chegado!

Eu me levantei, rapidamente e desastradamente colocando meu chinelo. E logo corri até a porta, meu rosto se aproximou do olho mágico e meu coração acelerou imediatamente. Minhas mãos se aproximaram da maçaneta, e um John Suh foi encontrado. Um sorriso pequeno em seus lábios e duas sacolas em suas mãos, provavelmente cheias de comida. Eu me afastei da porta, abrindo-a permitindo Johnny de entrar em casa.

"Eu imagino que você ainda não jantou... certo?" Johnny perguntou deixando as sacolas em cima da mesa na minha cozinha. Johnny sempre teve o hábito de fazer do meu apartamento o seu lar. Eu não reclamava, mas toda vez que ele aparecia, eram pernas fracas por alguns dias. Johnny se virou para me dar o olhar que sempre me deu, retirando toda a minha hesitação, e logo me aproximei do mesmo.

As mãos de Johnny também não hesitaram em me puxar para mais perto pela cintura. Seu corpo agora colado ao meu, seus olhos ainda nem olhando para onde eu estava. Mas assim que seus olhos de dragão me encararam, meu corpo derreteu imediatamente. A firmeza da mão de Johnny nas minhas costas se tornando a única coisa me mantendo em pé. Johnny trouxe o seu rosto para perto do meu pescoço, se escondendo no meu cabelo até encontrar minha orelha. Um suspiro leve escapa os meus lábios e Johnny sorri.

"Você realmente não tem força nenhuma contra mim, né?" Johnny zombou e se afastou de meu rosto, seus olhos passando pelo meu corpo rapidamente antes de retornar sua atenção à comida que trouxe. Johnny cantarolava uma melodia doce enquanto abria as marmitas de comida que trouxe, ele estava de bom humor.

Nas selvagens ocasiões em que Johnny não tinha trabalho, ele dava uma passada no meu apartamento. Johnny nunca chegou com alguma outra insinuação além de simplesmente querer satisfazer o seu prazer. Johnny sempre chegava já me pressionando contra paredes, retirando cada peça de roupa impedindo que explorasse o meu corpo mais uma vez. E claro, desaparecia no dia seguinte, sem mensagem, sem um tchau, e sem um 'ontem foi bom'. Eu nunca questionei o porquê de ele nunca entrar em contato comigo pelo seu celular, SM era uma vagabunda que permitia o seu gerente de mexer em tudo. Então, se tivesse alguém mandando nudes ou enviando nudes, ou até mesmo marcando encontros, é certo que seu celular seria confiscado. A única coisa que questionava era o porquê de sempre ser eu. Johnny tinha uma frequência certa no meu apartamento, não faria sentido se visitasse dois lugares em um dia só, certo?

Talvez seja porque eu nunca dei motivo algum para que ele se preocupasse comigo. Talvez seja porque quanto menos mulheres ele transasse, mais fácil seria de lidar se houvesse alguém procurando por justiça, ou o expondo. De qualquer modo, os prazeres de um homem como Johnny precisam ser satisfeitos.

       Johnny se virou novamente em minha direção, mas saiu andando para procurar pratos e copos. Eu não entendi, pois nunca apareceu aqui para comer algo que não seria eu. Eu andei logo atrás Jonnny, o olhando em confusão enquanto o mesmo pegava dois pratos e colocava comida para si e para mim. "Johnny... você não podia comer na sua casa não?..." eu pergunto e Johnny me olha nos olhos.

      "Eu esqueci de pegar um garfo..." Johnny comenta e se vira levantando da cadeira e procurando por garfos nas gavetas. "Você não vai nem me ajudar a achar onde fica os garfos? Vou contar pra todo mundo que você não trata bem as suas visitas.." Johnny reclama meio manhoso enquanto ainda procura pelas gavetas e eu suspiro rolando os olhos.

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