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Essa atitude foi a certeza que Kim Ah precisava. Algo estava errado.
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Mark e sua assistente trocaram algumas palavras sobre sua agenda nos próximos dias e alguns projetos que ele deveria focar sua atenção. Kim Ah, envergonhada, se manteve em silêncio durante todo o trajeto. Em alguns poucos minutos eles chegariam no hospital e ela poderia resolver a questão do seu pé torcido.
O carro de Mark parou em frente a porta do complexo hospitalar e sua assistente saiu para ajudar Kim Ah a sair do veículo. Ela apoiou seu braço no ombro da jovem mulher e conseguiu sair do carro. Mark realmente estava sendo gentil com essa atitude e Kim Ah parecia estar querendo mudar sua opinião sobre o jovem homem. Ele realmente não era a pessoa que ela parecia achar. Até que seu sonho foi quebrado.
"Yu-jin, leve ela até a recepção. Eu vou esperar por você aqui."
"Sim, senhor" ela disse com um leve sorriso no rosto.
Kim Ah ficou incrédula. Ele não a acompanharia? A assistente também não? Ela não conseguiu produzir nenhuma palavra até chegar à recepção e ter que informar seus dados para a recepcionista do hospital. Assim que ela foi encaminhada para um dos leitos, Yu-jin se curvou e se despediu de Kim Ah. Ela só conseguiu balançar sua cabeça.
Kim Ah ficou sozinha em seu leito esperando o atendimento para tratar seu tornozelo enquanto lidava com os pensamentos que zumbiam em seu ouvido. Ela foi simplesmente abandonada no hospital pelas duas pessoas. Ela não tinha nenhuma intimidade ou amizade com nenhum dos dois, por isso ela não se sentia no direito de cobrar deles uma atitude mais amigável. No entanto, ela não podia impedir o sentimento de rejeição que estava acumulado em seu corpo.
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Depois de algumas horas, Kim Ah foi liberada do hospital com um tornozelo torcido e muletas. Seriam duas semanas utilizando as muletas que lhe foram dadas. A dor já havia ficado para trás e agora apenas lhe restava chegar em casa.
Uma das enfermeiras a ajudou a entrar em um táxi e ela seguiu para casa. O trajeto foi silencioso e calmo.
Em pouco tempo Kim Ah estava na porta de sua casa sendo ajudada para fora do táxi pelo motorista. Ela agradeceu com um leve sorriso no rosto e caminhou em direção à porta do prédio. Calmamente ela chegou até a escada e a encarou por alguns segundos. Era uma piada pronta. Kim Ah teria que subir com suas muletas até o terceiro andar por duas semanas e ela simplesmente não queria acreditar que o destino a odiava tanto assim.
Aos poucos ela conseguiu subir e chegar até a porta de seu apartamento. Uma gota de suor descia pelo lado de seu rosto depois do esforço que tinha feito para subir os três andares. Kim Ah estava exausta e ela teria que acordar cedo novamente no dia seguinte para atender à reuniões da empresa.
A porta se abriu e ela entrou com certa dificuldade dentro do apartamento, a tranca foi ativada e ela mancou até a cadeira na cozinha. Ao se sentar, soltou um longo e sonoro suspiro. As coisas realmente não estavam indo na direção que ela tinha pensado e um pequeno sentimento de raiva pairava sobre sua cabeça ao lembrar que Mark e Yu-jin a abandonaram no hospital sozinha. Ele devia ao menos ter esperado que ela fosse atendida ou até mesmo ajudado a levá-la para casa. No entanto ela sacudiu a cabeça e tentou se focar.
Porque ela deveria esperar isso daquele homem? Porque ele deveria fazer aquilo por ela? Ela sabia que os dois não eram amigos e nem tinham intenção de ser. Sua interação era meramente contratual e ela não tinha o direito de esperar dele qualquer coisa além disso. Por mais que ele tivesse sido gentil e a levado até o hospital, isso não deveria ser lido como algo além de uma ajuda. Não havia ou haveria nada entre os dois. Essa era sua certeza.
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PROJECT M
FanfictionKim Ah Hyun acabou de perder a pessoa mais importante da sua vida. Ela volta ao trabalho e tem que lidar com um novo projeto artístico que vai demandar mais do que ela esperava, o novo projeto solo de Mark Tuan. As personalidades difíceis de ambos...